
O avan�o recente da COVID-19 no interior do estado acende a luz amarela. A preocupa��o ocorre no Norte de Minas, onde, no �ltimo trimestre, os casos de coronav�rus aumentaram 244% (2,5 vezes mais), de acordo com o estudo “Geografia em Sa�de”, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
A flexibiliza��o das atividades econ�micas no munic�pio e o relaxamento das medidas preventivas, com maior circula��o das pessoas nas ruas s�o as causas da eleva��o do n�mero de casos da COVID-19, observa o professor Gustavo Gustavo Cepolini, um dos coordenadores da pesquisa.
O estudo “Geografia da Sa�de”, realizado pelo Departamento de Geografia e pelo mestrado da mesma �rea da Unimontes, com base nos dados do boletim da Secretaria Estadual de Sa�de, aponta que o n�mero de casos de coronav�rus nos 89 munic�pios do Norte de Minas sa�ram de 6.935 em 14 de agosto para 23.870 em 17 de novembro, respondendo por 6,2% do total de casos no estado.
O levantamento revela tamb�m que a pandemia chegou em toda a regi�o, alcan�ando tamb�m os pequenos munic�pios mais isolados e as chamadas cidades “fim de linha” (que n�o est�o situadas �s margens de estradas que d�o acesso a outros munic�pios).
� o caso de Botumirim (6,28 mil habitantes), a �ltima cidade norte-mineira a ter registros da COVID-19 – os primeiros tr�s casos do munic�pio foram registrados no final de outubro.
� o caso de Botumirim (6,28 mil habitantes), a �ltima cidade norte-mineira a ter registros da COVID-19 – os primeiros tr�s casos do munic�pio foram registrados no final de outubro.
De acordo o estudo da Unimontes, ao longo dos oito meses da pandemia, ocorreram mortes provocas pelo coronav�rus em 61 cidades do Norte de Minas.
At� 17 de novembro, 444 pessoas perderam a vida por causa da doen�a nesta parte do estado. 45% destes �bitos aconteceram em Montes Claros, polo mesorregional e refer�ncia no atendimento de pacientes dos demais munic�pios da regi�o.
At� 17 de novembro, 444 pessoas perderam a vida por causa da doen�a nesta parte do estado. 45% destes �bitos aconteceram em Montes Claros, polo mesorregional e refer�ncia no atendimento de pacientes dos demais munic�pios da regi�o.
Segundo a pesquisa, os primeiros casos da COVID-19 no Norte de Minas foram registrados em 7 de abril e no come�o da pandemia, o crescimento de casos foi lento.
A regi�o atingiu a primeira centena de contaminados pelo coronav�rus em 20 de maio. Em 10 de julho, somava 1.896 casos, chegando a 10,7 mil pacientes infectados em 30 de agosto.
A regi�o atingiu a primeira centena de contaminados pelo coronav�rus em 20 de maio. Em 10 de julho, somava 1.896 casos, chegando a 10,7 mil pacientes infectados em 30 de agosto.
A partir da�, houve uma “acelera��o” dos registros da COVID-19 no Norte do estado, que chegaram a 13.617 em 15 de setembro. Os casos continuaram avan�ando e chegaram a 23.870 em 17 de novembro, �ltima data de registros do estudo.
Relaxamento
Para o professor Gustavo Cepolini, o aumento dos casos da COVID-19 no Norte de Minas est� vinculado � flexibiliza��o das atividades econ�micas nos munic�pios e ao fluxo de pessoas nas respectivas cidades. Ele tamb�m salienta que houve um aumento significativo das testagens, o que contribuiu para que o registro de maior quantidade de pacientes com diagn�stico do coronav�rus.
A recomenda��o do pesquisador � que as medidas preventivas continuem, com a ado��o de crit�rios mais r�gidos na flexibiliza��o das atividades econ�micas, “para que a gente possa ver uma estabilidade ou mesmo uma queda no percentual de casos enquanto ainda n�o se sinaliza uma vacina em massa para conduzir melhor o tratamento da doen�a”.
"� preciso evidenciar a import�ncia da continuidade do isolamento social, sobretudo as escolhas acertadas com o fechamento das escolas da educa��o infantil, de educa��o b�sica e o ensino superior, ou seja, o cuidado com as pessoas”, orienta Gustavo Cepolini, que coordena o estudo juntamente com a professora Iara Maria Silveira e com a participa��o de estudantes de geografia, respons�veis pela organiza��o e dos mapas da COVID-19 no Norte do estado.