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Estado de Minas Sa�de

Cerca de 4,7% das pessoas em BH t�m defici�ncia, diz estudo do Mano Down

O estudo hist�rico foi divulgado em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, Dia Internacional da Pessoa com Defici�ncia


03/12/2020 13:01 - atualizado 03/12/2020 13:33

O evento para a divulgação dos resultados da pesquisa se deu nesta quinta-feira (3), considerado como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Na foto, Leonardo Gontijo, idealizador e presidente do Instituto Mano Down(foto: Instituto Mano Down/Divulgação)
O evento para a divulga��o dos resultados da pesquisa se deu nesta quinta-feira (3), considerado como Dia Internacional das Pessoas com Defici�ncia. Na foto, Leonardo Gontijo, idealizador e presidente do Instituto Mano Down (foto: Instituto Mano Down/Divulga��o)

O Instituto Mano Down divulgou, nesta quinta-feira (3/12), em coletiva de imprensa realizada em formato h�brido – presencial e virtual –, o resultado da pesquisa quantitativa que mapeou a incid�ncia de pessoas com defici�ncia e, em especial, com s�ndrome de Down em Belo Horizonte. O estudo foi realizado em parceria com o Instituto Vox Populi e utilizou dois tipos de amostragem, a probabil�stica e a intencional – Fam�lias Down. 

Segundo os dados do instituto, a amostra probabil�stica foi realizada em 173 bairros de todas as regi�es administrativas da capital mineira. Ao todo, foram entrevistados 2.249 domic�lios, sendo as informa��es representativas de 6.790 indiv�duos. 320 pessoas relataram ter pelo menos um tipo de defici�ncia, 16 delas com s�ndrome de Down

Assim sendo, a an�lise do Vox Populi mostra que, dos mais de 2,5 milh�es cidad�os residentes em Belo Horizonte, 118.837 t�m pelo menos um tipo de defici�ncia. J� na amostra intencional - Fam�lias Down foram realizadas cerca de 129 entrevistas. “Para obter uma base maior de informa��o sobre a s�ndrome de Down foi feita uma amostragem intencional, ou seja, o Vox Populi procurou intencionalmente por fam�lias com pessoas com Down.” 

“As entrevistas foram realizadas a partir de indica��es e abordagem aleat�ria em centros de tratamento voltados para este tipo de defici�ncia, inclusive do pr�prio Mano Down. A amostra probabil�stica (aleat�ria) registrou 16 casos de pessoas com Down e a intencional encontrou 145”, diz o estudo. Dos entrevistados, 55,2% s�o mulheres e 44,8% s�o homens.  

Em rela��o � idade, a maioria dos entrevistados com s�ndrome de Down t�m at� 12 anos (53,4%). Al�m disso, 57,9% estudam atualmente e 42,1% n�o. Sobre a ocupa��o, apenas 11,1% est�o empregados com carteira assinada, enquanto que 2,2% est�o desempregados. Ainda, 37,6% relataram j� ter sofrido algum tipo de preconceito ou discrimina��o em rela��o � s�ndrome de Down.  

Para Leonardo Gontijo, idealizador e presidente do Instituto Mano Down, falar desses n�meros � hist�rico, uma vez que a pesquisa se apresenta como pioneira ao mostrar dados nunca antes vistos pela popula��o mineira. Para ele, o novo horizonte ser� de visibilidade, esperan�a e humanidade. “Estamos fazendo hist�ria, apesar de governantes, falas e promessas. Precisamos agir para entregar esses dados � Belo Horizonte e c� estamos, porque demos a vida por isso e queremos lev�-lo ao m�ximo de pessoas poss�vel.” 

“Estamos na luta para as pessoas sem defici�ncia, para que elas entendam e se conscientizem, pois a invisibilidade humana mata, e um abra�o ou apoio pode salvar vidas. Fizemos essa pesquisa para ampliarmos nossa miss�o de ajudar mais pessoas e proporcion�-las oportunidade. Precisamos mudar a palavra inclus�o para oportunidade, pois pessoas n�o s�o dados, n�o s�o estat�sticas, pessoas transformam o mundo e precisam ser legitimadas como s�o e n�o como gostar�amos que elas fossem”, completa. 

Mais dados 

Al�m dos dados registrados sobre pessoas com s�ndrome de Down em Belo Horizonte, a pesquisa feita pelo Instituo Mano Down elencou as caracter�sticas das demais defici�ncias apontadas pelos entrevistados: defici�ncia auditiva, defici�ncia f�sica (mobilidade e motora), autismo, defici�ncia intelectual e transtornos mentais. Das pessoas com defici�ncia auditiva, 32 s�o homens e 32 mulheres, em sua maioria com mais de 60 anos (62,7%). 

Em rela��o � ocupa��o, 63,3% s�o aposentados ou pensionistas, 16,7% t�m emprego fixo, 6,7% aut�nomos e 6% est�o desempregados. Quanto aos dados referentes a pessoas com defici�ncia f�sica, 99 apontaram defici�ncia de mobilidade, sendo 64,7% mulheres, em sua maioria, tamb�m, com mais de 60 anos (65,7%). A pesquisa apontou, ainda, que 62,6% dos entrevistados t�m defici�ncia de mobilidade e outras defici�ncias, enquanto que 37,44% t�m apenas defici�ncia de mobilidade. 

Dos entrevistados, 24 relataram autismo, sendo 68,3% homens. A m�dia de idade nesse grupo foi registrada em torno de 21,9 anos. Ainda, 50 pessoas foram registradas com defici�ncia intelectual, sendo 53,7% delas mulheres. Foram identificadas, tamb�m, 65 pessoas com transtorno mental, sendo 65,4% mulheres. 

Em breve, a pesquisa ser� disponibilidade na �ntegra para o p�blico. 

Ao fim do evento, Luiz Henrique Porto Vilani, diretor de pol�ticas para as Pessoas com Defici�ncia da prefeitura de Belo Horizonte, parabenizou o trabalho feito pelo Instituto Mano Down, em parceria com a Vox Populi, e se colocou � disposi��o para a��es em prol da diversidade e inclus�o. "Deixamos a prefeitura � disposi��o para divulgar essa pesquisa e discutir os dados. Voc�s est�o convergindo com o que j� faz�amos antes e, com nosso corpo t�cnico, queremos que as pessoas possam se apropriar e transformar suas atitudes nos servi�os p�blicos tamb�m”, diz. 

* Estagi�ria sob a supervis�o da subeditora Ellen Cristie.  


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