Na manh� de s�bado (20/3), o corpo da enfermeira foi encontrado em uma planta��o de eucaliptos, depois que o ex-presidi�rio Reginaldo Ferreira de Souza, conhecido como “Pau Veio”, foi preso em Guarapari (ES), sob a acusa��o de ter sequestrado a enfermeira e roubado o carro dela, um Chevrolet Onix.
Para chegar a Guarapari e prender “Pau Veio”, os policiais que investigam o caso viram nas imagens de uma c�mera de seguran�a o momento em que a enfermeira foi abordada por um homem, quando sa�a do trabalho, em Santana do Para�so.
Na sequ�ncia, o rastreador instalado no ve�culo indicou aos policiais que o carro estava em oficina mec�nica em Teixeira de Freitas (BA). O mec�nico dessa oficina, assustado, disse aos policiais que nada tinha a ver com o sequestro da enfermeira e que havia recebido o carro de “Pau Veio”.
Entretanto, uma placa falsa do mesmo ve�culo e cor foi encontrada.
Policiais suspeitam que o roubo possa ter sido encomendando.
"Encontramos a placa traseira do carro desparafusada e uma outra placa de outro veiculo do mesmo modelo e mesma cor. Sugerimos que fosse a placa adulterada", informou o delegado da PCMG de Santana do Para�so, Alexandro Silveira Caetano.
Seguindo mais pistas obtidas durante as investiga��es, os policiais chegaram a um endere�o no Bairro M�nica, em Guarapari, onde prenderam “Pau Veio”, que al�m de n�o resistir � pris�o, confessou ser o autor do sequestro, assassinato e oculta��o do corpo da enfermeira.
A pris�o aconteceu na sexta-feira (19/3).
Na ocasi�o, ele relatou que entregou o carro e seguiu de Teixeira de Freitas (BA) para Guarapari de t�xi. O plano inicial era pegar um �nibus, mas ele contou que a movimenta��o da pol�cia fez com que buscasse outro meio de transporte.
Alega��o questionada
Aos policiais, ele afirmou que tinha um relacionamento de tr�s meses com a v�tima e que a matou por "n�o superar o fim do relacionamento".
Disse que a sequestrou para tentar reatar a rela��o.
A vers�o do homem � questionada pelos investigadores. Isso porque ele n�o sabia o nome da v�tima, idade ou caracter�sticas f�sicas.
“Ele sequer soube informar o nome completo da v�tima, n�o soube informar sobre idade nem sinais particulares dela, como tatuagem, j� que ela possu�a uma tatuagem vis�vel. Ele n�o soube informar sobre amigos, contatos em comum, quem sabia, quem n�o sabia desse suposto relacionamento deles. Ele n�o tinha o telefone da v�tima nem de qual operadora era”, completa Alexandro.
O delegado explica que, por isso, h� suspeita de que o suspeito n�o conhecia a enfermeira da forma que alega.
“Pode ser que ele a conhecia atrav�s de vigil�ncia. Ele estabeleceu primeiro todo um planejamento, um crime que foi planejado anteriormente. Sabia toda a circunst�ncia habitual da v�tima”, completa ao dizer que a mulher foi abordada no instante em que sa�a do local de trabalho.
As investiga��es sobre o caso prosseguem para apurar se o crime foi feminic�dio, como o suspeito alega, com pena de 12 a 30 anos de pris�o, ou de latroc�nio, que prev� pena m�nima de 20 anos de pris�o, bem como outros fatos sobre o caso.
O homem tem passagem por diversos crimes, entre eles, tentativa de latroc�nio e homic�dio consumado.
Les�es e tiro
Os investigadores ainda informaram que a v�tima apresentava les�es no f�mur, em um dos bra�os, nos dedos e na arcada dent�ria.
Ela tamb�m levou um tiro no rosto.
A mulher foi encontrada com as cal�as abertas e os peritos da Pol�cia Civil investigam que a enfermeira pode ter sido v�tima de viol�ncia sexual.
As investiga��es s�o coordenadas em conjunto pelas equipes da Delegacia Regional em Ipatinga e Delegacia de Pol�cia Civil em Santana do Para�so, com apoio da Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG), da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) e da Pol�cia Militar do Esp�rito Santo (PMES).
(Com informa��es de Tim Filho - Especial para o EM)