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Estado de Minas ROMPIMENTO DE BARRAGEM

Cerim�nia lembra 2 anos da trag�dia de Brumadinho e fam�lias cobram justi�a

Familiares, parentes e amigos das chamadas "joias" se emocionaram com a data marcante no letreiro da cidade


25/01/2021 12:10 - atualizado 25/01/2021 18:43

Letreiro na entrada de Brumadinho foi decorado com fotos e homenagens aos mortos no desastre(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Letreiro na entrada de Brumadinho foi decorado com fotos e homenagens aos mortos no desastre (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)


"D�i demais o jeito que voc�s foram embora". Esse dizer emblem�tico, utilizado pelas fam�lias de v�timas da trag�dia em Brumadinho, subiu aos c�us em 272 bal�es brancos por volta das 12h desta segunda-feira (24/1) - data em que completa dois anos do rompimento da barragem B1 da Mina C�rrego do Feij�o.

Outros 732 bal�es pretos, que representam a quantidade de dias do crime da Vale, tamb�m foram ao ar com fuma�as coloridas. Familiares, parentes e amigos das chamadas "joias" se emocionaram com a data marcante no letreiro da cidade.
 
O clima foi de tristeza, saudade e revolta. Em certo momento foi feita a "chamada" com os nomes de diretores e funcion�rios da Vale e Tuv Sud que respondem pelo processo criminal. A cada nome, os presentes gritavam "assassino(a)". Ao fim, muitos ecoaram "Vale assassina".
 
Outra chamada emocionante foi a leitura dos 272 nomes das v�timas que morreram na trag�dia.  A cada pessoa, o p�blico lembrou da saudade: "ausente", diziam com os olhos marejados.
 
 
 
�s 12h28, momento do rompimento da barragem de rejeitos de min�rios, os m�sicos do Corpo de Bombeiros marcaram presen�a e fizeram o "o toque do sil�ncio". Logo depois, os familiares aplaudiram por um minuto em homenagem �s joias. 
 
Logo ap�s a homenagem, familiares devem fazer a "Carreata por Justi�a", que partiu do letreiro da cidade, onde aconteceu o ato de clamor �s autoridades pela celeridade das buscas dos n�o encontrados.

Durante todo o dia foram programadas uma s�rie de atos, homenagens e celebra��es religiosas para lembrar os dois anos da grande cat�strofe socioambiental e humanit�ria. Em todas as a��es, os organizadores pedem o cumprimento de medidas de distanciamento social e uso de m�scara.
�s 16h, na Base Bravo do Corpo de Bombeiros, no em C�rrego do Feij�o, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), participa de outro momento de homenagem �s v�timas.

As fachadas do com�rcio e das casas de Brumadinho espelham o sentimento de luto coletivo, com a exposi��o de panos pretos em mem�ria a todos aqueles que morreram em decorr�ncia do crime e tamb�m em respeito ao luto de familiares, amigos e sobreviventes.

Na noite de ontem, os parentes das v�timas e atingidos, com apoio da popula��o, partiram em carreata at� o Cemit�rio Parque das Rosas, em Brumadinho, local onde est� sepultada a maioria dos mortos na trag�dia.

Segundo a professora Nat�lia de Oliveira, integrante da Associa��o de Familiares de Atingidos da Barragem Mina C�rrego do Feij�o (Avabrum), os dois anos s�o marcados como uma data para exigir da Vale e do governo do de Minas o isolamento permanente da �rea onde ficava o Centro Administrativo da mineradora.
 
Ela � irm� de Lecilda de Oliveira, analista de opera��o da Vale, que estava no pr�dio da empresa que foi engolido pelo mar de rejeitos de min�rio.

“Eu sei que n�o encontrarei o corpo da minha irm� e das outras 10 pessoas. Mas � dever da empresa e do Estado manter o local isolado para que sejam encontrados os chamados ‘fragmentos’ que ainda est�o perdidos na �rea de buscas”.

Julia Silva de Jesus, mãe de Walace Junior Candido da Silva - vítima do rompimento (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Julia Silva de Jesus, m�e de �Walace Junior Candido da Silva - v�tima do rompimento (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)


A falta que Walace Junior Candido da Silva faz para a m�e, Julia Silva de Jesus, n�o tem tamanho. Nesta segunda-feira, a dor virou choro e contou com o consolo de um bombeiro, sargento Allan Azevedo.

"Meu filho tinha acabado de completar 25 anos. Atualmente n�o fa�o nada, nem tenho for�as. Vivo de muita dor, muita saudade, mas a gente aceita porque n�o tem outro jeito", desabafa Julia.

Manifesta��o em BH


Em Belo Horizonte, por volta das 10h, familiares das v�timas se reuniram em frente � do Tribunal de Justi�a, na Avenida Afonso Pena, 4.000, para cobrar maior rigor e rapidez no processo criminal.


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