Novo ato pede volta �s aulas em BH: 'Sindicato das crian�as s�o os pais'

Um dia ap�s o Comit� Municipal de Enfrentamento � COVID-19 decidir manter as escolas da capital fechadas, pais de alunos de institui��es particulares organizaram um novo protesto. Desta vez, sem coroas f�nebres. 

O grupo foi �s portas de diversos estabelecimentos da cidade pendurar uniformes escolares e pregar cartazes com cr�ticas ao prefeito Alexandre Kalil (PSD).

Alguns recados foram direcionados ao comit� de infectologistas da PBH: "Carlos Starling, crian�a n�o � vetor. Voc� se esqueceu ou ser� que virou pol�tico mesmo?", diz uma das placas exibidas na fachada do Col�gio Loyola. A institui��o fica no Bairro Cidade Jardim, na Regi�o Centro-Sul. 

 

A publicit�ria Ana Cec�lia Branco, que tem tr�s filhos matriculados no Loyola, reinvindica apoio das escolas e demais organiza��es da sociedade civil � causa da reabertura. 

"As crian�as n�o t�m sindicato. O sindicato das crian�as s�o os pais. Sinto falta de as escolas abra�arem essa causa junto conosco. S� temos o apoio dos m�dicos. As crian�as est�o sozinhas", queixa-se a publicit�ria. 

 

 

Na porta do Col�gio Santa Dorot�ia, no Sion, tamb�m na Regi�o Centro-Sul, o movimento contou com o apoio de professores. "Somos guardi�es da inf�ncia", diz uma das faixas afixadas no port�o lateral.

A professora Cristiane M�rcia conta que seus dois filhos est�o tomando antidepressivos. 

"Pe�o que, por favor, pensem no estado emocional dessas crian�as. Vejo muitos coment�rios dizendo que 'os pais n�o t�m o que fazer com as criancas'. N�o � assim. N�s n�o temos � o que fazer com o impacto das aulas online e da falta de socializa��o. Com isso, n�s n�o temos o que fazer. Eles est�o cada vez mais tristes, obesos, com ins�nia, nervosos, com vontade de desistir de estudar. Est�o vivendo � base de antidepressivos", relata a profissional.

 

Cercado de pol�micas, o retorno das atividades presenciais nas escolas de BH e Minas tamb�m � pauta de protestos de entidades representativas de professores. 

Nesta quinta-feira (25/2), o Sindicato �nico dos Trabalhadores em Educa��o (Sind-UTE) afirmou que n�o h� condi��es para a retomada. 

"N�o h� escolas prontas para receber profissionais e alunos presencialmente", defendeu a presidente da Denise Romano em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. 

Na quarta-feira (24/2), o governo do estado divulgou o protocolo a ser adotado no retorno das aulas presenciais. O cronograma, no entanto, ainda n�o est� definido em raz�o de uma decis�o judicial que impede a reabertura das institui��es. Por ora, os alunos seguir�o com as atividades remotas. O ano letivo ter� in�cio em 8 de mar�o.  

Na manh� de quarta (24/2), foi a vez dos professores da rede municipal se manifestarem. Liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educa��o das Escolas da Rede P�blica de Belo Horizonte (Sind-REDE), eles fincaram cruzes em frente � sede da PBH, na Avenida Afonso Pena, Centro da capital. 

"Por mais que a prefeitura e os m�dicos digam que � poss�vel cumprir esses protocolos, n�s conhecemos o espa�o das escolas e o ambiente de trabalho e sabemos que n�o seria vi�vel e que seria perigoso no atual est�gio da pandemia. N�o conseguir�amos cumprir nem 30% das exig�ncias", alega a diretora do sindicato, Vanessa Portugal.