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Estado de Minas LUTA NAS RUAS

'Fogo nos racistas': Djonga participa de caminhada e ocupa loja do Carrefour em BH

Rapper engrossou manifesta��o contra genoc�dio do povo negro; �ltimo caso ocorreu em Porto Alegre (RS)


20/11/2020 18:06 - atualizado 20/11/2020 18:20

Djonga participou de ato contra assassinato de homem negro nas dependências do Carrefour no RS.(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Djonga participou de ato contra assassinato de homem negro nas depend�ncias do Carrefour no RS. (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A marcha dos manifestantes antirracistas, que ocuparam, nesta sexta-feira, a unidade do Carrefour anexa ao Shopping Cidade, no Centro de Belo Horizonte, contou com um refor�o significativo: o rapper Djonga. S�mbolo da cultura negra nacional, ele participou do ato em mem�ria de Jo�o Alberto Silveira Freitas, 40, assassinado por seguran�as de uma das lojas da rede de supermercados, em Porto Alegre (RS).

Ao lado do grupo, Djonga caminhou do Carrefour situado entre a Rua Goitacazes e a Avenida Afonso Pena, � loja ao lado do Shopping Cidade. Assim como os outros participantes, participou da ocupa��o do estabelecimento.

Por cerca de 10 minutos, o m�sico e seus companheiros bradaram palavras de ordem. "Um, dois, tr�s, quatro, cinco, mil: ou parem o genoc�dio ou paramos o Brasil" foi um dos c�nticos entoados por ele.

 

Depois, o grupo caminhou pela parte interna do centro comercial. J� do lado de fora, seguiram em dire��o � Pra�a Sete. 

 

O lema que comp�e o t�tulo deste texto � comumente utilizado por Djonga para levantar a bandeira antirracista. � de uma das mais famosas m�sicas dele — Olho do Tigre — que deriva a express�o “fogo nos racistas”. Belo-horizontino, o rapper nasceu na Favela do �ndio e cresceu no Bairro S�o Lucas, regi�o Centro-Sul da capital.

Rapper critica ‘simples nota’ do supermercado

Mais cedo, o supermercado da Goitacazes foi fechado em virtude do ato antirracista. A rea��o da empresa � morte de Jo�o Alberto foi duramente criticada por Djonga. O Carrefour afirmou que considera o espancamento um “ato criminoso”, mas o m�sico cobrou atitudes concretas que reflitam esse posicionamento.

“Essa resposta mostra o cinismo e a hipocrisia da maioria das grandes empresas a todas as situa��es de preconceito que rolam em rela��o a todas as minorias em nosso pa�s e no mundo. Na hora de capitalizar essas lutas, todos contratam influ�ncias e d�o jeitos de parecer que se preocupam com o que acontece em nosso pa�s e nas periferias. Mas, no fundo, o sentimento real deles � traduzido nessas simples notas de rep�dio”, afirmou.

Djonga continuou: “Se, realmente, os caras acreditassem que isso � errado, n�o aconteceria mais, mas continua acontecendo. E, continuar� enquanto a gente n�o estiver mais organizado e enquanto eles, para al�m da quest�o do racismo, forem quem controla tudo, como pol�tica, educa��o e cultura”.

 

Neste ano, o m�sico foi indicado ao BET Hip Hop Awards, pr�mio norte-americano, na categoria que condecora o melhor artista internacional. Embora n�o tenha vencido, fez hist�ria ao ser o primeiro brasileiro a concorrer.

Manifestantes seguem at� Carrefour do Floresta

O m�sico terminou a caminhada na Pra�a Sete, mas o protesto seguiu at� o Carrefour localizado no Bairro Floresta, na Regi�o Leste da cidade.

Ap�s longa caminhada ocupando as avenidas Amazonas e dos Andradas, os manifestantes chegaram ao local por volta das 17h30. As portas j� estavam fechadas e foram pintadas, pelo grupo, com marcas de m�os com tinta vermelha.

 


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