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Estado de Minas DIA TENSO

Motoristas enfrentam filas nos postos de combust�veis em BH

Greve deflagrada pelo SindTanque contribuiu para longas filas e falta de combust�veis em v�rios estabelecimentos
26/02/2021 21:00 - atualizado 26/02/2021 21:49

Postos ainda registram longas filas na noite desta sexta-feira (26/2)(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Postos ainda registram longas filas na noite desta sexta-feira (26/2) (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

A exemplo do que ocorreu desde as primeiras horas da manh�, os motoristas de Belo Horizonte enfrentaram longa maratona para abastecer seus carros na noite desta sexta-feira (26/2). Por causa da paralisa��o deflagrada pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combust�veis e Derivados de Petr�leo do Estado de Minas Gerais (SindTanque), os postos de combust�veis tiveram longas filas, acabando com o estoque em v�rios estabelecimentos da capital. 
 
A categoria pede redu��o do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) que incide sobre o pre�o do �leo diesel de 15% para 12%. O governador Romeu Zema (Novo) disse que pediu que sua equipe de trabalho para busque solu��es para demandas dos associados.  

Quem precisou passar pelos postos teve de manter a paci�ncia. “Quando tive acesso ao posto, s� havia �lcool e gasolina aditivada. Fiquei 1h40 na fila para abastecer. Minha namorada passou apuros. Rodei por v�rios postos, mas estavam muito cheios. Busquei um pre�o mais acess�vel tamb�m”, diz o professor de educa��o f�sica Jo�o Cl�udio Guimar�es, de 32 anos.
 
(foto: Robson Vieira ficou sem combustível e teve de empurrar carro até a bomba )
(foto: Robson Vieira ficou sem combust�vel e teve de empurrar carro at� a bomba )
 
Ele abasteceu num posto da Avenida do Contorno, esquina com a Rua Niquelina, em BH, e relatou aumento repetino no pre�o do etanol: “Abasteci a R$ 3,86. Tomei um grande susto quando vi o pre�o. � um absurdo os postos praticarem esses aumentos”.

O t�cnico de contabilidade Robson Vieira, de 48, contou que teve de empurrar o carro at� o posto, j� que ficou sem combust�vel. “Nossa luta � di�ria, porque convivemos com pre�os muito abusivos. Mas hoje o neg�cio foi desproporcional. Fiquei 40 minutos esperando e meu combust�vel acabou. Infelizmente, a quest�o do petr�leo move nosso pa�s e acaba interferindo em todas as atividades”, desabafa. 

Desde as primeiras horas do dia, a movimenta��o nos postos j� era grande, antes mesmo das 6h. Na Avenida Cristiano Machado, uma longa fila de carros dentro de um estabelecimento causou congestionamento na via da direita. A BHTrans havia alertado sobre os engarrafamentos em virtude da alta procura por combust�veis. 

� noite, diversos postos anunciaram que seus estoques estavam zerados. Foi o caso de um estabelecimento na Avendia Caranda�, pr�ximo ao Col�gio Arnaldo. V�rios postos da Via Expressa tamb�m ficaram sem combust�veis. 
 

Minaspetro se posiciona

 

Entidade que representa os cerca de 4,5 mil postos de combust�veis do estado, o Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados de Petr�leo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) divulgou nota nesta sexta-feira para informar que v�rios postos j� relataram falta de combust�veis na Grande BH. O sindicato alega que entende a necessidade do SindTanque, mas � contr�rio � paralisa��o.

 

"Ainda que o Minaspetro seja solid�rio �s demandas do Sinditanque-MG pela redu��o do imposto no diesel e demais combust�veis, entendemos que este n�o � o momento para uma greve, principalmente pelo contexto geral da pandemia de COVID-19 e as dificuldades que a popula��o e todo o setor produtivo enfrentam".

 

"Pedimos que o governador Romeu Zema tenha sensibilidade com a popula��o do estado e recue na decis�o de aumentar o ICMS dos combust�veis a partir de 1º de mar�o, al�m de revisar imediatamente a tributa��o estadual sobre os combust�veis", conclui o comunicado. 

 

Aumento nos pre�os 


Com rela��o ao aumento no pre�o devido � alta procura, a Pol�cia Civil, por meio da delegacia especializada em Defesa do Consumidor, realizou abordagens em v�rios estabelecimentos depois de den�ncias feitas por motoristas. 

Pela manh�, o litro gasolina variava entre R$ 5,12 e R$ 5,39 o litro. J� o �lcool era vendido na regi�o por valores entre  R$ 3,59 e R$ 3,89 por litro. 

Um v�deo chegou a circular por meio de aplicativos de mensagens onde um posto estaria, supostamente, vendendo o litro da gasolina em um pre�o superior a R$ 8. Na realidade, o propriet�rio havia zerado o letreiro, o que confundiu outros condutores. 

A Pol�cia Civil promete continuar as a��es de fiscaliza��o no fim de semana. 

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