Consciente da necessidade das m�scaras para reduzir a transmiss�o do coronav�rus, maioria indica que vai usar o equipamento at� que possa tomar a vacina
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
A popula��o de Belo Horizonte est� consciente dos riscos do novo coronav�rus e tem aceitado as medidas de preven��o � COVID-19. � o que aponta resultado de an�lise do instituto F5 Atualiza Dados, publicada com exclusividade pelo Estado de Minas. A apura��o da amostra coletada no m�s passado revela uma ades�o em massa � vacina e �s m�scaras – um inc�modo necess�rio, que a maioria pretende manter at� que o imunizante seja realidade.
A ci�ncia j� comprovou que a m�scara, se usada de maneira correta, tende a diminuir consideravelmente a transmiss�o dos micro-organismos que saem pelo nariz e boca. Em BH, h� essa percep��o do acess�rio como preven��o de emerg�ncia. De acordo com a pesquisa, 95% das pessoas pretendem continuar a usar m�scaras at� a chegada da vacina contra a COVID-19 no Brasil. E, embora muitas pessoas n�o tenham o h�bito de utilizar o equipamento de seguran�a em reuni�es de fam�lia e/ou amigos (45,67%), parte da popula��o (40,67%) pretende mant�-lo mesmo ap�s o t�rmino da pandemia. Mas a maioria (59,33%) diz que vai abandon�-lo.
Os h�bitos de lazer noturno, comuns na vida do belo-horizontino, tamb�m n�o foram retomados de forma expressiva. Mesmo com a flexibiliza��o do com�rcio na capital, 67,33% das pessoas ouvidas n�o voltaram a frequentar bares, restaurantes e casas noturnas. A pesquisa ainda mostra que a maioria das pessoas (71,67%) pretende tomar a vacina assim que ela estiver dispon�vel, mas h� um rep�dio ao pagamento pela imuniza��o. Segundo o relat�rio, 48,33% n�o pagariam pelo imunizante e 25,67% aceitam compr�-lo apenas se o pre�o couber no or�amento.
A t�cnica em enfermagem Danielle Nicole n�o desiste nem do equipamento de prote��o nem do distanciamento: "Se tiver que ficar em quarentena mil anos para proteger minha fam�lia, ficarei"
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A professora Viviane Alves, microbiologista do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas da Universidade Federal de Minas Gerais, comemora que a popula��o esteja ciente e realmente preocupada com a pandemia. “O interessante tamb�m � que todos que est�o preocupados aderem � m�scara, ao distanciamento e tamb�m s�o a favor da vacina, o que � �timo”, comenta a especialista.
Com o resultado da pesquisa, a doutora em microbiologia e imunologia tamb�m defende que a prote��o definitiva � COVID-19 seja distribu�da de gra�a. “� importante ver que a maioria das pessoas deseja que a vacina seja gratuita, talvez com um temor de que seja cara. Se for paga, n�o vai atender toda a popula��o porque muitos n�o t�m condi��o de pagar”, argumenta Viviane Alves. “No geral, a popula��o est� ciente dos riscos, continua se protegendo. As pessoas est�o preocupadas consigo mesmas e tamb�m com seus familiares”, conclui.
A tarefa de se proteger n�o � f�cil. Um h�bito que antes era comum somente na profiss�o teve de ser estendido para o conv�vio social mais amplo. A t�cnica em enfermagem Danielle Soares Nicoli, de 32 anos, � uma dessas pessoas que n�o largam a m�scara. Ela sonha com a vacina para poder abrir m�o do acess�rio fora do trabalho. “N�o estou mais aguentando ficar de m�scara o tempo inteiro(...). J� est� se tornando um inc�modo”, desabafa a profissional de sa�de, esperando pela solu��o em forma de vacina. Danielle se junta � parcela da popula��o arredia � retomada de h�bitos de lazer. “Se tiver que ficar em quarentena mil anos para proteger minha fam�lia ficarei”, resume.
O microempres�rio Ricardo de Jesus retomou h�bitos de lazer, com restri��es: "N�o frequento bares nem ambientes fechados com aglomera��o de pessoas. Na rua, tento manter o istanciamento" (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O microempres�rio Ricardo Luiz de Jesus, de 57, j� n�o tinha h�bito de visitar bares, mas sempre foi de sair para praticar exerc�cios f�sicos. Desde o in�cio da pandemia, ele se isolou e s� retornou atividades em meados de setembro. “Sempre uso m�scara, n�o frequento bares nem ambientes fechados com aglomera��o de pessoas. Na rua, tento manter o distanciamento. Respeito as normas. Minha m�e tem 76 anos, se eu levar o coronav�rus para casa, posso perd�-la.” Apesar de tamb�m estar ansioso pela vacina, ele afirma que n�o pagaria por ela. “Acho que � obriga��o do governo federal fornecer o mais r�pido poss�vel”, opina.
(foto: Arte EM)
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte. V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.