
A partir da pr�xima segunda-feira (8/12), os bares e restaurantes de Belo Horizonte n�o poder�o mais vender bebidas alco�licas no per�odo em que estiverem abertos. A determina��o da prefeitura de Belo Horizonte atender� a uma solicita��o do Comit� de Enfrentamento ao Coronav�rus na capital, que levou em conta o aumento da taxa de transmiss�o por infectado (Rt) para restringir a flexibiliza��o das atividades. O hor�rio de funcionamento dos estabelecimentos permanece o mesmo (at� �s 22h).
De acordo com a Secretaria Municipal de Sa�de, a proibi��o da comercializa��o de bebidas � uma a��o para evitar o fechamento total do com�rcio no per�odo de maior faturamento. A PBH diz que seguir� monitorando os n�meros na capital e n�o descarta liberar novamente os estabelecimentos a vender bebidas. Por outro lado, se os n�meros piorarem, o pr�prio prefeito Alexandre Kalil (PSD) avisou que poder� adotar o lockdown.
“Quando pegamos as pessoas que est�o sendo infectadas, h� uma predomin�ncia muito grande de jovens entre 20 e 40 anos. O que elas t�m de comum � que frequentaram festas clandestinas, familiares, foram a bares e restaurantes, onde fizeram uso de bebidas alco�licas. Por causa do uso de bebidas, abandonaram o uso da m�scara e do distanciamento social”, ressalta o secret�rio municipal de sa�de, Jackson Machado Pinto, em entrevista ao Estado de Minas.
Segundo eles, o descuido � o principal motivo da medida restritiva: “Depois dos encerramento dos bares, � comum ver as pessoas se aglomerarem sem m�scaras nos postos de gasolina, por exemplo, nas lojas de conveni�ncia, e ali continuam as festas at� de madrugada. Ent�o, s�o estas pessoas que ficam doentes e est�o adquirindo o v�rus para lev�-los para suas casas, contaminando os mais velhos”.
Bares e restaurantes t�m alto n�mero de cont�gio, diz secret�rio
Esta � a primeira que o munic�pio adota uma medida mais branda para tentar controlar a COVID-19. Em julho, Alexandre Kalil determinou o fechamento de todas as atividades, desagradando as associa��es de empres�rios da capital mineira. Em seguida, aos poucos, a PBH lan�ou um plano de flexibiliza��o da economia, liberando os setores aos poucos para voltar �s atividades de forma normal.
“Sabemos que � nos bares e restaurantes onde ocorre o maior n�mero de cont�gio. N�o � uma constata��o s� da Prefeitura de Belo Horizonte ou da Vigil�ncia Sanit�ria, � uma constata��o feita mundo afora”, diz Jackson Machado. “Obviamente, n�o � o consumo em si da bebida que causa a doen�a. Mas ela � um forte atrativo para que a aglomera��o aconte�a. N�o queremos que as pessoas deixem de sair, n�o queremos que as pessoas deixem de ir ao restaurante. Elas podem se alimentar numa lanchonete, desde que tomem as medidas de distanciamento e ficando menos tempo”, acrescenta.
Atualmente, o n�mero m�dio de transmiss�o por infectado est� em 1,05 (est�gio amarelo, intermedi�rio), taxa considerada preocupante pelos infectologistas volunt�rios que integram o comit�. A ocupa��o de leitos de UTI (SUS + rede suplementar) para COVID-19 � de 45,7%, enquanto 45,7% das enfermarias (SUS rede suplementar) para COVID-19 est�o sendo usadas na capital.
Jackson diz que o munic�pio conta com leitos adicionais para atender a uma poss�vel demanda: “� importante observar que n�o � apenas o crescimento das taxas de leitos de enfermaria e UTI que nos traz preocupa��o. Temos uma 'poupan�a'. H� alguns leitos que eram usados para COVID que retornamos para a retaguarda, que podem vir a ser usados novamente para COVID. Isso ocorreu de ontem para hoje. Nosso n�meros estavam altos, mas com a reativa��o, os n�meros ca�ram um pouco”.
Resultados satisfat�rios
O secret�rio afirma que, ao fechar toda a cidade em julho, os resultados foram satisfat�rios no controle do coronav�rus: “Em julho, chegamos a fechar. Agora � uma medida aberta. Naquele momento, a medida adotada foi absolutamente eficiente. Houve diminui��o do n�mero de casos e essa estabilidade se manteve baixa at� agora, em 10 de novembro. O processo de flexibiliza��o da cidade continuou. Nessa semana passada, estava tudo quase como era antes da pandemia. Como algumas pessoas e poucos estabelecimentos n�o respeitaram as regras, e como n�o acreditamos que os justos tenham de pagar pelos pecadores, n�o fechamos os estabelecimentos. Fechamos bares que desrespeitaram as regras, mas � muito importante evitar aglomera��es”.