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Estado de Minas CORONAV�RUS EM BH

Mandetta: 'Kalil � o prefeito com as posi��es mais pr�-vida'

Ex-ministro da Sa�de diz que prefeito de Belo Horizonte � 'ponto de refer�ncia' no combate � COVID-19


05/03/2021 07:00 - atualizado 05/03/2021 13:58

Ex-ministro enalteceu postura de Kalil ante a pandemia de COVID-19(foto: Rafael Alves/EM/D.A Press)
Ex-ministro enalteceu postura de Kalil ante a pandemia de COVID-19 (foto: Rafael Alves/EM/D.A Press)
Para Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Sa�de, Belo Horizonte � a capital brasileira que mais zela por seus cidad�os ante a pandemia do novo coronav�rus. Ao Estado de Minas, ele elogiou a postura do prefeito Alexandre Kalil (PSD), em rela��o �s medidas de enfrentamento � doen�a.

“Tenho acompanhado com muita aten��o Belo Horizonte, pois sei que n�o � falta de uma vis�o muito respons�vel. Ele sempre foi muito respons�vel com a sua cidade. N�o � que isso v� trazer uma imunidade, mas pelo menos zela por um ponto de equil�brio. � claro que h� uma crise e que � impopular e duro. Mas ele est� mostrando, sim, que � respons�vel. Entre os prefeitos de capitais, � o que tem as posi��es mais pr�-vida de todas as que vi at� agora”, disse o m�dico.

A capital mineira soma 115.640 casos e 2.795 �bitos causados pela COVID-19. Para frear a dissemina��o da doen�a, a cidade tem apostado em restri��es calculadas.

Embora seja filiado ao DEM, Mandetta guarda semelhan�a com Kalil no papel de destaque obtido durante a pandemia. A defesa da ci�ncia e das medidas sanit�rias fez com que ambos ganhassem status de lideran�as nacionais importantes.

O prefeito de BH se aproximou dos democratas em janeiro deste ano, quando deu acenos positivos � candidatura de Rodrigo Pacheco � presid�ncia do Senado Federal. O apoio dos pessedistas, referendado por Kalil, foi essencial para impulsionar a presen�a de um parlamentar por Minas Gerais na disputa.

�ndices no vermelho


O est�gio da pandemia em BH � norteado por tr�s fatores. Segundo o boletim dessa quinta-feira (4/3), a ocupa��o de leitos de UTI, com 74,4%, est� no n�vel vermelho, o mais cr�tico.

O �ndice de transmiss�o por infectado (Rt), em 1,18, est� no est�gio amarelo, que demanda aten��o. Na mesma zona, o percentual de vagas de enfermaria com pacientes (60,8%).

As decis�es s�o tomadas por Kalil e pelos integrantes do Comit� de Enfrentamento � COVID-19, liderado pelo secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto.

Em repetidas ocasi�es desde o in�cio da pandemia, o grupo optou por recuar na flexibiliza��o e tomar medidas como o fechamento de servi�os considerados n�o essenciais. A �ltima vez ocorreu em janeiro.

A postura do prefeito belo-horizontino, na vis�o de Mandetta, o coloca como “ponto de refer�ncia” na �rdua batalha travada contra o coronav�rus.

“Belo Horizonte � uma cidade que acompanho muito de perto. N�o vou citar prefeitos de capitais importantes, mas que, vira e mexe, ‘quebram a m�o’, voltam atr�s ou falam ‘n�o vou fazer nada, faz de conta que n�o estou vendo’. Ele (Kalil) faz. Acho que ele � um ponto de refer�ncia nesta luta. Percentualmente, BH tem tido resultado melhor que os que simplesmente lavam as m�os”, sustentou o especialista, que afirmou ter conversado com Kalil pela �ltima vez quando ainda estava no Minist�rio da Sa�de.

At� a sexta-feira passada (26/2), Belo Horizonte era a capital com as quartas menores taxas de incid�ncia (casos por 100 mil pessoas) e de mortalidade (�bitos/100 mil). Nessa quinta, a retomada das barreiras sanit�rias em pontos da cidade foram anunciadas.

Relembre


Ministro da sa�de de janeiro de 2019 a abril do ano passado, Luiz Henrique Mandetta foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ap�s diverg�ncias sobre o cumprimento de medidas cientificamente comprovadas para barrar a prolifera��o da doen�a.

Em seu lugar, assumiu o oncologista Nelson Teich, que ficou menos de um m�s no posto.

 Veio ent�o o general Eduardo Pazuello. Anunciado como interino, o homem de confian�a de Bolsonaro acabou sendo efetivado.

CR�TICAS A CORTES DE VERBAS


Luiz Henrique Mandetta considera que o governo federal tem responsabilidade na crise de leitos em todo o Brasil. “Em outubro, o Minist�rio da Sa�de parou de pagar o financiamento de leitos de CTI (centros de terapia intesiva); foram fechados. Temos mais casos e menos leitos. Reativar leitos n�o � em um estalar de dedos. Tem que ter hospital, equipamentos e gente. Somos o pa�s que mais perdeu profissionais de sa�de no mundo. Esse povo est� esgotado“, afirmou.

No entanto, o ministro n�o acha que seja alternativa vi�vel chamar os m�dicos cubanos para resolver a falta de profissionais. Ele afirma que n�o sente a retirada deles do Brasil. “Os m�dicos brasileiros supriram a aten��o prim�ria mais do que aquela quantidade (de m�dicos cubanos). Estou com saudade de bons m�dicos. A forma��o m�dica brasileira est� muito med�ocre, muito baixa. Tenho visto o Conselho Federal de Medicina inerte em cumprir o papel de dar orienta��es t�cnicas, dizer o que � �tico e como se tem que trabalhar", afirma.

Mandetta destaca que m�dico tem que ser bom profissional, independentemente de nacionalidade. “Se o m�dico � cubano, paraguaio, boliviano ou coreano, para mim tanto faz, desde que ele seja livre para atuar — e sempre critiquei que aquilo era neg�cio de Estado para Estado, e pessoas n�o s�o commodities. M�dico tem que ser bom, filtrado e testado. Se n�o submeter meu conhecimento a algum crivo, n�o sou digno de ser chamado de m�dico”. 

A entrevista


Jornalistas do EM conversaram, por v�deo, com Luiz Henrique Mandetta. Entre essa quinta (4/3) e esta sexta-feira (5/3), p�lulas da entrevista ser�o publicadas.

No domingo, v�o ao ar os trechos que tratam de temas pol�ticos, como a disputa eleitoral em 2022.


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