'Emo��o muito forte', diz homem que encontrou beb� abandonada

“Senti uma emo��o muito forte, uma coisa inexplic�vel. Foi como se fosse o nascimento de uma filha minha.” Assim o t�cnico em manuten��o de telecomunica��es Darci Pereira, de Salinas (Norte de Minas), define a sensa��o que teve na manh� desta quarta-feira (27/01), quando seguia para o trabalho e encontrou um beb�, do sexo feminino, abandonado na cal�ada de uma rua da cidade.
 

A menina, que tem entre 10 e 15 dias de vida, foi levada para um hospital, onde passou por avalia��o m�dica, sendo constatada sua boa condi��o de sa�de. O Conselho Tutelar encaminhou a rec�m-nascida para um abrigo (“casa de passagem”) de Salinas. O Minist�rio P�blico Estadual (MPMG) tamb�m foi acionado.

Ainda n�o sabe quem abandonou a crian�a, que foi deixada numa cal�ada em frente um material de constru��o, perto do centro comercial de Salinas, conhecida como “Capital da Cacha�a”. A menina estava bem agasalhada com uma manta cor-de-rosa.
 

A �nica pista sobre quem teria abandonado o beb� � o v�deo com a imagem de um carro preto (seria um Ford Ecoesport), que parou no local por volta das 3h30 desta quarta-feira. De acordo com o tenente Roger Mendes, da PM de Salinas, na filmagem (de um sistema de seguran�a de um morador), aparece uma pessoa descendo do ve�culo, cujas luzes foram apagadas.

Como estava escuro, por�m, n�o h� registro da pessoa deixando a crian�a no local. A placa do carro tamb�m n�o foi registrada. 

O t�cnico em manuten��o Darci Pereira encontrou a menina na cal�ada por volta das 6h. Ele estava em companhia da mulher, Ma�sa Pereira, e da filha, Laila Itapu� Pereira, de 12, que ficou muito emocionada ao apanhar o beb� no colo.

“Fiquei muito impressionado como a menina ali no ch�o, com c�es e animais pe�onhentos por perto e estava muito bem”, comentou Darci. “Isso foi coisa de Deus. Essa crian�a vai ficar presente no resto de nossas vidas”, afirmou o t�cnico.

Darci manifestou o desejo de adotar a beb�. “Mas disseram que a gente n�o pode nem ir � Casa de Passagem para ver a crian�a. � muita burocracia”, reclamou. Ele disse ainda que foi at� o f�rum da cidade, para tentar a guarda provis�ria da menina enquanto a pol�cia investiga o abandono e tenta descobrir quem � a m�e da crian�a.