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Estado de Minas ESTIMATIVA

COVID-19: saiba quem pode estar na linha de frente para a vacina em Minas

Ainda sem a divulga��o de um n�mero oficial, o Estado de Minas fez uma estimativa da popula��o mineira que ter� prioridade para receber a 1� dose da vacina


15/01/2021 08:43 - atualizado 15/01/2021 12:49

Seringas agulhadas já vêm sendo distribuídas para as regionais de saúde de Minas Gerais(foto: Fábio Marchetto/Divulgação)
Seringas agulhadas j� v�m sendo distribu�das para as regionais de sa�de de Minas Gerais (foto: F�bio Marchetto/Divulga��o)


� grande a expectativa para o in�cio da vacina��o contra a COVID-19 no pa�s. O Minist�rio da Sa�de j� divulgou que as vacinas CoronaVac e AstraZeneca ser�o distribu�das proporcionalmente ao tamanho dos estados. Minas Gerais abriga mais de 21 milh�es de pessoas. A quantidade de vacinados prioritariamente, no entanto, ainda n�o foi divulgada pelo governo do estado. 

Enquanto isso, o Estado de Minas fez um levantamento para estimar quantos mineiros est�o nos grupos a serem os primeiros imunizados no estado. A grosso modo, pode-se afirmar que o governo do estado precisar� de, ao menos, 4,2 milh�es de doses para vacinar essa popula��o priorit�ria uma �nica vez, lembrando que s�o necess�rias duas doses para uma imuniza��o segura.

O n�mero, por�m, deve ultrapassar ou mesmo ser menor que essa soma. O Estado de Minas se baseou apenas em dados repassados � reportagem pelas secretarias do governo de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte, corpora��es e institui��es de seguran�a, al�m de entidades sindicais e outros �rg�os representativos. 

Assim, tamb�m � preciso levar em conta que um cidad�o pode fazer parte de diferentes grupos priorit�rios dentro do universo contemplado pelo Plano Nacional de Imuniza��o (PNI), por exemplo, um trabalhador da sa�de que tenha comorbidades, ou um professor com idade igual ou superior a 60 anos.

Al�m disso, foi feita uma amostragem entre os grupos listados pelo Minist�rio da Sa�de, n�o contemplando a totalidade das 14 categorias listadas. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gest�o (Seplag) para solicitar o n�mero de servidores p�blicos ligados ao estado, entre eles os da sa�de, mas at� o momento da publica��o n�o obteve resposta. O EM tamb�m tentou fazer o levantamento da popula��o quilombola em Minas, sem sucesso. Segundo o governo de Minas, em 2019, o estado contava com quase 400 comunidades reconhecidas oficialmente

O Minist�rio da Sa�de aguarda a divulga��o, por parte da Anvisa, das respostas aos pedidos de uso emergencial das vacinas do Butantan e da Fiocruz – o que deve acontecer no pr�ximo domingo, dia 17. Desta forma, caso uma ou as duas vacinas sejam liberadas pela Ag�ncia, a pasta j� planeja um evento no in�cio da semana que vem, em Bras�lia, para divulgar a data de in�cio da vacina��o no Brasil.

De acordo com o PNI, do Minist�rio da Sa�de, foram elencadas as seguintes popula��es como grupos priorit�rios para vacina��o: trabalhadores da �rea da sa�de (incluindo profissionais da sa�de, profissionais de apoio, cuidadores de idosos, entre outros), pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, popula��o idosa institucionalizada, ind�genas aldeados em terras demarcadas, comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas, popula��o em situa��o de rua, pessoas com comorbidades, trabalhadores da educa��o, pessoas com defici�ncia permanente severa, membros das for�as de seguran�a e salvamento, funcion�rios do sistema prisional, popula��o privada de liberdade, trabalhadores do transporte coletivo e transportadores rodovi�rios de carga.

No plano divulgado em 16 de dezembro do ano passado, o Minist�rio da Sa�de definiu tr�s fases da campanha de vacina��o, considerando doses do imunizante da AstraZeneca, produzidas no Brasil pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Na primeira fase, ser�o vacinados trabalhadores da sa�de, pessoas com 75 anos ou mais, pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas, popula��o ind�gena em aldeias e terras demarcadas, e povos e comunidades tradicionais ribeirinhas. Na segunda, a vacina ser� para pessoas de 60 a 74 anos e, na terceira, pessoas com morbidades que v�o de diabetes a obesidade grave, c�ncer, entre outras. Para esse esquema completo, o plano estima 104,2 milh�es de doses. As etapas para imunizar o restante dos grupos priorit�rios que n�o integram essas tr�s primeiras fases ainda ser� definido. 

Os n�meros de Minas



Os dados da popula��o ind�gena ainda s�o do Censo de 2010: 31,6 mil pessoas. Quanto �s for�as de seguran�a, apenas o efetivo da Pol�cia Militar (PM) j� soma 38 mil agentes. Atualmente, o n�mero de detentos sob cust�dia do Departamento Penitenci�rio de Minas Gerais (Depen-MG) � de cerca de 60 mil supervisionados por cerca de 18 mil agentes penitenci�rios.

Os trabalhadores da educa��o, priorit�rios que visam o retorno seguro das aulas presenciais, representam grande n�mero em Minas. A rede estadual tem atualmente cerca de 136 mil professores. Os professores da rede est�o atuando em regime de teletrabalho no regime de estudo n�o-presencial, sem previs�o de retorno. Nas institui��es de ensino federais que atuam no estado, s�o 17.676 professores ativos.

Na �rea da sa�de, o n�mero de m�dicos atuando em Minas Gerais � de 56 mil. A Empresa Brasileira de Servi�os Hospitalares (Ebserh) realiza a gest�o de quatro hospitais universit�rios que t�m um total de funcion�rios em 7.839. A estatal conta com uma Instru��o Normativa que concedeu trabalho remoto para todos os grupos de risco dos hospitais da Rede, seguindo as recomenda��es do Minist�rio da Sa�de. Al�m disso, a Ebserh realizou um Processo Seletivo Emergencial para contratar temporariamente profissionais para o combate � COVID-19.

A Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) aguarda defini��o do Minist�rio da Sa�de para bater o martelo com a campanha de imuniza��o contra o novo coronav�rus. “A Secretaria refor�a que o estado est� empenhado para que todos os mineiros tenham acesso a todos os servi�os que integram a rede de sa�de, entre eles a vacina��o contra a COVID-19”, informou a pasta. 

Com rela��o aos crit�rios adotados para incluir as comorbidades, a SES-MG explica que o risco de complica��es pela COVID-19 n�o � uniforme na popula��o. Esse risco est� relacionado a caracter�sticas sociodemogr�ficas, presen�a de morbidades, entre outros. De acordo com o  Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina��o contra a COVID-19, as  morbidades  inclu�das s�o diabetes mellitus, hipertens�o arterial grave (dif�cil controle ou com les�o de �rg�o alvo), doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica, doen�a renal, doen�as cardiovasculares e cerebrovasculares, indiv�duos transplantados de �rg�o s�lido, anemia falciforme, c�ncer e obesidade grau III.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


Expectativa na capital mineira


Em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Sa�de tamb�m afirma que se mant�m na expectativa de o plano federal atender a toda a popula��o o mais r�pido poss�vel. Ou seja, a estimativa � que a imuniza��o na capital siga o cronograma nacional. A prefeitura j� conta com um plano de vacina��o – que � o mesmo para os outros imunizantes – e com os insumos para uso em campanha, caso seja necess�rio.



PBH tamb�m se antecipou e firmou acordo com o governo de S�o Paulo, para aquisi��o de vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, do laborat�rio Sinovac/Biotech. O acordo prev�, em princ�pio, doses de vacina para a imuniza��o de todos os profissionais de sa�de que atuam na capital, nas redes p�blica e privada. A CoronaVac provou efic�cia global de 50,38%, O resultado engloba todos os grupos analisados nos testes cl�nicos, e o percentual est� acima do m�nimo exigido pela Anvisa (50%). Al�m disso, os 50,38% atendem aos padr�es da Organiza��o Mundial de Sa�de.

Para o infectologista Una� Tupinamb�s, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os dados s�o satisfat�rios. “Nenhum efeito colateral grave, pouqu�ssima rea��o al�rgica, protegeu das formas leves e moderadas da COVID-19 e ainda h� uma tend�ncia de prote��o contra morte em 100% das vezes. Essa vacina tira a press�o do sistema de sa�de e pode p�r fim � pandemia. At� o final deste semestre podemos p�r fim a essa crise sanit�ria e humanit�ria”, projeta o especialista.

Segundo Tupinamb�s, o pr�ximo passo � ter um cronograma de vacina��o. “Temos agora que cobrar do Minist�rio da Sa�de um programa robusto e s�rio de programa��o de vacina��o, indicando uma data que vai come�ar a vacinar a popula��o. Quanto antes n�s come�armos a vacinar, melhor vamos atravessar nosso outono que come�a no final de mar�o”, afirma.

 

Troca de experi�ncias


O gestor estadual na administra��o da crise da gripe H1N1, em 2009, Ant�nio Jorge de Souza Marques, observa as poss�veis diferen�as que Minas pode enfrentar com a campanha de vacina��o nessa nova pandemia. “A transmissibilidade e a letalidade era bem mais baixa na pandemia da H1N1. Em termos de comportamento social � parecido, mas nosso enfrentamento na �poca acabou sendo mais f�cil do que agora, tanto � que a COVID-19 precisou de medidas de afastamento social”, analisa o m�dico.
 
Quando a pandemia de H1N1 chegou ao Brasil, em 2009, Ant�nio Jorge era secret�rio adjunto de Sa�de. A vacina��o come�ou em 2010, quando assumiu a chefia da pasta. Em 2015, foi eleito deputado estadual — deixou o posto em janeiro de 2019. No in�cio do surto de COVID-19, quando Luiz Henrique Mandetta era ministro da Sa�de, o ex-parlamentar se tornou a refer�ncia do governo federal para monitorar o andamento da doen�a em Minas Gerais. O Planalto escolheu especialistas, baseados nos estados, para ajudar nos trabalhos. A experi�ncia de Ant�nio Jorge aponta que as diferen�as pol�ticas confundem e atrapalham o cumprimento das medidas de imuniza��o no pa�s.

“No Brasil tem uma diferen�a dos outros pa�ses que � o Plano Nacional de Imuniza��o (PNI), uma das nossas fortalezas e muito respeitado mundo afora. Ningu�m na �poca tinha crise de caminhos a seguir. Ningu�m tinha essa perspectiva de Estados, Munic�pios ou iniciativas privadas comprarem vacinas. Muito rapidamente o Minist�rio da Sa�de centralizou as a��es. Foi uma situa��o assustadora, mas n�o como agora”, relembra o ex-secret�rio.

Otimista, o m�dico acredita que a libera��o da Anvisa � o suficiente para come�ar a vacina��o em massa. “A vacina est� chegando no limite do nosso esfor�o. Vencida a etapa de valida��o dos imunizantes, passa a ser uma quest�o de produ��o. O estado est� preparado e sem d�vidas vai vacinar todo mundo. O governo estadual tem anunciado que tem as seringas. Minas Gerais tem tradi��o de rede muito fortalecida de boas coberturas vacinais. Quem faz a coisa acontecer s�o os munic�pios, que tamb�m j� sabem muito bem como lidar com as campanhas”, diz Ant�nio Jorge.

O m�dico sanitarista defende o calend�rio de vacina��o com os grupos priorit�rios e faz recomenda��es para um bom plano imunizante. “Primeiro, o governo deve ser o mais �gil poss�vel para fazer uma distribui��o equ�nime e r�pida da vacina. Os munic�pios sabem o que fazer, precisam de reg�ncia. Segundo, � ter prioridade. Primeiro vacina quem nos protege (profissionais de sa�de) e depois os grupos de risco. A partir da�, tudo j� est� previsto como nas outras campanhas”, conclui.

O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 



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