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Estado de Minas TRADI��O

Serra da Piedade recebe celebra��o noturna que n�o era realizada h� anos

Uma prociss�o � luz de velas percorreu o alto da serra como parte da programa��o da Festa da Apresenta��o do Senhor, transmitida pela internet


03/02/2021 06:00 - atualizado 03/02/2021 07:03

Com número limitado de participantes, Dia de Nossa Senhora da Luz levou fiéis à procissão na Serra da Piedade (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
Com n�mero limitado de participantes, Dia de Nossa Senhora da Luz levou fi�is � prociss�o na Serra da Piedade (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
 
Uma prociss�o luminosa, com n�mero limitado de participantes e rigor nos protocolos sanit�rios devido � pandemia do novo coronav�rus, marcou na noite de ontem o Dia de Nossa Senhora da Luz, a Festa da Apresenta��o do Senhor e o 25° ano da comemora��o do Dia Mundial dos Consagrados (� vida religiosa). No alto da Serra da Piedade, em Caet�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), 25 pessoas rezaram tamb�m pelas v�timas da COVID-19. O cortejo sem andor, apenas com velas, ocorreu no interior e no entorno da ermida do s�culo 18, considerada a menor bas�lica do mundo, onde fica a imagem da padroeira de Minas, Nossa Senhora da Piedade. 

Pela manh�, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, que preside a Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse que a data se torna especial para acender "a luz da esperan�a". Ele enalteceu os profissionais da �rea de sa�de e os cientistas e condenou o negacionismo. "S�o profissionais corajosos, prof�ticos e solid�rios que atuam para preservar o bem maior: a vida. Aos governantes, suplicamos para que tenham conduta mais humanit�ria e menos pol�tico-partid�ria, pois a sociedade est� pagando um pre�o muito alto pela falta de lucidez e grande polariza��o neste momento de pandemia do novo coronav�rus." E mais: "A cada dia, o n�mero de pobres se multiplica, e o de miser�veis aumenta, sendo necess�rio o cora��o solid�rio para minimizar a dor".

�s 19h, com as luzes acesas do Santu�rio Bas�lica Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, o reitor padre Wagner Caleg�rio e o pr�-reitor, padre Felipe Carvalho de Mac�do, deram in�cio ao cortejo, e, em seguida,  � missa solene e � b�n��o das velas. "Estamos valorizando experi�ncias de mist�rio no meio da beleza, cultura,  arquitetura e paisagem, retomando tradi��es de forma bem diferente, pois n�o h� aglomera��es. As velas acesas simbolizam, neste momento, todos n�s aqui nos apresentando a Deus. N�s somos o templo", disse o reitor.

H� muitos anos n�o ocorriam prociss�es noturnas na Serra da Piedade. Segundo a Arquidiocese de BH, a prociss�o revive antiga tradi��o crist�, que atravessa gera��es – "as velas representam Cristo, luz dos povos".

Prote��o

 

Moradora de Sabar� (RMBH), a professora F�tima Natalina Bas�lio acompanhou o cortejo e pediu prote��o "para o mundo, contra a COVID-19", ao lado da filha Gleicielle Basilio. O motorista Maicon Lucio Vieira de Souza, de Caet�, disse que, finalmente, conseguiu agendar a visita. "Estou rezando por um amigo que perdeu a m�e hoje (ontem)".

A missa e a prociss�o seguiram os protocolos de seguran�a para evitar a dissemina��o da COVID-19. Por isso os fi�is tiveram de marcar previamente a participa��o. Para visitar o santu�rio, � preciso fazer agendamento pelo telefone (31) 3319-6111 ou por meio do site santuarionossasenhoradapiedade.arquidiocesebh.org.br.  

Passagem b�blica, a fonte de inspira��o


(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
A Festa da Apresenta��o do Senhor relembra a passagem b�blica em que Maria e Jos�, no cumprimento de um preceito hebraico, levaram o Menino Jesus ao templo. A tradi��o hebraica estabelecia que os pais deveriam levar seus primog�nitos ao templo para serem apresentados aos sacerdotes e consagrados a Deus. Ap�s a apresenta��o de Jesus, um senhor, de nome Sime�o, guiado pelo Esp�rito Santo, entrou no templo. Acolheu o Menino em seus bra�os chamando-lhe de luz para iluminar as na��es. Essa passagem b�blica inspira as prociss�es com as velas.

Segundo os padres, a prociss�o no Santu�rio Bas�lica da Padroeira de Minas Gerais, que guarda a imagem de Nossa Senhora da Piedade esculpida por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), "� vivida no contexto paisag�stico, hist�rico, cultural e natural da Serra da Piedade".

Com altitude de 1.740 metros, a Serra da Piedade tem hist�rias de f� e at� pol�tica. Foi no alto, por exemplo, que o ex-presidente Tancredo Neves (1910-1985) deu in�cio a um dos atos da campanha de redemocratiza��o do pa�s, em 1984. Em dias muito claros, � poss�vel vislumbrar a Serra do Cara�a, o espelho d’�gua de Lagoa Santa, toda a cidade de Caet�, com o pontilh�o ferrovi�rio, e outros munic�pios da RMBH. O ponto principal, sem d�vida, � a ermida que d� exatamente o clima de “pedacinho do c�u” de manh� bem cedo, quando nuvens baixas tomam conta do topo da serra.

A fama do lugar teria come�ado entre 1765 e 1767, conforme a tradi��o oral, com a apari��o de Nossa Senhora, com o Menino Jesus nos bra�os, a uma menina, muda de nascimento, cuja fam�lia vivia na comunidade de Penha, a seis quil�metros da serra. Nesse momento, a menina teria conquistado a fala. Mais tarde, em 1773, o templo seria constru�do pelo ermit�o portugu�s Ant�nio da Silva, o Bracarena.


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