
O painel pintando por artistas do Circuito Urbano de Arte (Cura) no Edif�cio Itamaraty, no Centro de Belo Horizonte, n�o � alvo das investiga��es da Pol�cia Civil sobre "pixa��es" na fachada da edifica��o. A afirma��o � do chefe Departamento Estadual de Investiga��o de Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), Bruno Tasca, e do delegado Eduardo Vieira, em "esclarecimento � imprensa e � popula��o", no final da manh� desta sexta-feira (5/2).
Segundo o chefe de pol�cia, as investiga��es anunciadas na semana passada, se referem a "atos cometidos anteriormente � pintura do painel". A data desse supostos atos infracionais n�o foi divulgada, "por estar ainda sob apura��o."
De acordo com o delegado Eduardo Vieira, "o caso em quest�o j� vinha sendo investigado muito tempo antes da pintura", quando representantes edif�cio condom�nio Itamaraty procuraram a delegacia e noticiaram crime, pedindo provid�ncia para fatos delituosos.
Vieira informou que a pol�cia foi informada, na ocasi�o, que em uma determinada madrugada "indiv�duos arrombaram o ar condicionado do pr�dio, por onde entraram, quebrando a porta interna e chegando ao topo do edif�cio de forma clandestina e, usando t�cnicas de rapel, fizeram picha��es provocando danos ao edif�cio."
Os policiais reafirmaram que em nenhum momento a obra promovida pelo Cura est� sob investiga��o e que apenas cumpriram o papel de pol�cia investigativa em "apurar toda not�cia crime."
Ainda conforme os delegados, durante apura��o dos detetives depararam com "fato novo" onde uma pintura "foi executada por cima das picha��es motivo da den�ncia" e que no entorno do painel, foram refeitas com "inser��o de siglas" de supostas "organiza��es criminosas" que atuam na Capital.
Na �ltima semana de janeiro o Circuito Urbano de Arte (Cura), respons�vel por uma s�rie de obras de arte nos pr�dios de Belo Horizonte, denunciou, em um post no Instagram, que as organizadoras e cinco artistas convidados da edi��o de 2020 do festival est�o sendo investigados pela Pol�cia Civil por crime contra o meio ambiente. O motivo seria a presen�a da est�tica do picho em uma empena localizada no Centro da capital, na Rua Tupis, esquina com a Avenida Afonso Pena.
De acordo com a entidade, a obra � o maior mural em empena do Brasil, criado pelo artista Robinho Santana (Diadema/SP) durante a 5ª edi��o do festival em 2020. A obra de arte contou com a colabora��o dos artistas de BH Poter, Lmb, Bani, Tek e Zoto, a convite do Cura e do artista Robinho. Os convidados fizeram uma interven��o art�stica na obra utilizando caligrafia na est�tica do picho”, diz um trecho da postagem.
O mural "Deus � m�e", de quase 2.000m2, mostra a imagem de um m�e negra carregando um filho no colo e levando o outro pelas m�os. Segundo outro trecho da publica��o, “o v�deo que mostra a interven��o dos artistas convidados, exibindo detalhes da caligrafia como o trecho de m�sica do rapper mineiro Djonga, tem quase 2 milh�es de visualiza��es. � not�rio o reconhecimento art�stico da obra e seu sucesso.”
O mural "Deus � m�e", de quase 2.000m2, mostra a imagem de um m�e negra carregando um filho no colo e levando o outro pelas m�os. Segundo outro trecho da publica��o, “o v�deo que mostra a interven��o dos artistas convidados, exibindo detalhes da caligrafia como o trecho de m�sica do rapper mineiro Djonga, tem quase 2 milh�es de visualiza��es. � not�rio o reconhecimento art�stico da obra e seu sucesso.”
Na postagem, os organizadores ressaltam que o picho � uma est�tica urbana que esteve presente em todas as edi��es do festival e que j� foi contemplada em grandes festivais de arte do mundo, como a Bienal de S�o Paulo e a Bienal de Berlim. “O mural de Robinho Santana n�o � a primeira colabora��o entre artistas do picho, do graffiti e do muralismo contempor�neo.”