Com restri��o do com�rcio e atividades, veja outras op��es de lazer em BH

O cerco ao coronav�rus volta a se fechar em Belo Horizonte, desta vez, em pleno per�odo das f�rias escolares. Agora, com o an�ncio da suspens�o do funcionamento de shoppings, cinemas, museus com�rcio n�o essencial e outros espa�os a partir da semana que vem, por determina��o da prefeitura e do estado, a popula��o – principalmente crian�as e adolescentes – perde algumas op��es de lazer durante a pandemia. Mas, parques p�blicos, pra�as e outros locais seguem liberados e com regras para visita��o.

Vale lembrar que as restri��es se devem � tentativa de conter o aumento do n�mero de casos da COVID-19 na capital. A escalada na quantidade de pacientes vem sendo observada desde dezembro e pressiona os leitos hospitalares destinados aos pacientes com a doen�a na cidade.

Segundo o boletim da Secretaria Municipal de Sa�de da capital de quarta-feira, a ocupa��o dos leitos de CTI para COVID-19 estava em 86,1%. Nessa quinta-feira (7) houve uma pequena queda, com a ocupa��o nas redes p�blica e privada chegando a 85,1%, mas a situa��o permanece cr�tica (acima de 70%).

Ainda no boletim de quinta-feira, a Secretaria informa que Belo Horizonte j� soma 66.916 casos da doen�a desde mar�o do ano passado. Desse total, 1.923 pessoas morreram. No ano passado, especialistas tamb�m alertavam para um poss�vel salto de casos em fun��o da quebra do isolamento social durante as comemora��es do Natal e do r�veillon.

No dia 6, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou o fechamento de diversos servi�os n�o essenciais. Em um v�deo publicado em suas redes sociais, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) que o munic�pio chegou ao limite da COVID-19. “N�s avisamos, n�s tentamos avisar”, enfatizou. 

Com o decreto n�mero 17.523, publicado no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM) desta sexta-feira, o com�rcio da capital volta � fase mais restritiva, como no in�cio do ano passado, quando apenas estabelecimentos com servi�os essenciais, como supermercados, padarias e farm�cias, podem funcionar. 

As restri��es come�am na segunda-feira, 11 de janeiro, e seguem por tempo indeterminado. Entre as atividades de lazer suspensas est�o cinemas, teatros, feiras, clubes de servi�o e lazer, parques de divers�o e parques tem�ticos, al�m de circos, casas de shows e espet�culos de qualquer natureza. Bares, restaurantes e lanchonetes n�o podem atender para consumo interno. 

As restri��es do novo decreto n�o contemplam pra�as, parques p�blicos, o zool�gico e alguns museus da cidade. Desde o segundo semestre do ano passado, as atividades nos locais seguem liberadas, mas para frequent�-los � preciso tomar uma s�rie de cuidados. Veja a seguir:

Nove parques de Belo Horizonte est�o autorizados a receber visitantes, mas mediante agendamento pela internet. O funcionamento � apenas de quinta-feira a domingo, das 8h �s 17h. Cada unidade tem um limite m�ximo de pessoas que podem entrar por dia. No caso do Parque Municipal Am�rico Renn� Giannetti, no Centro de Belo Horizonte, os brinquedos, quadras e aparelhos de gin�stica est�o interditados. Eventos s�o proibidos. O Jardim Zool�gico e Jardim Bot�nico de Belo Horizonte tamb�m tem agendamento, mas s� abre aos s�bados e domingos. 

A lista completa das determina��es que devem ser obedecidas para visita��o est� dispon�vel na p�gina de agendamento de cada local. No entanto, as medidas individuais s�o as mesmas: uso de m�scara que cubra o nariz e a boca durante toda a perman�ncia no parque, lavar as m�os com frequ�ncia e/ou higienizar com �lcool em gel 70%, manter dist�ncia m�nima de 2 metros entre as pessoas. A prefeitura tamb�m recomenda que as pessoas levem o pr�prio lanche e garrafa d’�gua para hidrata��o, e que deem prefer�ncia aos parques perto de casa. 

As pra�as p�blicas de Belo Horizonte come�aram a ser reabertas em agosto. N�o h� restri��o de hor�rio e as pessoas devem seguir as mesmas orienta��es dos parques, como usar m�scara (at� durante as atividades f�sicas), higienizar as m�os, manter a dist�ncia de seguran�a, entre outras. � preciso evitar aglomera��es nos locais.

At� o momento desta publica��o, museus particulares tamb�m estavam autorizados a funcionar seguindo protocolos sanit�rios contra a COVID-19, mas alguns espa�os j� haviam optado por fechar as portas, como o Museu dos Brinquedos, no Bairro Funcion�rios, Regi�o Centro-Sul de BH, que suspendeu as atividades ontem. 



No entanto, por meio de sua assessoria de imprensa, a PBH informou � reportagem que museus instalados em Belo Horizonte tamb�m v�o fechar a partir de segunda-feira. 

Cinco dos sete espa�os administrados pela Prefeitura de Belo Horizonte at� ent�o estavam abertos e recebendo visitantes por agendamento, com limite de cinco ingressos por pessoa. Este ser� o �ltimo fim de semana com os locais funcionando. As visitas devem ser marcadas pelo site da prefeitura. At� o in�cio da manh� desta sexta, a p�gina de agendamentos estava dispon�vel.

Na manh� dessa quinta-feira, v�spera da publica��o do decreto, o Estado de Minas ouviu belo-horizontinos sobre a expectativa ap�s o an�ncio do fechamento. As pessoas tamb�m comentaram sobre as atividades que t�m realizado nesse per�odo de f�rias, principalmente com as crian�as. 

Pedalando acompanhada do marido pela orla da Lagoa da Pampulha na manh� dessa quinta-feira, a professora �ris Oliveira Sathler, de 43 anos, lamentou as novas restri��es na capital, mas disse que far� o que for necess�rio. “A quest�o do fechamento � uma tristeza, infelizmente, mas � preciso �s vezes. Para quem pratica esporte � como se fosse um ref�gio e a lagoa em si, nesse per�odo, tem sido o ref�gio de muitas pessoas, mas temos que respeitar tamb�m”, afirmou ao pensar sobre uma nova interdi��o da orla, o que n�o � previsto.

Moradora do Bairro Fern�o Dias, �ris conta que trocou a corrida pelas pedaladas durante a pandemia. Ela come�ou a praticar em casa, usando um rolo de treino que fixa a bike no ch�o durante a pr�tica, e come�ou a ir para as ruas quando houve a flexibiliza��o. A professora acredita que o fechamento vai prejudicar os comerciantes, mas que esse � um momento para o cuidado com as pessoas. “Estamos em ora��o, pedindo a Deus mesmo para trazer essa vacina logo, para que as coisas possam se normalizar para todo mundo. � hora de a gente se colocar no lugar do outro, de cuidar, ajudar, porque � um per�odo delicado”, afirma. 

Acompanhada dos filhos Davi, de 3 anos, e Mateus, de 8, a professora Ellen Carolina Silva de Jesus, de 40 anos, tamb�m pedalava ao redor da lagoa da Pampulha. Desde que voltaram de Bras�lia (DF), essa tem sido a rotina deles para se exercitar e respirar ar puro, agora que se mudaram para um apartamento no Bairro Cai�ara. “Eles est�o sentindo muita diferen�a, porque estavam na escola, morando em casa. O apartamento que temos n�o tem �rea e � muito desgastante, temos televis�o e celular. A� andamos de bicicleta todo dia de manh� para que eles saiam de casa. O dia fica mais leve”, comenta. Ela diz que leva �lcool em gel e m�scaras para as crian�as durante as sa�das. Para Ellen, o fechamento pode n�o ser a melhor solu��o. “Eu acho que essa situa��o � um novo momento e temos que aprender a lidar com isso, criar regras para que funcione, e n�o isolar as pessoas. A pessoa n�o adoece de sa�de (f�sica) mesmo, mas de sa�de mental tamb�m. A gente precisa do sol, de respirar, sair de casa para ficar bem”, avalia. 

“Quando fecha tudo � ruim para todo mundo, mas pelo v�deo divulgado ontem (quarta) n�o v�o fechar parques e pra�as, como no ano passado, ent�o ainda vamos ter alguma op��o para nos distrair. Agora � a popula��o colaborar, cada um fazendo sua parte. Todo mundo ficar um pouco quieto dentro de casa, usar m�scara e �lcool”, comentou o servidor p�blico Leonardo Camargo Souza, de 41 anos. Ele mora no Bairro Silveira, Regi�o Nordeste de BH. De f�rias, ele passeava com a filha Helena, de 2 anos. Nos momentos de lazer, a fam�lia, que ainda s� sai de casa para atividades essenciais, como ir ao mercado ou trabalhar, d� prefer�ncia aos espa�os abertos. “Cada um deve fazer sua parte para que todo mundo saia dessa situa��o junto e o mais r�pido poss�vel”, enfatiza Leonardo.