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Estado de Minas FOGOS

Com queda em grandes eventos, setor pirot�cnico aposta no varejo

Polo da produ��o de fogos no pa�s, empresas de Santo Ant�nio do Monte sentiram impacto de 70% das vendas


31/12/2020 13:20 - atualizado 31/12/2020 13:31

(foto: Pixabay/Reprodução )
(foto: Pixabay/Reprodu��o )

O show de fogos de artif�cio ser� mais t�mido em 2020. Com o cancelamento de eventos de grande porte, como a tradicional festa da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte e a de Copacabana, no Rio de Janeiro, quem sentir� o impacto ser� o setor pirot�cnico. Maior produtor de fogos de artif�cio do pa�s, Santo Ant�nio do Monte, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, amargou queda de 70% das vendas. A aposta tem sido o varejo.
 
Respons�vel por cerca de 90% da produ��o do pa�s, o polo de Samonte, que engloba outras seis cidades – Itapecerica, Pedra do Indai�, Lagoa da Prata, Moema, Japara�ba e Arcos conta com 65 empresas. A principal receita da ind�stria vem dos grandes eventos espalhados ao longo do ano, e, principalmente das festas de virada de ano. Com grande parte cancelada pelo pa�s, o al�vio tem sido a venda para pequenas festas particulares. O varejo teve aumento 30%.

'A pandemia impactou o país inteiro', comentou o presidente do Sindicato das Indústrias de Explosivos no Estado de Minas Gerais (Sindiemg), Magnaldo Geraldo Filho(foto: Divulgação/Fiemg)
'A pandemia impactou o pa�s inteiro', comentou o presidente do Sindicato das Ind�strias de Explosivos no Estado de Minas Gerais (Sindiemg), Magnaldo Geraldo Filho (foto: Divulga��o/Fiemg)


“A gente trabalha para grandes eventos e houve uma migra��o para pequenos eventos. Tivemos uma baixa muito significativa nas vendas. A pandemia impactou o pa�s inteiro”, comentou o presidente do Sindicato das Ind�strias de Explosivos no Estado de Minas Gerais (Sindiemg), Magnaldo Geraldo Filho.

A baixa n�o foi apenas dentro do Brasil. Pa�ses vizinhos, como Argentina e Uruguai tamb�m colocaram o p� no freio e reduziram as compras para comemorar a entrada do novo ano. “Exportamos para a Am�rica Latina e todos os pa�ses foram impactados”, relata. Santo Ant�nio do Montem tem o �nico laborat�rio da Am�rica Latina na certifica��o dos produtos.

 
Propriet�ria de uma loja, na Avenida Bias Fortes, em Belo Horizonte, V�nia Soares conta que as proje��es foram alcan�adas. “Em fun��o do cancelamento dos grandes eventos, focamos em outro p�blico, a fam�lia que vai comemorar em casas, s�tios.

No come�o ficamos apreensivos, mas superou as expectativas”, afirma. Se citar �ndices, diz que as vendas ficaram acima do esperado para um ano at�pico.

A venda no varejo, foi o que entusiasmou mais a ind�stria. Gerente de uma empresa em Samonte, Lu�s Fernando viu o impacto direto nas prateleiras. “As lojas n�o est�o vendendo para grandes eventos, isso faz com que comprem menos da ind�stria. Houve a invers�o de consumidor. Embora n�o tenha grande movimento, ainda h� para as lojas neste per�odo”, relata. 

Insumos mais caros

Impacto nas vendas para grandes eventos e tamb�m na produ��o. “Distribu�mos os insumos para a pirotecnia. Em abril n�s paramos tudo e por um momento pensamos: acabou tudo”, relembra a empres�ria Lucimar C�ssia Ara�jo. O al�vio veio com o per�odo eleitoral. “Tivemos a oportunidade por causa da pol�tica e houve um consumo alto que nos fez voltar rapidamente”, conta.

Agosto foi o melhor m�s para o setor em meio a pandemia. A produ��o voltou, entretanto, houve outro baque. “Os pre�o dos insumos subiram muito”, afirma. Lucimar � respons�vel pela distribui��o de insumos, principalmente de embalagens. “Fogos tem muitos produtos qu�micos, embalagens gastam dois tipos, que � a caixa colorida que vai para as prateleiras e as de embarque”, relata. Com a escassez de mat�ria prima, o custo chegou a subir entre 45% a 100%.

A expectativa era de a situa��o estabilizar na reta final com a produ��o para as festas de r�veillon. Entretanto, a segunda onda da pandemia criou uma nova barreira. “Os eventos foram suspensos novamente. A pol�tica foi o que nos trouxe resultados”, diz. Embora ainda estejam suspensos os eventos de grande parte do pa�s, para janeiro espera-se, pelo menos, a estabiliza��o do pre�o dos insumos.

“Tende a estabilizar em janeiro porque na pol�tica usa muito papel e j� passou. Tamb�m houve uma redu��o das compras online o que reduz o consumo de embalagens”, projeta.

* Amanda Quintiliano especial para o EM
 


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