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Estado de Minas ARTE URBANA

CURA: obra de arte em pr�dio de BH corre o risco de ser apagada

�nico morador, entre 55 cond�minos a favor, entrou com a��o judicial pedindo que obra da artista Criola seja apagada do pr�dio no Centro de BH. O mural tem 1.365m� e integra projeto do Circuito Urbano de Arte (Cura), que denuncia preconceito. Abaixo-assinado tenta impedir que a pintura seja removida


21/11/2020 12:06 - atualizado 22/11/2020 11:06

O mural gigante, situado na Rua São Paulo, pode ser visto de diferentes pontos de BH, como o viaduto da Floresta, a Avenida Antônio Carlos e a Rua Sapucaí.(foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)
O mural gigante, situado na Rua S�o Paulo, pode ser visto de diferentes pontos de BH, como o viaduto da Floresta, a Avenida Ant�nio Carlos e a Rua Sapuca�. (foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)
Quem passa pelas imedia��es da Rua S�o Paulo, no Centro de Belo Horizonte, n�o consegue deixar de notar (e admirar) uma pintura de 1.365m² na parede lateral do Condom�nio Chiquito Lopes. A grandiosidade tem enfeitado a �rea Central da capital h� quase dois anos, mas corre o risco de ser apagada. Um morador do condom�nio entrou com uma a��o judicial alegando que “n�o � uma simples pintura, � uma decora��o de gosto duvidoso”. 
 
O mural foi feito pela belo-horizontina Criola, considerada porta-voz da nova safra feminina de artistas visuais que utilizam o grafiti como instrumento de afirma��o e empoderamento.

A obra intitulada “H�brida Ancestral – Guardi� Brasileira” retrata uma mulher preta com uma cobra coral e um �tero. Em seu trabalho a artista quis mostrar “um caminho interno de honra �s mulheres e seu sangue sagrado, de honra ao povo preto e aos povos origin�rios brasileiros e seus descendentes como leg�timos guardi�es dos portais da espiritualidade que sustentam o nosso pa�s”. Seu trabalho � reconhecido e suas obras s�o vistas tamb�m nas cidades de S�o Paulo, Minsk (Belarus) e Paris (Fran�a). 
 
Antes do in�cio da pintura, o Circuito Urbano de Arte (Cura), que organiza e viabiliza as obras, disse que seguiu todos os procedimentos para a contrata��o junto ao Condom�nio Chiquito Lopes, assumindo n�o s� a realiza��o da pintura, mas a reforma completa das benfeitorias necess�rias na fachada lateral.

Criola é artista mineira e já pintou em prédios de diversas cidades do mundo; suas obras podem ser vistas também em São Paulo, Minsk e Paris(foto: Reprodução Redes Sociais/Criola)
Criola � artista mineira e j� pintou em pr�dios de diversas cidades do mundo; suas obras podem ser vistas tamb�m em S�o Paulo, Minsk e Paris (foto: Reprodu��o Redes Sociais/Criola)
“Por respeito � participa��o democr�tica, o s�ndico submeteu a quest�o ao Conselho Consultivo do Condom�nio que decidiu pela aprova��o da obra. Nesse momento, um dos moradores, um homem branco, em tom de insatisfa��o, apresentou uma carta contra a decis�o. Foi ent�o convocada uma Assembleia-Geral Extraordin�ria que confirmou a decis�o pela realiza��o da pintura em que estiveram presentes 55 cond�minos, tendo todos votados a favor, exceto o tal morador que, na sequ�ncia, entrou com uma a��o judicial pedindo o apagamento da obra”, relatou o Cura em sua p�gina oficial. 
 
Ainda segundo o comunicado, o morador utiliza para fundamentar sua a��o judicial "uma lei do regime militar (Lei 4.591/1964) j� superada pelo C�digo Civil de 2002, para sustentar que a realiza��o da obra precisaria da aprova��o un�nime de todos os cond�minos".
 
O Cura, por meio das advogadas do Coletivo Margarida Alves (assessoria jur�dica popular), entrou no processo como parte interessada, na qualidade de assistente dos r�us, e j� apresentou as raz�es de fato e de direito pelas quais entendem que o processo deve ser julgado improcedente. “Esses dizeres podem ser interpretados como express�o do racismo estrutural, por se tratar de uma obra afro-centrada de uma artista descendente da di�spora africana”, diz o comunicado. A a��o � p�blica e corre na 22ª Vara C�vel de Belo Horizonte e, segundo o advogado Joviano Mayer, o processo est� concluso para senten�a e aguarda julgamento.  
 
O grupo promove um abaixo-assinado contra a remo��o da obra e, at� o momento da publica��o desta mat�ria, j� contava com 4.439 nomes. O link pode ser acessado aqui.


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