De acordo com o levantamento, os 118 hospitais avaliados tiveram resultados crescentes no n�mero de pacientes atendidos com suspeita e interna��o por COVID-19 a partir de outubro, quando uma segunda onda come�ou a assombrar o cen�rio da doen�a no Brasil.
Desde junho os indicadores estavam em queda, passando por 13,9% dos pacientes atendidos nas unidades em setembro, mas bateram recorde em novembro, com 20,8% de pacientes atendidos na urg�ncia e emerg�ncia de hospitais particulares com suspeita de COVID-19. A taxa de suspeitos e diagn�sticos positivos pulou de 30,5% em outubro para 35,4% em novembro.
No m�s de dezembro, os valores foram ainda maiores, com 41,2%, taxa muito pr�xima � registrada ao pico da pandemia, em junho (41,5%). Apesar dos altos n�meros, a ocupa��o dos leitos apresentou uma queda de mais de 9 pontos percentuais, em rela��o � 2019, passando de 77% para 67,7% em 2020.
Segundo a pesquisa, isso aconteceu principalmente pelo adiamento das cirurgias eletivas e o medo de procurar atendimento hospitalar na pandemia. Por isso, a interna��o por outras doen�as manteve estabilidade ou sofreu diminui��o. A �nica taxa que aumentou, foi de doen�as infecciosas, categoria que se encaixa a COVID-19.
Ao longo de 2019, das interna��es gerais, apenas 3% foram por doen�as infecciosas. Em 2020, o n�mero dobrou, chegando a 6,4%. Doen�as nos aparelhos respirat�rio, digestivo, circulat�rio e nervoso, apresentaram diminui��o.
A Anahp refor�ou que apesar da pandemia, � importante que a popula��o mantenha os cuidados com a sa�de, j� que o adiamento de consultas, exames e procedimentos podem causar grandes problemas, mas um diagn�stico e tratamento precoce podem ser mais efetivos.
Em BH, aumento na demanda tamb�m foi sentido
Em dezembro de 2020, a rede particular em Belo Horizonte apresentou 40% mais leitos ocupados que o SUS, o que provocou at� falta de vagas para interna��o de pacientes com COVID-19 na cidade.
Grandes hospitais particulares da capital confirmaram o aumento na demanda e chegaram a tomar algumas medidas para assegurar o atendimento de forma adequada. Na �poca, a Rede Unimed, uma das maiores de BH, suspendeu as cirurgias eletivas do dia 22 de dezembro at� 17 de janeiro, como medida de enfrentamento.
O boletim epidemiol�gico da Unimed no dia 20/12 indicava altos n�meros de pacientes confirmados, que cresceram dois meses depois. No balan�o divulgado nesta ter�a-feira (23/02), foram 16.306 casos a mais que dezembro.
Em nota, a Unimed afirmou que bateu recorde em atendimento nas duas primeiras semanas de janeiro: “A Unimed-BH confirma que nos �ltimos dois meses houve um aumento do n�mero de casos confirmados da COVID-19 em sua rede pr�pria e tamb�m eleva��o na procura da consulta on-line coronav�rus, que no dia 12 de janeiro de 2021 bateu seu recorde de atendimento com 2.144 consultas on-line realizadas”.
“Confirmamos, ainda, que o maior pico de casos notificados e confirmados em sua rede pr�pria ocorreu nas duas primeiras semanas de janeiro. Esse cen�rio foi agravado em fun��o do relaxamento da popula��o em rela��o �s medidas de preven��o, especialmente durante o per�odo de festividades e f�rias”, completou a nota.
Apesar do aumento, a rede esclareceu que todos os pacientes que necessitam de interna��o est�o sendo atendidos: “Al�m dos hospitais pr�prios, a cooperativa conta tamb�m com uma rede de hospitais parceiros credenciados” e refor�ou que o envolvimento da popula��o com as medidas de preven��o � essencial no combate ao coronav�rus.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria