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Estado de Minas RELEMBRE O CASO

'Bo�aloide', diz Kalil sobre morador que quer apagar arte do Cura de pr�dio

Prefeito disparou contra morador do edif�cio do Centro durante participa��o no Roda Viva de segunda-feira (30/11)


01/12/2020 19:11 - atualizado 01/12/2020 21:13

"Um bo�al", disse Kalil (foto: Reprodu��o/TV Cultura)
 
Na participa��o no programa Roda Viva, da TV Cultura, dessa segunda-feira (30/11), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) n�o poupou cr�ticas ao morador que entrou na Justi�a contra a obra de arte do Circuito Urbano de Arte (Cura) que est� estampada no pr�dio onde mora.

"Tenho d� desse bo�al. N�o passa de um bo�aloide", disparou o chefe do Executivo de Belo Horizonte.

Kalil foi questionado sobre a pol�mica pela rep�rter do Estado de Minas, M�rcia Maria Cruz. "O que voc� vai fazer com um cara desse? N�o sei quem � e n�o me interessa. O mundo est� se bo�alizando", emendou o prefeito da capital.

O painel intitulado H�brida Ancestral - Guardi� Brasileira, de 1.365m², foi pintado pela artista belo-horizontina Criola em 2018 como parte do festival e retrata uma mulher preta com uma cobra coral e um �tero. 

A inten��o dela era mostrar "um caminho interno de honra �s mulheres e seu sangue sagrado, de honra ao povo preto e aos povos origin�rios brasileiros e seus descendentes como leg�timos guardi�es dos portais da espiritualidade que sustentam o nosso pa�s".

Kalil repercutiu o fato de a ofensiva do cond�mino ser contra uma arte que representa o povo preto. "Eu sou neto de imigrante, eu sofri segrega��o. Se eu sou atleticano hoje, � porque os �nicos que aceitaram ser amigos da minha av� e do meu av� eram negros. E o que eu vou fazer com um bo�al? Com quem acha que eu n�o posso abrir a parada gay? Desce um disco voador que eu quero ir embora", disse.

O caso


O morador do 9º andar do Edif�cio Chiquito Lopes, localizado na Rua S�o Paulo, no Hipercentro de Belo Horizonte, entrou na Justi�a contra a obra de arte ainda em 2018. Respondeu na Justi�a o s�ndico do pr�dio.

Judicialmente, o morador diz que "a arte realizada altera a fachada do pr�dio, o que n�o se admite sem a pr�via e un�nime aprova��o dos cond�minos em assembleia". Ele pediu, ent�o, a suspens�o e o embargo das obras da pintura, alegando ser irregulares.

De acordo com o Cura, entretanto, na �poca da decis�o pela obra, o Conselho Consultivo do Condom�nio decidiu pela realiza��o da pintura – foram 54 cond�minos a favor e apenas um contra – no caso, o que entrou na justi�a. Ainda segundo o comunicado, o morador utilizou a Lei 4.591/1964 para embasar o pedido.

O morador fez um requerimento de urg�ncia na Justi�a, que foi negado. Agora, ambas as partes interessadas j� enviaram os documentos para a Justi�a, que tomar� uma decis�o.


Afinal, o que diz o morador?


A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com o morador e com os advogados dele no caso, que n�o responderam �s solicita��es.

� um homem branco, de idade avan�ada. Nas redes sociais, ele comentou sobre o assunto nos coment�rios de uma foto, quando foi criticado por um belo-horizontino sobre o assunto.

"Trata-se de um processo questionando uma altera��o na fachada de um condom�nio, decidido sem os crit�rios previstos pelo aparato legal que rege o assunto. N�o tem nada a ver com a obra. Se os requisitos legais tivessem sido cumpridos, n�o haveria processo", disse.


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