
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, todas as vagas espec�ficas para pacientes com o novo coronav�rus est�o ocupadas. At� o leito extra para casos de extrema urg�ncia foi ocupado.
A situa��o na enfermaria tamb�m � grave. Na ter�a, 79% dos leitos destinados �s v�timas de COVID-19 estavam preenchidos. Nesta quarta-feira (17/3), todos os 26 leitos de enfermaria est�o cheios. E qual � o cen�rio por tr�s desses n�meros?
"� um cen�rio muito preocupante, j� que esses pacientes s�o extremamente graves. A grande maioria deles, em ventila��o mec�nica, ou seja, dependem da m�quina para sobreviver", disse Flaviano Assun��o, coordenador do CTI-COVID do Hospital da Baleia.
Ele, que faz parte de um grupo formado pelos coordenadores de CTI de todos os hospitais de BH, contou que o �ndice de depend�ncia da m�quina pra respirar atingiu o maior numero desde o inicio das estat�sticas. "Do total de doentes em CTI, temos 74% precisando do ventilador mec�nico", informou.
O especialista ainda alerta para a mudan�a do perfil dos pacientes: "A gente vive, h� um ano, uma mudan�a do perfil de paciente e evolu��o da doen�a. O que chama aten��o, hoje, � que temos paciente mais novos, entre 40 e 50 anos. V�rios em torno dos 30. A maioria que depende da m�quina para respirar", acrescentou.
Devido � gravidade do quadro, os pacientes permanecem por mais tempo internados, ressalta. "Isso dificulta assistir novos pacientes."
Nessa ter�a-feira, a unidade de sa�de n�o p�de receber mais pacientes, j� que a disponibilidade de leitos se esgotou.
Falta de insumos
Outra preocupa��o � em rela��o aos insumos do hospital. O m�dico aponta que h� medicamentos como sedativos e bloqueadores neuromuscular para os pr�ximos 20 dias.
"Infelizmente, voltamos ao cen�rio de julho, no qual a demanda de paciente � muito grande e a demanda de complexidade tamb�m. Temos dificuldade de encontrar insumos no mercados. Hospitais est�o convivendo com estoque cada vez menor", explicou.
Ele pontua que essa � uma realidade vivida em todos os hospitais da cidade.
Em Belo Horizonte
Os hospitais da rede privada de Belo Horizonte aumentaram a oferta de leitos de UTI para pacientes com COVID-19. Ainda assim, a ocupa��o bateu recorde novamente em BH nessa ter�a (16/3).
Conforme o boletim epidemiol�gico e assistencial da prefeitura, a taxa de uso das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com a virose � de 94,1%, somando as redes SUS e suplementar.
Portanto, sobram apenas 43 leitos do tipo em BH.