(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CORONAV�RUS

Pesquisa j� prev� efeito da vacina em pico da COVID-19 em Minas; confira

Mesmo lenta, vacina��o no estado tende a derrubar quase pela metade m�ximo de contaminados, indica proje��o de universidades, empresas de tecnologia e ONG


14/02/2021 04:00 - atualizado 09/03/2021 06:42

(foto: Tiziana FABI/AFP)
(foto: Tiziana FABI/AFP)

 

Ainda que considerada muito lenta e apare�a como a segunda menos abrangente do Brasil (veja quadro), a expectativa de vacina��o contra o novo coronav�rus (Sars-CoV-2) em Minas Gerais pode indicar al�vio nos progn�sticos de picos de pessoas infectadas em at� 46% com isolamento.

A urg�ncia para acelerar a vacina��o fica clara, assim como a necessidade de se manterem medidas de isolamento, pois os impactos iniciais podem j� estar aparecendo em uma proje��o da rede formada por acad�micos da Universidade Federal da Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade Estadual de Santa Cruz, Instituto Federal de Educa��o, Ci�ncia e Tecnologia da Bahia, Universidade Federal de Goi�s e Universidade do Estado da Bahia; empresas de base tecnol�gica Geodatin e Solved; e a ONG Mapbiomas. O sistema n�o � feito para julgar efeitos da vacina��o, mas uma resposta imunizante, com menor carga em hospitais e testes populacionais acaba sendo um reflexo com o tempo. 

 

Segundo modelo, a partir da �ltima segunda-feira, sem isolamento social e com 1,43% dos mineiros vacinados, a proje��o seria de um pico de casos ativos em 45 dias, atingindo 164 mil mineiros. Com isolamento social, o pico encurtaria para 42 dias e 43 mil pacientes. Contudo, tendo a vacina��o avan�ado 0,18 ponto percentual em dois dias, a modelagem j� sofreu uma brusca altera��o, com um pico sem distanciamento de 46 dias e 98 mil positivos (-40,3%). Contando com o isolamento, o �pice de cont�gio fica projetado para 29 dias, com 23 mil casos ativos (-46,5%).

 

No caso de Belo Horizonte, o impacto poderia ser ainda maior. Na �ltima ter�a-feira, com 78.524 doses aplicadas na capital, a previs�o do modelo era de um pico de 1.814 casos em 57 dias, sem isolamento. Com medidas de afastamento social, o munic�pio estaria livre de um pico, seguindo trajet�ria descendente em apenas cinco dias, quando teria 346 casos ativos e despencaria o total de pacientes, podendo chegar a 12 internados em 200 dias, praticamente interrompendo a epidemia at� agosto, segundo o modelo.

 

Autoridades sanit�rias do estado j� declararam que a vacina��o n�o deve promover um impacto imediato no sistema de sa�de, somente em m�dio e longo prazos. “Importante destacar que mesmo pa�ses como Israel (que imunizou o maior percentual populacional no mundo, chegando a 38%) tem passado por uma segunda onda. Ainda que tenha iniciado a sua vacina��o antes, em dezembro de 2020, n�o conseguiu cessar o aumento da curva (tanto de casos, quanto de mortes). S� no meio de janeiro � que a curva come�ou a suavizar. As vacinas que temos hoje evitam o agravamento da doen�a, mas nem sempre impedem a dissemina��o”, disse a subsecret�ria de Vigil�ncia em Sa�de, Janaina Passos de Paula.

 

O diretor da Sociedade Mineira de Infectologia e integrante volunt�rio do Comit� de Combate � COVID-19 em Belo Horizonte, Carlos Starling, afirma que ser� observada uma redu��o da incid�ncia da doen�a � medida que os mais vulner�veis sejam vacinados nas primeiras etapas da campanha nacional. “Por isso tem de haver uma prioriza��o de pessoas vacinadas. Quando tivermos de 70% a 80% dessa popula��o vacinada, vamos ver claramente uma redu��o da press�o de interna��es e de demanda para terapia intensiva”, estima.

 

 

Efeito isolamento 

Os dados trabalhados pelas modelagens s�o provenientes das secretarias estaduais e do Minist�rio da Sa�de, e levam em conta o percentual de isolamento praticado e as divulga��es de casos e interna��es, bem como outros recursos e parceiros. Mostram tamb�m que, mesmo com a vacina��o, continua sendo fundamental manter pr�ticas de afastamento social. Segundo a Secretaria de Sa�de de Minas, na quinta-feira, �ltima data das proje��es, os casos ativos no estado chegaram a 58.889. O pico mais agudo do progn�stico cient�fico, de 98 mil casos, levando-se em conta o abandono do distanciamento social, seria 66,4% superior, enquanto o mais brando, com medidas de preven��o, de 23 mil, seria de 61% menos pessoas infectadas sendo acompanhadas.

 

 

Entre as capitais que mais ganharam com o isolamento, mesmo durante a vacina��o, Belo Horizonte seria a oitava do pa�s, reduzindo em 80,9% o pico de casos ativos com a postura de distanciamento social. A capital com ganho mais significativo seria S�o Lu�s, com uma diferen�a de 95,3% menos pacientes e tratamento, em quadro de manuten��o do afastamento. Campo Grande � a capital com a menor diferencia��o a partir do isolamento, com 39% de retra��o dos n�meros com essas medidas de preven��o.

 

 

 
No ritmo atual, prote��o para todos s� em 2024

 

Os impactos positivos da vacina��o em Minas Gerais poderiam ser sentidos com mais intensidade se o estado tivesse um desempenho melhor ante os demais. No atual ritmo, segundo estudos da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estado s� conseguiria vacinar sua popula��o completa em setembro de 2024, perdendo apenas para o Par�, que o faria at� novembro daquele ano, enquanto Amap�, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Roraima teriam cobertura universal vacinal at� 2022. A distribui��o tamb�m � lenta, segundo o comparativo, a 21ª mais eficiente entre as unidades da Federa��o, com �ndice de 29,21% de distribui��o do carregamento recebido. Minas � ainda o 19º estado em percentual de vacinados, chegando a apenas 1,61% da popula��o segundo esse comparativo.

 

O secret�rio estadual de Sa�de de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, afirma que o maior gargalo � a produ��o do imunizante. “A chegada de vacinas foi lenta em todo o mundo. A Europa reclamou, os EUA reclamam tamb�m dessa chegada, mas at� o fim do ano esperamos ter toda a popula��o vacinada. Existe uma acelera��o da entrega pelo que mostram a Fiocruz (produtora da vacina Coronasheild) e o Butantan (fabricante da vacina CoronaVac). Somos o s�timo pa�s com mais imuniza��o. N�o � (no momento) na velocidade que a gente queria, mas n�o estamos assim t�o mal. Vamos continuar nos cuidando, usando m�scaras e mantendo o distanciamento”, disse.

 

Segundo a Secretaria de Estado de Sa�de, as vacinas aprovadas pela Anvisa para uso emergencial no Brasil evitam o agravamento da doen�a, que compromete a assist�ncia hospitalar. “As remessas de vacinas contra COVID-19 disponibilizadas pelo Minist�rio da Sa�de at� o momento t�m como meta atender a pelo menos 73% dos trabalhadores da sa�de (com prioridade para equipes de vacina��o envolvidas na primeira etapa e trabalhadores de unidades envolvidas diretamente na aten��o/refer�ncia para os casos suspeitos e confirmados de COVID-19) e a todos os idosos residentes em institui��es de longa perman�ncia, pessoas a partir de 18 anos com defici�ncia, residentes em resid�ncias inclusivas institucionalizadas, popula��o ind�gena aldeada e pessoas com 90 anos ou mais de idade.”

 

A pasta afirma ser importante ressaltar que a prioridade dada a grupos populacionais para a vacina��o foi necess�ria diante do contexto de n�o disponibilidade imediata de vacina para todos os grupos suscet�veis � doen�a, “sendo necess�rio preservar a for�a de trabalho para manuten��o dos servi�os de sa�de e, em seguida, vacinar as popula��es mais vulner�veis e expostas aos impactos da pandemia”. 

O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)