�nibus que saiu de Alagoas com destino a S�o Paulo caiu de viaduto na sexta-feira (foto: Josagno Mota/Divulga��o)
Dezenove pessoas morreram ap�s a queda de um �nibus do viaduto conhecido como “Ponte Torta” na BR-381, entre Nova Era e Jo�o Monlevade, na Regi�o Central de Minas Gerais. Os n�meros foram atualizados na manh� deste domingo.
Segundo o Hospital Margarida, em Jo�o Monlevade, para onde a maioria dos feridos foi levada, uma passageira de 56 anos morreu no fim da noite de s�bado. O corpo dela ser� levado para o Instituto M�dico Legal (IML) de Belo Horizonte, no Bairro Nova Gameleira, Regi�o Oeste, onde est�o os corpos das outras 18 v�timas.
O �nibus havia sa�do do interior do estado de Alagoas com destino a S�o Paulo quando a viagem foi interrompida de forma tr�gica em Minas. Ap�s despencar do viaduto, de uma altura de cerca de 30 metros, e cair ao lado da linha f�rrea, o �nibus ainda pegou fogo. Treze pessoas morreram no local. Mais de 20 foram hospitalizadas, tr�s delas em estado grave no Hospital Jo�o XXIII, em Belo Horizonte. Ainda h� tr�s pessoas que conseguiram escapar sem ferimentos porque saltaram do ve�culo antes da queda.
No s�bado, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), publicou no Twitter que entrou em contato com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A este �ltimo, ele solicitou um avi�o da For�a A�rea Brasileira (FAB) para transportar os corpos para o estado do Nordeste.
Ap�s contato com o Governador de Minas Gerais, @RomeuZema, determinei ao Gabinete Civil, a Secretaria de Desenvolvimento Social e a Assessoria Militar a miss�o de trazer com todo apoio necess�rio as v�timas do acidente com o �nibus de Mata Grande.
Acabei de falar com o PR @jairbolsonaro para solicitar que um avi�o da For�a A�rea Brasileira fa�a o traslado dos corpos das v�timas do acidente de �nibus ocorrido em Minas Gerais. O PR determinou imediata provid�ncia. Agrade�o em nome do povo alagoano esta aten��o para conosco.
A Pol�cia Civil de Minas montou esquema especial para a identifica��o dos corpos das v�timas e na busca pelas causas e pelos culpados do acidente. Um dos maiores mist�rios que cercam a trag�dia � o paradeiro de um dos motoristas do �nibus, que, segundo relato de testemunhas, teria pulado antes de o ve�culo despencar de uma altura de 35,5 metros, de acordo com nova per�cia t�cnica. Ontem, equipes ainda trabalhavam na remo��o de destro�os do local.
“N�o podemos ser levianos e nos precipitar. Temos depoimentos de testemunhas e de v�timas de dentro do �nibus. Alguns depoimentos s�o esclarecedores, outros confusos. A parte t�cnica � a mais dif�cil, pois depende do emocional das pessoas”, afirma o investigador.
Com rela��o ao condutor do �nibus, Paulo Tavares entende que ele n�o pode ser classificado como foragido. “Prefiro que essa palavra foragido n�o seja usada. N�o existe mandado de pris�o contra ele. Ele est� desaparecido. N�o se sabe o paradeiro dele. Mas o fato de ele ter abandonado o local de servi�o, o pr�prio C�digo de Tr�nsito fala isso… Mas n�o vamos delinear fatos t�picos agora. Vamos esperar a parte da per�cia t�cnica e da investiga��o para fazer um desenho certo do fato.”
Dos 18 mortos confirmados at� esse s�bado (5/12), a per�cia j� identificou tr�s por impress�o digital. O restante ser� feito nos pr�ximos dias, com a ajuda de um grupo de 50 servidores convocados �s pressas para atuar no fim de semana. A �ltima v�tima da trag�dia chegou ao Instituto M�dico-Legal (IML) nas primeiras horas de ontem. Ela foi resgatada ainda com vida no local do acidente e deslocada para o Hospital Santa Margarida, mas n�o resistiu aos ferimentos.
"O maior desafio nessa situa��o � a pr�pria identifica��o. Na pr�pria din�mica do acidente, os objetos se desvinculam, o que torna o processo ainda mais dif�cil", ressalta o superintendente de pol�cia t�cnico-cient�fica, Thales Bittencourt. A PCMG est� atuando em conjunto com a Pol�cia Civil dos estados de S�o Paulo e Alagoas, de onde muitas das v�timas eram. A pol�cia mineira solicitou �s corpora��es as fichas datilosc�picas para ajudar na an�lise mais precisa.
Na sexta-feira, foram deslocados dois m�dicos-legistas para auxiliar no trabalho de reconhecimento das v�timas. Apesar de ter um posto em Jo�o Molevade, a Pol�cia Civil entendeu que seria mais vi�vel fazer o trabalho mais pesado em Belo Horizonte, com apoio da Acadepol, por ter estrutura e material humano.
Por meio de um acordo da Defesa Civil de Minas Gerais com a For�a A�rea Brasileira (FAB), uma aeronave ficar� � disposi��o das fam�lias para o traslado dos corpos at� o estado de Alagoas.
Causas
(foto: Arte EM)
A per�cia t�cnica da Pol�cia Civil tamb�m tenta entender o que levou o �nibus a despencar do viaduto, conforme nova an�lise feita pelos investigadores. At� agora, os peritos n�o chegaram a conclus�es se o ve�culo teve falha mec�nica de fato que interferiu no acidente. “Todos os levantamentos poss�veis de ser feitos foram realizados, fotografias, medi��es foram coletadas. Exames est�o sendo realizados para analisar se houve falha mec�nica.” (RD)
“N�o nos furtaremos da nossa responsabilidade”
A empresa Localima, respons�vel pelo �nibus envolvido no acidente, publicou na sexta-feira uma nota de pesar. “N�o nos furtaremos da nossa responsabilidade, e somaremos todas as nossas for�as e empenho para prestar total assist�ncia �s v�timas e aos seus familiares”, diz o texto. “Nada, absolutamente nada, trar� de volta a vida das v�timas. Foi uma fatalidade que gostar�amos de ter evitado”.
A Localima ainda diz que possui um contrato de arrendamento com a empresa J.S. Turismo, que transporta os passageiros seguindo as regras da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) e Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Leia, na �ntegra, o posicionamento publicado no Facebook da empresa:
Nota de pesar publicada em uma rede social da empresa de �nibus (foto: Reprodu��o da internet/Facebook/Localima Tur)
