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Estado de Minas Investiga��o

Presos 10 integrantes de quadrilha respons�vel por fraudes em todo o pa�s

Um dos integrantes seria o dono de uma empresa que passava as informa��es pessoais de v�timas para que os golpes pudessem ser aplicados


04/02/2021 16:35 - atualizado 04/02/2021 16:50

Investigadores deram detalhes da apuração que deteve quadrilha(foto: PCMG)
Investigadores deram detalhes da apura��o que deteve quadrilha (foto: PCMG)

Dez pessoas foram presas suspeitas de aplicar uma s�rie de golpes por cerca de quatro anos em Minas Gerais e outros estados. A organiza��o criminosa � especializada em fraudes banc�rias, e aumentou as a��es durante a pandemia por conta da circula��o de dados pela internet em fun��o do isolamento social. O crime foi desvendado durante as tr�s etapas da Opera��o Clone, realizada pela Pol�cia Civil do estado. Os resultados foram divulgados em entrevista coletiva na manh� desta quinta-feira. Segundo as investiga��es, o grupo vinha aplicando o golpe h� cerca de quatro anos e ostentavam uma vida de luxo, ostenta��o que podia ser vista nas redes sociais.

Na primeira fase das investiga��es, tr�s pessoas foram presas em Contagem, na Grande BH. Os homens tinham 22, 28 e 32 anos. Apenas um deles n�o tinha antecedentes criminais. Com o trio, os investigadores apreenderam notebooks, celulares, cart�es banc�rios em nome das v�timas, chips telef�nicos e uma impressora usada para falsifica��es. 

A partir dessas primeiras pris�es, os policiais conseguiram chegar a outros tr�s integrantes do grupo. Dois deles foram presos em Contagem, Regi�o Metropolitana, no dia 17 de setembro. O outro investigado tinha mandado de pris�o em aberto e estava foragido. Os trabalhos de busca culminaram na pris�o deste, no �ltimo dia 23, em S�o Paulo. Na terceira fase da opera��o, os policiais identificaram mais quatro integrantes da organiza��o criminosa. Eles foram presos em dezembro. Um dos suspeitos estava escondido no Rio de Janeiro.

Esquema 


“O modus operandi era o seguinte: alguns criminosos, que at� ent�o n�o haviam sido identificados, tinham contatos il�cios com pessoas que trabalham em empresas que t�m cadastros de pessoas f�sicas, como seguradoras, financeiras, operadoras de telefonia, entre outras. Eles usavam esses contatos para angariar (os dados) dessas pessoas”, explicou o delegado Gustavo Barletta. A pol�cia descobriu que eles tiveram acesso a documentos originais digitalizados e recebidos de forma l�cita pelas empresas, entre eles, comprovantes de resid�ncia e movimenta��o banc�ria. 

“De posse dos documentos digitalizados (das v�timas), usavam programas de computador para modificar as fotos, falsificar os documentos e abrir contas em banco nos nomes das v�timas. Alguns deles j� praticam o crime a bastante tempo. Com a pandemia, todos sabemos que devido ao isolamento a tramita��o de dados pela internet teve aumento muito grande. Eles perceberam essa vulnerabilidade e incrementaram o golpe”, afirma o delegado.

De acordo com a investiga��o, eles tentavam pegar empr�stimos ou resgatar valores pr�-aprovados pelos bancos em nome das v�timas. Eles sacavam o dinheiro ou transferiam para as contas que queriam. Muitas vezes eles conseguiam cart�es banc�rios f�sicos em nome das v�timas, que eram desbloqueados e todo valor do limite era descarregado nas m�quinas de cart�es pertencentes � organiza��o, al�m de serem utilizados em compras pela internet e em viagens. Em v�rios casos, os criminosos tamb�m utilizavam os documentos adulterados para financiar ve�culos.

Os investigadores trabalham por v�rios meses nos computadores apreendidos. Na segunda fase da opera��o, eles identificaram mais quatro envolvidos, sendo um, de 24 anos, apontado como l�der. Conforme o delegado, ele praticava esse tipo de crime h� v�rios anos. Com autoriza��o da Justi�a, a Pol�cia Civil teve acesso �s conversas do suspeito por mensagem. “Ele ensinava aos demais como praticar o crime, at� como conversar com os bancos, porque dependendo da abordagem, eles percebem que se trata de uma ‘pessoa falsa’ e at� bloqueiam. At� os termos que os criminosos tinham que usar ele ensinava, o que responder”, afirma o delegado. 

Esse homem j� tinha passagens por uso de drogas, estelionato e porte ilegal de armas. Ao saber da pris�o dos tr�s comparsas, ele fugiu de Contagem, onde morava, para S�o Paulo (SP). Nesse per�odo, a pol�cia prendeu outros tr�s envolvidos. Algum tempo depois, esse l�der foi detido na capital paulista. “Ele foi preso em um flat de luxo. Estava com mais dois (integrantes) da quadrilha, no Itaim Bibi”, contou o delegado. O bairro fica em uma �rea nobre de S�o Paulo. 

“Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de estelionato, falsifica��o de documento p�blico e privado e organiza��o criminosa, podendo chegar a 20 anos de pris�o”, afirma o delegado, que informa que as investiga��es continuar�o, pois o objetivo � descobrir mais integrantes da quadrilha. Seis nomes j� foram identificados, al�m dos 10 presos.


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