Postos de BH t�m desabastecimento e poucos clientes mesmo ap�s fim da greve

Ap�s o fim da greve dos caminhoneiros respons�veis pelo transporte de combust�veis aos postos de gasolina em Minas Gerais, estabelecimentos trabalham para retomar a normalidade em Belo Horizonte. Na Avenida Cristiano Machado, Regi�o Nordeste da cidade, um posto est� com as bombas “zeradas” desde a noite dessa sexta (26). Sem os compostos que enchem os tanques dos ve�culos, n�o h� movimento algum no local. 

Na mesma via, outro posto registrou uma pequena fila. As imagens contrastam com as registradas anteriormente, em que consumidores, temendo desabastecimento, formaram grandes congestionamentos em busca de combust�vel.

Perto dali, na Avenida Silviano Brand�o, o desabastecimento tamb�m � realidade. Em um posto da via, o combust�vel acabou no in�cio da tarde de sexta. “N�o tem hor�rio de entrega. Estamos no aguardo, de bra�os cruzados”, diz o frentista Alex Gon�alves, que afirmou n�o crer na chegada das subst�ncias at� o fim desta manh�.



Em outra �rea da cidade, na Avenida Senhora do Carmo (Centro-Sul), um posto registra movimento normal, sem grandes filas.

O Minaspetro, entidade que representa os respons�veis pelo com�rcio de combust�veis, diz que o fornecimento aos postos deve ser regularizado ao longo deste fim de semana, mas n�o soube precisar o ritmo de chegada dos caminh�es-tanque aos postos e munic�pios munic�pios. 

"A disponibilidade de combust�veis nos postos acontecer� de forma gradual e depende de v�rios fatores, especialmente log�sticos", informou a entidade por meio de nota. 

O Estado de Minas procurou o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combust�veis e Derivados de Petr�leo do Estado de Minas Gerais (SindTanque) para saber se h� esquema montado com o objetivo de evitar a aus�ncia generalizada de combust�vel. Irani Gomes, presidente da entidade, informou que a previs�o para a normaliza��o do abastecimento na capital est� entre ter�a e quarta-feira da pr�xima semana. O sindicato busca saber se os distribuidores v�o refor�ar as atividades entre s�bado e este domingo para acelerar a retomada.

Paralisa��o 

A categoria parou por dois dias, reivindicando a redu��o do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) que incide sobre o �leo diesel. A classe quer que o governo mineiro reduza, de 15% para 12%, a al�quota da tarifa. O percentual desejado � o mesmo cobrado em S�o Paulo e Esp�rito Santo.

A paralisa��o terminou ap�s representantes do sindicato se reunirem com integrantes do governo Romeu Zema (Novo). Na conversa, ocorrida na noite dessa sexta (26), o poder Executivo estadual prometeu iniciar di�logos com a categoria na pr�xima semana.

“Reduzir impostos � um desejo meu e um compromisso desse governo, vamos continuar perseguindo esse objetivo t�o logo a situa��o fiscal do Estado e as limita��es legais trazidas por ela nos permitam. At� l�, temos de construir alternativas e vamos busc�-las em conjunto”, afirmou o governador.

O governo de Minas argumenta que as recentes varia��es do combust�vel n�o s�o decorrentes do ICMS, mas da pol�tica de pre�os da Petrobras. Em 18 de fevereiro, a estatal autorizou o quarto reajuste do ano. Desde janeiro, a gasolina acumula alta de 34,78%, enquanto o diesel est� 27,72% mais caro.

Grupo de trabalho em pauta

Para analisar as demandas dos tanqueiros, o Pal�cio Tiradentes vai dar forma a uma comiss�o para analisar os t�picos. A atua��o da equipe foi detalhada neste s�bado por Igor Eto, secret�rio de Governo

“Um grupo de trabalho ser� estruturado a partir da pr�xima semana, com participa��o do governo e dos representantes da cadeia de combust�veis, com o objetivo de encontrar solu��es para as pautas levantadas pelas categorias”, escreveu, em sua conta no Twitter.

Sexta de tumultos

Antes do t�rmino da greve, a sexta teve longas filas desde as primeiras horas. Os pre�os cobrados sofreram diversas varia��es. � tarde, em alguns postos, a gasolina bateu R$ 5,50 — enquanto o �lcool passava de R$ 4. A Pol�cia Civil, por meio da delegacia especializada em Defesa do Consumidor, fez abordagens em alguns locais.

Nota oficial do Minaspetro sobre o fim da greve

Conforme divulgado pelo Sindtanque, a greve dos tanqueiros foi finalizada na noite desta sexta-feira (26). De acordo com o presidente do �rg�o, Irani Gomes, os profissionais suspenderam a paralisa��o depois de uma reuni�o junto a representantes do Governo do Estado, que prometeu ouvir os tanqueiros e abrir negocia��es para a redu��o da tributa��o incidente sobre o �leo diesel, principal pauta do movimento grevista.

V�rios diretores do Minaspetro atuaram na linha de frente das negocia��es entre o Sindtanque e o Governo do Estado, usando seus contatos e auxiliando para que houvesse uma conversa inicial entre as partes.

Com o fim da greve, a expectativa do Minaspetro � que o reabastecimento dos estoques dos postos aconte�a sem maiores problemas ao longo do final de semana. A disponibilidade de combust�veis nos postos acontecer� de forma gradual e depende de v�rios fatores, especialmente log�sticos. Portanto, o Minaspetro n�o pode prever quando determinado posto ou cidade receber� novas remessas de combust�veis.

Sobre a greve

O Minaspetro entende ser leg�timo o pleito do Sindtanque pela redu��o do ICMS incidente sobre os combust�veis. Assim como os tanqueiros, que s�o fortemente afetados pela alta carga tribut�ria cobrada no litro do diesel, os postos tamb�m s�o contra o excesso de impostos nesses produtos.

O Sindicato continua monitorando a situa��o do abastecimento nos postos e informar� a Revenda, imprensa e sociedade em geral novidades pertinentes ao segmento varejista de combust�veis.