
Segundo Maarten, as negocia��es entre o propriet�rio e um determinado grupo, denominado “Kaster”, tem boas chances de serem conclu�das nos pr�ximos meses. O consultor n�o enxerga outra voca��o para o edif�cio que n�o a de hospedagem e acredita que a inten��o dos investidores seja a de abrir um novo hotel no local.
“Eu tenho praticamente certeza que v�o funcionar novamente como hotel. Muito embora n�s tenhamos uma crise sem precedentes de demanda e que hoje n�o haja o menor espa�o para um novo hotel em Belo Horizonte, todo mundo entende que n�o seria bom pra cidade o pr�dio do Othon ser transformado em outra coisa. Isso n�o vai ser de imediato, mas num futuro, quando o mercado se reaquecer. Por ora, eles devem comprar e iniciar as reformas”, afirma.
Inaugurado em 1978, o imponente pr�dio de 25 andares, na Avenida Afonso Pena, em frente ao Parque Municipal, fechou as portas em 2018, ap�s 40 anos de funcionamento do hotel. � �poca, o preju�zo acumulado chega a R$ 40 milh�es. Foram 170 funcion�rios demitidos, al�m de impacto provocado em mais de 64 �reas da economia fomentadas pela hotelaria.
Uma �nica rodada de leil�o para vender o pr�dio foi autorizada e ocorreu em 06 de outubro do ano passado, mas terminou sem compradores. O valor m�nimo de oferta era de R$ 30 milh�es, conforme decis�o da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, cidade sede da Rede Othon. Na ocasi�o, o Estado de Minas ouviu o consultor Maarten Van Sluys e outros especialistas sobre o que espantou poss�veis arrematantes.
Sem lance, as negocia��es de venda voltaram para o propriet�rio, sob intermedia��o do juiz de execu��es respons�vel, com o mesmo valor para refer�ncia das transa��es. “Eles est�o tentando comprar por um valor um pouco menor, considerando que o hotel tem d�vidas e que requer um alto investimento de reforma e adequa��o”, destaca Maarten.
Para retomar a atividade hoteleira no espa�o, o consultor diz que a reforma do espa�o pode custar entre R$ 10 milh�es e R$ 12 milh�es. As cifras, somadas aos valores necess�rios para adquirir o pr�dio, s� seriam recuperadas em, no m�nimo, 10 anos de funcionamento. “H�, ainda, d�bito de aproximadamente R$ 3 milh�es de com a prefeitura de Belo Horizonte, entre IPTU e ISS, que deve ser considerado”, completa.
O ex-gerente do hotel lembra tamb�m que fachada do edif�cio � tombada pelo Patrim�nio Cultural do Munic�pio de Belo Horizonte (CDPCM-BH), o que requer que qualquer reforma ou modifica��o tenha que ser analisada e aprovada por �rg�o deliberativo da Prefeitura da capital (PBH).
* Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.