Apresentando e comparando n�meros de agosto do ano passado, quando houve a primeira reabertura, e deste segundo per�odo de fechamento, o presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva acredita que o com�rcio pode voltar a funcionar.
“Os n�meros comprovam que as atividades consideradas n�o essenciais podem ser reabertas. Ali�s, n�o precisavam ter sido fechadas novamente agora no m�s de janeiro. N�s retrocedemos ao mesmo n�vel que foi adotado pela Prefeitura em mar�o passado.”
Ele enfatizou que “Belo Horizonte � a primeira grande cidade a fechar e a �ltima a abrir. Temos, inclusive, alguns setores da economia que n�o voltaram a ter seu trabalho licenciado. � economia da capital foi imposta a maior quarentena do mundo e queremos lembrar que quando houve o primeiro fechamento, h� 10 meses, o objetivo era reestruturar o setor da sa�de para o que viria a acontecer”, disse.
Segundo ele, as raz�es alegadas agora foram a ocupa��o dos leitos de UTI e de enfermaria, que no in�cio do m�s estavam em 83,5% e 67,3%, respectivamente. “Os �ndices estavam assim porque a prefeitura fechou 175 leitos de UTI e 276 leitos de enfermaria na Rede SUS, a partir do m�s de setembro. Esses leitos foram destinados para outros tratamentos e n�o houve reativa��o desses leitos, mesmo a Prefeitura sabendo desde o in�cio de novembro que os n�meros estavam subindo e tinha proje��o que iam aumentar.”
Comparando n�meros
O presidente explica que em 6 de agosto de 2020, quando o com�rcio foi reaberto, os n�meros de leitos do SUS eram 424 contra 249 em 5 de janeiro. J� os de enfermaria eram 1.115 contra 839. “Estamos batendo na tecla da necessidade de termos os leitos abertos. N�o � simplesmente para a volta do com�rcio, � para garantir para toda a popula��o que tenhamos um n�mero suficiente de leitos para o atendimento caso seja necess�rio”, ressaltou.
“Em 6 de agosto n�s t�nhamos mais pessoas internadas e conseguimos reabrir o com�rcio com todos os protocolos exigidos. O n�mero de pessoas internadas atualmente � menor que na data de reabertura em agosto. Caso n�o houvesse o fechamento desses leitos e considerando os leitos dispon�veis em agosto, o �ndice de ocupa��o dos leitos destinados ao tratamento da COVID seriam inferiores a data da reabertura e estariam no n�vel amarelo.”
De acordo com ele, a atitude de fechar o com�rcio era para reduzir a circula��o das pessoas na cidade. “A pr�pria Prefeitura j� declarou diversas vezes que o com�rcio n�o � um grande foco de transmiss�o do v�rus e n�o � respons�vel pelo surto de contamina��o. Temos certeza que � o comportamento das pessoas. Por isso, precisamos trabalhar muito forte essa quest�o. A raz�o alegada � que o fechamento do com�rcio reduziria a mobilidade social na cidade, ou seja, o n�mero de pessoas circulando nas vias p�blicas seria melhor”.
No entanto, Souza e Silva alega, “os pr�prios dados da Prefeitura mostram que o fechamento do com�rcio n�o reduziu a mobilidade das pessoas. Quando o com�rcio estava funcionando tivemos �ndices de isolamento maiores do que agora com o fechamento (46,03% contra 45%). Em 15 de dezembro, em pleno per�odo de compras natalinas, os �ndices de isolamento foram de 45,5%, �ndice n�o alcan�ado em dias �teis desde 11 de janeiro”.
No entanto, Souza e Silva alega, “os pr�prios dados da Prefeitura mostram que o fechamento do com�rcio n�o reduziu a mobilidade das pessoas. Quando o com�rcio estava funcionando tivemos �ndices de isolamento maiores do que agora com o fechamento (46,03% contra 45%). Em 15 de dezembro, em pleno per�odo de compras natalinas, os �ndices de isolamento foram de 45,5%, �ndice n�o alcan�ado em dias �teis desde 11 de janeiro”.
Segundo ele, tamb�m, mesmo com o fechamento do com�rcio n�o houve altera��o no tr�nsito da cidade. A popula��o continuou consumindo, mas nas cidades do entorno que se mant�m com restri��es mais brandas. Outro ponto � o transporte coletivo, j� que a Prefeitura autorizou a diminui��o do n�mero de �nibus em circula��o. "� vis�vel que os �nibus est�o andando com mais pessoas que est�o se aglomerando no transporte coletivo.”
Di�logo e alternativas para a volta das atividades
As entidades do setor esperam que a decis�o de fechamento do com�rcio seja revertida de maneira imediata, mesmo que de forma mais restrita e com funcionamento diferenciado. “Estamos prontos para conversar, buscar essas solu��es o mais r�pido poss�vel. Queremos tamb�m a amplia��o do n�mero de leitos destinados ao tratamento da COVID.”
Os membros do setor prop�em que a abertura do com�rcio seja feita de maneira mais cautelosa, refor�ando os protocolos, com limites mais restritos de ocupa��o e que fosse permitido o atendimento dos clientes na �rea externa das lojas, com seguran�a para os clientes. Elas querem, ainda, refor�ar as campanhas de conscientiza��o e apoio para a popula��o em geral. Solicitam tamb�m o fortalecimento da fiscaliza��o orientativa e punitiva e a cria��o de um canal direto de informa��es e den�ncias, com a verifica��o efetiva.
As entidades esperam uma interlocu��o maior com o governo estadual e federal para que haja amplia��o dos leitos de UTI dispon�veis na capital. “Estamos preocupados primeiro com a vida das pessoas e que quem precisar tenha um tratamento adequado, mas tamb�m que as atividades n�o essenciais voltem a funcionar”, disse o presidente da CDL/BH.
Elas tamb�m esperam o aumento da oferta de transporte p�blico, al�m da elabora��o, de forma conjunta, de um plano emergencial de recupera��o do com�rcio da cidade. "Esperamos di�logo, com tentativas, fazendo sugest�es. Precisamos que a Prefeitura fortale�a o di�logo com as cidades vizinhas. Ter um di�logo permanente com outros setores do poder p�blico � muito importante. Fazer com que a vacina��o seja feita conforme o planejamento nacional e di�logo com a sociedade civil organizada”, finalizou.
Membros de outras entidades ligadas ao com�rcio da capital tamb�m cobraram da Prefeitura de Belo Horizonte um planejamento para a volta das atividades n�o essenciais.
*Estagi�ria sob supervis�o da editora-asistente Vera Schmitz