
Nesta sexta-feira (12), o secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto, disse que os 12 sepultamentos que fizeram a quinta-feira ultrapassar a m�dia ocorreram em decorr�ncia da COVID-19.
Ele ressaltou que o cumprimento das medidas preventivas � a �nica forma de evitar o caos funer�rio visto em outras localidades.
“Como a gente sempre trabalha esperando que aconte�a o melhor cen�rio, mas se planejando para o pior, a gente aconselha as medidas para evitar que aconte�a o que houve em outros lugares do mundo. N�o estamos inventando moda. Copiamos o que deu certo”, disse.
O infectologista Una� Tupinamb�s, integrante do grupo de m�dicos respons�vel por aconselhar Kalil na tomada de decis�es ante a pandemia, lembrou que o colapso do sistema funer�rio j� foi experimentado por brasileiros de outras localidades.
“Se a gente n�o mudar o nosso comportamento, vai ter crise funer�ria. O Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, alugou um cont�iner refrigerado para guardar os corpos de v�timas da COVID-19. Isso pode acontecer: a capacidade de enterrar ser menor que a demanda de corpos. Isso � muito grave”, alertou.
A alta dissemina��o do coronav�rus deixa o sistema de sa�de belo-horizontino em alerta m�ximo. “Estamos falando isso h� 30 dias. A situa��o n�o � tranquila. Mesmo Belo Horizonte, com todo o preparo que tivemos, pode colapsar a sa�de. E, colapsando a sa�de, imagina a qualidade de assist�ncia ao paciente que chegar a um CTI lotado? A letalidade vai aumentar”, completou Una�.
Restri��es para barrar o v�rus
Nesta sexta, Kalil anunciou novo pacote de a��es para tentar barrar a dissemina��o do novo coronav�rus.
Nessa quinta-feira, o Brasil bateu o recorde de mortos em 24 horas: foram 2.349.
BH, por sua vez, superou recordes negativos nos �ndices que norteiam o est�gio da pandemia no munic�pio.
O �ndice de transmiss�o por infectado (Rt) chegou a 1,22. Trata-se da maior taxa de transmiss�o da s�rie hist�rica desde 4 de agosto: a cada 100 infectados, novos 122 se tornam v�timas da pandemia, em m�dia.
A ocupa��o das UTIs dos leitos p�blicos e privados para a COVID-19 chegou a 89,4%. Antes, a maior taxa de uso era do balan�o de 11 de janeiro: 86,5%. Recorde tamb�m para o percentual de uso das enfermarias: 75,6%. No dia anterior, a PBH contabilizou 71,6% dos leitos do tipo ocupados.
Una� Tupinamb�s alegou que o cen�rio pode se agravar em breve. Por isso, ressaltou a import�ncia do respeito �s medidas de preven��o.
“A proje��o � que, em meados de abril a gente fique em torno 3 mil mortes por dia – e vai ficar em um plat� durante um tempo. Mas isso � a proje��o. N�o quer dizer que vamos chegar l�. Um exemplo cl�ssico � Araraquara: eles fizeram uma restri��o de mobilidade, quase um lockdown, e reduziram em quase 50% a taxa de transmiss�o em 15 dias.”