
A ocupa��o de leitos quase no limite n�o � a �nica preocupa��o do Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus (CSSJD), em Divin�polis, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, em meio � pandemia do novo coronav�rus. O d�ficit de profissionais de sa�de acendeu o sinal vermelho. Entre atestados e afastamentos, s�o cerca de 200 vagas ociosas no hospital refer�ncia para 54 munic�pios e o �nico a atender pacientes de alta complexidade pelo sistema �nico de sa�de (SUS).
O alerta foi feito pela diretora-presidente do CSSJD Elis Regina. Hoje, o hospital que conta com 1.618 trabalhadores, est� com 44 profissionais afastados com suspeita de COVID-19, outros 37 por motivos diversos, al�m de 40 gr�vidas, nove idosos e seis com comorbidades por serem grupo de risco. A unidade j� estava com 73 vagas abertas para contrata��o.
“A quarta onda � o agravamento da sa�de dos profissionais” afirmou Elis, citando quest�es f�sicas e psicol�gicas. “H� uma exaust�o”, enfatizou. A diretora-presidente ainda alertou sobre o risco de satura��o. “Ou a popula��o efetivamente ajuda, n�o se aglomera, n�o faz festa de final de ano, ou vai faltar leitos e pessoas para trabalhar."
Hospital de campanha
A situa��o tamb�m n�o � diferente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no hospital de campanha, que funciona acoplado a ela. O d�ficit de profissionais chega a 10%. “A situa��o por enquanto est� control�vel, mas preocupante”, declarou o coordenador m�dico, Tarc�sio Teixeira de Freitas. Ele teme a sobrecarga do atendimento com o aumento de pacientes e a redu��o da equipe devido aos atestados m�dicos.
“Antes da pandemia a gente tinha em m�dia 450, 500 atendimentos. Durante a pandemia reduziu para 100 atendimentos, agora a gente j� bate dias de 250, 300 atendimentos. Isso demanda uma equipe quase que completa”, explicou.
Hoje, s�o 170 t�cnicos e enfermeiros para uma demanda de 50% de ocupa��o na unidade de pronto atendimento (UPA) e de 100% na enfermaria, conforme dados do boletim de ter�a-feira (15/12).
A UPA e o hospital de campanha funcionam como um suporte para o S�o Jo�o de Deus. Com risco de satura��o do sistema p�blico, as autoridades em sa�de j� buscam respostas para um eventual plano B. “Vamos precisar da regula��o regional e estadual definir para onde esses pacientes v�o se o S�o Jo�o de Deus extrapolar a capacidade dele. Leito f�sico para 10 a 12 pacientes a gente tem no hospital de campanha, a gente n�o tem esses leitos habilitados, ent�o eu n�o consigo intern�-los, mas dar o suporte at� que esses pacientes recebam uma interna��o”, explicou.
Apesar de conseguir dar suporte, a UPA e o hospital de campanha n�o t�m estrutura para alta complexidade. “Nossos pacientes que precisam de di�lise, pacientes que precisam �s vezes de um cateterismo porque infartam ou t�m um AVC pela COVID-19, a gente fica limitado, porque nosso hospital n�o tem condi��es de dar esse tratamento”, esclareceu.
Cirurgias eletivas
Uma das solu��es analisadas para tentar desafogar os eleitos e ao mesmo tempo as equipes � a suspens�o das cirurgias eletivas. Entretanto, com a decis�o pode vir tamb�m o impacto financeiro. O receio � que o hospital seja penalizado, j� que o pagamento dos procedimentos incluem tamb�m o cumprimento de metas de eletivas, urg�ncia e emerg�ncia estabelecidas pelo Minist�rio da Sa�de. A possibilidade ser� estudada junto ao governo do estado.
“Se a gente parar a quest�o das cirurgias eletivas, que � o que n�s estamos programando para janeiro, para dar uma folga para aos nossos profissionais, a gente tem medo de n�o cumprir as metas depois e ainda sermos penalizados l� na frente”, analisou.
Elis disse que ampliar o n�mero de leitos n�o � suficiente. “N�o adianta aumentar leito para COVID se vai faltar m�quina de hemodi�lise para pacientes que se agravam. N�o � s� aumentar leitos, h� v�rias coisas por tr�s que precisamos aumentar." Al�m disso, demandaria mais profissionais de sa�de, em escassez no mercado.
*Amanda Quintiliano e J�ssica Augusta Pereira/Especial para o EM
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia
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