
Pesquisadores do Centro de Tecnologia em Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificaram tr�s variantes do novo coronav�rus em Belo Horizonte.
Em janeiro, os pesquisadores encontram nas amostras analisadas a variante P2, de muta��es ocorridas no v�rus em circula��o no Rio de Janeiro, que se espalharam para outros lugares do Brasil. Neste m�s, foram identificadas a variante P1, com origem em Manaus, e a B117, a variante que surgiu no Reino Unido.
O sequenciamento gen�mico � fundamental para identificar as muta��es do v�rus, o que permite melhor controle. Ao sequenciar o genoma, os dados ficam dispon�veis para pesquisadores de todo o mundo, inclusive para os testes de efic�cia das vacinas.
Os pesquisadores integram a Rede Corona-�mica do Minist�rio de Ci�ncia e Tecnologia, que faz o monitoramento gen�tico do v�rus em todo o territ�rio brasileiro. Ainda n�o � poss�vel determinar se h� predomin�ncia de algumas delas. "Uma rede de genoma que foi constru�da l� atr�s, em meados do ano passado, pelo minist�rio", afirma a professora Santuza Teixeira, membro da equipe do CTVacinas e professora do Departamento de Bioqu�mica e Imunologia da UFMG.
M�todos de an�lises

Para fazer o mapeamento dos gens do v�rus, os pesquisadores da rede podem usar tr�s metodologias para identificar o tipo de linhagem. O sequenciamento do genoma completo, a t�cnica mais informativa, por�m mais cara e demorada; outra t�cnica � a genotipagem, quando os pesquisadores j� sabem qual a varia��o encontrada, sendo poss�vel realizar um teste para identificar se h� essa modifica��o.
� a t�cnica mais r�pida que permite rastrear um n�mero maior de amostras, mas � preciso saber o que o pesquisador est� buscando. A terceira t�cnica n�o precisa realizar o sequenciamento completo. � feito o sequenciamento parcial do genoma do v�rus, no trecho em que j� se sabe existir altera��o.
A terceira metodologia de sequenciamento de genoma parcial foi a metodologia empregada pelos pesquisadores do CTVacinas. "Com esse rastreamento, conseguimos identificar diferentes variantes", diz.
Inicialmente, em amostras de indiv�duos infectados em janeiro, os pesquisadores identificaram a linhagem P2. "Vimos que a partir de janeiro, em Belo Horizonte, havia grande propor��o dessa variante P2. "Agora, recentemente, com amostras de mar�o, detectamos a linhagem P1. Ficamos surpresos que em janeiro ainda n�o hav�amos identificado a P1. De fato, havia predomin�ncia da P2 e as linhagens ancestrais, semelhantes �s que vieram de Wuhan. Nesses �ltimos sequenciamentos de amostras de mar�o, identificamos a B117, variante da Inglaterra", completou.

Ainda n�o � poss�vel dizer qual variante predomina na capital mineira."N�o temos estudos amplos suficientes que possam nos autorizar concluir qual � a predomin�ncia, a propor��o, e o n�mero de amostras sequenciadas ainda � pequeno".
Os pesquisadores fizeram uma infer�ncia de que a chegada da P2 em Minas em janeiro se deve � proximidade dos dois estados. "Estamos mais pr�ximos do Rio de Janeiro. Agora, vendo a entrada da linhagem de Manaus, a pior", diz.
Novas variantes em Minas
As variantes surgem em locais onde h� descontrole na transmiss�o, com uma explos�o no n�mero de casos. "Em outras regi�es de Minas, as chances de ser encontrada a linhagem de Manaus pode ser maior", afirma.
A pesquisadora informou que uma parceria com a Funed permitir� avaliar amostras de outras regi�es de Minas. Os pesquisadores n�o descartam o surgimento de muta��es em Minas. "Pode surgir uma variante. � medida que se tem essa explos�o de casos, nada impede que possa surgir variante e ela tenha muta��es diferentes das muta��es encontradas na P1, P2 e B117 ", conclui.
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
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Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia
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