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Estado de Minas ESPERAN�A RENOVADA

Idosos que tomaram vacina da COVID-19 relatam experi�ncia: 'N�o tive medo'

Grupo de risco que come�ou a receber primeira dose da vacina em Minas manifesta al�vio e aguarda novo carimbo no cart�o de vacina��o


31/01/2021 04:00 - atualizado 31/01/2021 10:55

Equipe do asilo Santa Luísa de Marillac e enfermeiras da Secretaria Municipal de Saúde com Sebastiana Maria de Souza, imunizada contra o novo coronavírus (foto: Gabriel Igor de Oliveira/ILPI Santa Luísa de Marillac, Itatiaiuçu/Divulgação)
Equipe do asilo Santa Lu�sa de Marillac e enfermeiras da Secretaria Municipal de Sa�de com Sebastiana Maria de Souza, imunizada contra o novo coronav�rus (foto: Gabriel Igor de Oliveira/ILPI Santa Lu�sa de Marillac, Itatiaiu�u/Divulga��o)
Eles j� estenderam um bra�o na dire��o da vida, agora aguardam a segunda dose para se sentir mais tranquilos. E poder abra�ar o mundo – mas ainda de m�scara, mantendo o distanciamento e fazendo do �lcool em gel um companheiro insepar�vel.

A vacina��o contra a COVID-19 no Brasil, que come�ou em 17 de janeiro com a enfermeira M�nica Calazans, de 54 anos, representou o marco da esperan�a para brasileiros que est�o na fila para vacinar e j� come�am a receber a primeira dose, conforme o Plano Nacional de Imuniza��o.

Em Minas, cerca de 8,7 mil idosos institucionalizados, ou seja, aqueles acolhidos em institui��o de longa perman�ncia, fazem parte do primeiro grupo imunizado contra a COVID-19 e se mostram na maior expectativa para acrescentar mais uma data, sem d�vida hist�rica, no cart�o de vacina��o.

"Vamos tomar a segunda dose, se Deus quiser. Viva a sa�de!”, diz, com alegria, Sebastiana Maria de Souza, de 68, acolhida na Institui��o de Longa Perman�ncia para Idosos (ILPI) Santa Lu�sa de Marillac, em Itatiaiu�u, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Na institui��o filantr�pica, administrada pelas Obras Sociais da Par�quia de S�o Sebasti�o de Itatiaiu�u em parceria com a prefeitura local, foram imunizadas 17 pessoas institucionalizadas entre 68 e 99 anos.

J� em Coronel Fabriciano, na Regi�o Leste do estado, o aposentado Sandoval Soares Falc�o, de 65, diab�tico, teve direito � imuniza��o tamb�m por ser cadastrado no Programa de Sa�de da Fam�lia. Sem perder o bom humor, ele avisa: "O mais importante, nessa vacina, � que temos uma excelente oportunidade de espantar essa COVID-19 para bem longe... n�o sei para onde, mas, com certeza, n�o queremos ela por perto".

Esse clima de satisfa��o “p�s-vacina” � verificado na Asilo Casa dos Idosos de Curvelo (Regi�o Central do estado), que, ainda no come�o da pandemia, em maio de 2020, enfrentou um surto do coronav�rus, que contaminou 22 internos – e todos se recuperaram.

Em 20 de janeiro, foram vacinados 81 idosos e 39 funcion�rios da institui��o curvelana. “O clima entre os internos melhorou ap�s a vacina��o. Todos est�o muito esperan�osos da volta � rotina normal, para receber visitas e poder sair para os passeios”, afirma Anast�tia Cintia Amaral Nascimento, presidente da Casa dos Idosos de Curvelo.

“Depois que tomei a vacina, me senti mais satisfeita. Fiquei livre de tudo (de ruim)”, diz Maria Ant�nia Lopes Camargo, de 74, uma das idosas que receberam a primeira dose do imunizante na entidade de Curvelo. “Quando fui tomar a vacina – fiquei meio receoso, meio apreensivo. Mas ap�s a vacina��o me senti muito mais realizado, pois era um ato que estava todo mundo esperando”, confessa Frederico Lopes Fran�a, funcion�rio da entidade.

Sem dor, com otimismo de sobra 

(foto: Natália Fernanda de Sousa/ILPI Santa Luísa de Marillac/Itatiaiuçu)
(foto: Nat�lia Fernanda de Sousa/ILPI Santa Lu�sa de Marillac/Itatiaiu�u)

"Fiquei muito emocionada ao receber a primeira dose da vacina contra a COVID-19. Sabe que at� chorei? Mas n�o foi de dor, n�o, foi de felicidade mesmo. Trabalhei muito a vida inteira, sou forte, tenho sa�de, mas essa doen�a deixa todo mundo preocupado demais. Agora estou contente, tomei a inje��o, agrade�o a Deus! O jeito � esperar a segunda dose. Vivemos um momento muito dif�cil, precisamos ter calma. Eu j� gosto de conversar e rir muito... Nunca imaginei que viesse para o asilo, mas sou muito bem tratada aqui. N�o me casei, tenho quatro filhos que Deus ajudou a criar: dois moram em Ubatuba (SP), onde tamb�m j� morei, um aqui em Itatiaiu�u e outro, que morreu, vivia em Belo Horizonte. Quero viver muito, talvez chegue aos 100 anos. Com a vacina e a gra�a de Deus."

>> Iraci Pereira Souza, de 80 anos, acolhida na Institui��o de Longa Perman�ncia para Idosos Santa Lu�sa de Marillac, em Itatiaiu�u, na Grande BH


"Omais importante, nessa vacina, � que temos uma excelente oportunidade de espantar essa COVID-19 para bem longe... n�o sei para onde, mas, com certeza, n�o queremos ela por perto. Estou muito satisfeito por ter recebido a primeira dose do imunizante, sou diab�tico e cadastrado no Programa de Sa�de da Fam�lia aqui em Coronel Fabriciano, ent�o fui chamado. Tenho 65 anos, estou no chamado grupo de risco. Fico na expectativa da segunda dose para me proteger e tamb�m a minha esposa, Gislaine, meus tr�s filhos e o neto. Durante esses meses de pandemia, n�o tenho sa�do de casa. S� saio mesmo para fazer curativo, no hospital, de um problema no p� em decorr�ncia do diabetes... precisa cicatrizar. No mais, est� tudo bem, s� mesmo esperando a segunda dose da vacina."

>> Sandoval Soares Falc�o, de 65 anos, morador de Coronel Fabriciano, na Regi�o Leste de Minas

(foto: Arquivo pessoal)
(foto: Arquivo pessoal)

"Quando fui tomar a vacina – fiquei meio receoso, meio apreensivo – isso � normal de todo mundo sentir. Mas, ap�s a vacina��o, me senti muito mais realizado, pois era um ato que estava todo mundo esperando. A vacina foi algo muito esperado. Hoje, depois de alguns dias (de vacina), me sinto bem melhor. O que senti entre os idosos do asilo, ap�s a vacina��o, foi um clima muito bom, de muita anima��o, muita empolga��o e uma grande perspectiva de melhora. Eles est�o bem mais alegres e animados, com a possibilidade do retorno das visitas de seus familiares.”

>> Frederico Lopes Fran�a, funcion�rio do Asilo Casa dos Idosos, em Curvelo


(foto: Natália Fernanda de Sousa/ILPI Santa Luísa de Marillac/Itatiaiuçu )
(foto: Nat�lia Fernanda de Sousa/ILPI Santa Lu�sa de Marillac/Itatiaiu�u )

"Omundo passa por um sofrimento muito grande, as pessoas est�o tristes, tem muita gente em dificuldade, com pessoas doentes – isoladas em casa ou no leito de um hospital. Ent�o, o jeito � a gente se unir, mesmo a dist�ncia, contra essa doen�a. E o melhor caminho � tomando a vacina. Recebi a primeira dose. Estou bem satisfeito, n�o tive nada. Minha esposa, Ol�via, que tamb�m mora aqui no asilo, j� tomou a vacina. N�s dois estamos imunizados, e vai chegar a vez dos meus filhos, netos e demais familiares. Tenho o bra�o forte, trabalhei na lavoura grande parte da vida carregando a enxada no ombro e plantando muitos alimentos na terra. Sei que vamos vencer a COVID e acabar com esse mal. Trago alegria no cora��o e sa�de no corpo para viver ainda muitos anos."

>> Joaquim Ferreira Vilela, o Cote, de 91 anos, acolhido na Institui��o de Longa Perman�ncia para Idosos Santa Lu�sa de Marillac, em Itatiaiu�u, na Grande BH


(foto: Frederico Lopes/divulgação)
(foto: Frederico Lopes/divulga��o)

"Estou muito satisfeito por ter sido vacinado. Estou muito tranquilo. Com Deus na frente, vou vencer esta parada (a pandemia). Tomei a vacina e n�o senti nada. O Pai Eterno n�o (me) deixa sentir nada. Estou feliz e pegando com Deus para todo mundo ficar feliz tamb�m. Eu n�o esperava tomar a vacina nesta cidade. Mas, est� tudo bem e no m�s que entra (que vem) vou completar 93 anos, se Deus quiser.”

>> Osvaldo Francisco da Silva, de 92 anos, vive no Asilo Casa dos Idosos, em Curvelo


"Tomei a primeira dose da vacina e estamos muito felizes, aguardando a segunda dose. N�o tive medo nenhum de tomar a vacina e n�o senti nada. Acho que tudo nesta pandemia foi ruim. Mas, agora, com a vacina, a vida vai melhorar muito.”

>> Maria Ant�nia Gon�alves, de 74 anos, mora no Asilo Casa dos Idosos, em Curvelo


(foto: Frederico Lopes/divulgação)
(foto: Frederico Lopes/divulga��o)

"Moro aqui na Casa dos Idosos de Curvelo. Fui vacinada e estou passando bem. N�o tive medo de tomar a vacina. Depois que tomei a vacina, me senti mais satisfeita. Eu estava (fiquei) livre de tudo (de ruim). Estou muito feliz. Acho que, a partir de agora, as coisas v�o melhorar em dobro.”

>> Maria Ant�nia Lopes Camargo, de 78 anos, mora no Asilo Casa dos Idosos, em Curvelo


(foto: Twitter/reprodução)
(foto: Twitter/reprodu��o)

"Trabalho em duas unidades hospitalares, uma no Instituto de Infectologia Em�lio Ribas, na Zona Oeste de S�o Paulo, e no pronto atendimento do Hospital S�o Mateus, Zona Leste. Desde o in�cio da pandemia, atuo na linha de frente nos dois hospitais, tanto com pacientes que t�m suspeita da doen�a como os casos confirmados. Minha rotina est� estressante, tudo muito corrido porque s�o muitos casos. Fora do hospital, tenho minha rotina de cuidados tamb�m para proteger minha fam�lia. At� porque sou do grupo de risco por ser obesa e ter hipertens�o e diabetes. Al�m de morar com meu filho, que tem 30 anos e trabalha no setor de telefonia. Ser a primeira brasileira a tomar a vacina de COVID-19 foi uma emo��o muito grande e orgulho de fazer parte dessa hist�ria. Eu estava de plant�o no Em�lio Ribas e por volta de 12h30, a dire��o me ligou falando que eu seria a primeira vacinada. At� agora est� tudo tranquilo, no dia eu n�o senti nada e nem depois. Ent�o, n�o mudou nada em rela��o ao meu estado de sa�de, n�o tive nenhuma rea��o adversa. A minha expectativa agora � que a gente consiga alcan�ar o m�ximo de pessoas imunizadas para retomar nossa vida. A gente est� preso ao v�rus. Como pode se livrar? Com a imuniza��o, n�o tem outra sa�da.”

>> M�nica Calazans, de 54 anos, enfermeira, primeira brasileira vacinada na abertura da campanha nacional de imuniza��o


"Tenho ouvido falar muito sobre a pandemia. Fico preocupada n�o s� com minha vida, mas com a de todas as pessoas ao redor. Moro aqui no asilo, em Itatiaiu�u, estou protegida, mas a vacina nos dar� mais tranquilidade. Tomei a primeira dose e agora aguardo com ansiedade a segunda. Tenho muita f� em Deus e sei que a segunda dose vir�. N�o senti nada de ruim, passei muito bem depois da inje��o: s� tenho gratid�o a dizer e coisa boa no cora��o. E estou com meu cart�o de vacina em dia! Acho que o mais importante, neste momento, � evitar (a contamina��o). Sempre sigo os ensinamentos de Deus: Fa�a sua parte que eu te ajudarei. Ent�o, estou fazendo o que eu posso, que � ser vacinada. Pe�o a Deus que ajude todo mundo, tome conta de todos e que essa vacina, em nome de Jesus, venha nos curar."

>> Sebastiana Maria de Souza, de 68 anos, acolhida na Institui��o de Longa Perman�ncia para Idosos Santa Lu�sa de Marillac, em Itatiaiu�u, na Grande BH




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