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Estado de Minas PESQUISA

Faculdade de Medicina da UFMG atua em estudo de vacina contra o HIV

Fase de aplica��o j� foi iniciada; podem participar homens cisg�nero ou pessoas trans que fazem sexo com homens cisg�nero e/ou pessoas trans


04/02/2021 14:50 - atualizado 04/02/2021 15:15

O estudo terá a participação de 3.800 pessoas, escolhidas e separadas igualmente entre grupo placebo e grupo ativo
O estudo ter� a participa��o de 3.800 pessoas, escolhidas e separadas igualmente entre grupo placebo e grupo ativo (foto: Reprodu��o/Pixabay)
 
A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), participa da terceira fase do estudo que testa a efic�cia e seguran�a de vacinas contra o HIV . Institui��es de oito pa�ses tamb�m participam da pesquisa. Os testes j� foram iniciados, mas ainda � poss�vel se voluntariar. Para isso, o requisito � que os participantes sejam homens cisg�nero (identidade de g�nero corresponde ao g�nero que lhe foi atribu�do no nascimento) ou pessoas trans que fazem sexo com homens cisg�nero e/ou pessoas trans.

Al�m disso, os candidatos devem ter entre 18 e 60 anos , n�o estar infectados com HIV e n�o usar profilaxia pr�-exposi��o (PrEP). As inscri��es para os que desejam participar dos testes do estudo podem ser feitas atrav�s do telefone (31) 99331-3658 ou pelo e-mail: [email protected].
 

O estudo

O estudo, que recebeu o nome de Mosaico , � desenvolvido pela Rede HVTN e financiado em parceria com a Johnson & Johnson. O intuito principal � expandir a prote��o contra o HIV-1, tipo mais comum, e suas variantes.

De acordo com o professor Jorge Andrade Pinto, pesquisador respons�vel pelo estudo na UFMG, o desafio � que n�o existe nenhum tipo de vacina desde o primeiro caso registrado de Aids h� mais de 30 anos. 

“H� a dificuldade de desenvolver uma vacina e depois a necessidade de cobrir essa diversidade de v�rus. E � justamente essa a proposta do Mosaico, de ser multivalente”, disse.

O estudo ressalta outro ponto importante: a jun��o de duas vacinas . Uma mesma pessoa receber� a vacina de vetor viral e a que cont�m prote�na gp140 do HIV. A primeira vacina possui o adenov�rus 26 (Ad26), utilizado como vetor e onde s�o colocadas as sequ�ncias de partes do HIV. A ideia � que haja a imunidade a diversos subtipos do v�rus.

As vacinas que s�o testadas n�o provocam infec��o por HIV ou Aids, pelo fato de que apenas fragmentos do v�rus s�o usados. O esperado � que a pessoa vacinada tenha sua imunidade “ ligada ” ao entrar em contato com o v�rus para que ele seja eliminado antes da infec��o. Se esse resultado for alcan�ado a n�vel mundial, muitas vidas ser�o salvas .

Jorge Andrade pontuou que “como o HIV � t�o disseminado e de controle t�o dif�cil, v�rias estimativas indicam que mesmo que a vacina n�o seja altamente eficaz, ainda vai poder diminuir bastante o impacto da epidemia”, afirma Jorge Pinto. “Por exemplo, se voc� tiver considerando que tenha uma vacina que seja 30% eficaz, mas que seja capaz de vacinar 20% da popula��o em risco de aquisi��o do HIV, voc� previne cerca de 5 milh�es de casos no intervalo projetado de 10 anos. Agora, se voc� tiver uma vacina que seja 70% eficaz, no outro extremo, e com uma cobertura de 40% da popula��o, o n�mero de infec��es provocadas no intervalo de 10 anos, vai a 28 milh�es.”

Import�ncia

Segundo ele, atualmente s� existe preven��o por meio de medicamentos, como  profilaxia pr�-exposi��o (PrEP) ou a profilaxia p�s-exposi��o (PEP), al�m dos m�todos de barreira. Diante disso, a vacina contra o HIV se torna essencial . Por�m, como a doen�a age de formas totalmente diferentes, o ideal � que “quanto mais estrat�gias de preven��o tivermos e em modalidades diferentes, melhor ser� para atingirmos nosso objetivo”.

O professor ainda explicou que o estudo ter� a participa��o de 3.800 pessoas , escolhidas e separadas igualmente entre grupo placebo e grupo ativo. Na Faculdade de Medicina est� prevista a sele��o de 120 volunt�rios at� julho deste ano. Somente o comit� externo saber� quem recebeu placebo e quem recebeu a vacina e, tamb�m, ficar� a cargo de avaliar a seguran�a , bem como o n�mero de infec��es entre os participantes.

Antes de serem aprovados para participarem dos testes, os candidatos s�o avaliados clinicamente e realizam exames. Se for escolhido, a pessoa recebe quatro doses : as duas primeiras apenas com vacina de vetor viral e as outras contendo ambas vacinas (vetor viral e proteica), aplicadas no intervalo de tr�s meses.
 
O acompanhamento � feito a cada tr�s meses e depois a cada seis meses. Nos 30 meses totais, ser� preciso comparecer � cl�nica 14 vezes . Por isso, a participa��o exige um comprometimento do volunt�rio para com o centro de pesquisa e, consequentemente, o participante deve permanecer em Belo Horizonte ou na Regi�o Metropolitana, desde que n�o comprometa sua locomo��o.

Sobre o espa�o que a Faculdade de Medicina da UFMG vem ganhando , principalmente com as iniciativas de preven��o do HIV e da COVID-19 , o professor Jorge Andrade Pinto destacou “a import�ncia estrat�gica de grupos de pesquisa sediados na Faculdade de Medicina da UFMG. � importante dizer que isso � s� mais um exemplo da relev�ncia da Institui��o no cen�rio cient�fico brasileiro e internacional”.
 
* Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.  


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