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Estado de Minas ESPERAN�A E DOR

Mensageiros da f�, sinos de Minas dobram em respeito aos mortos pelo v�rus

Tradi��o das igrejas do estado, toques agora convidam para corrente de preces por fim da pandemia de COVID-19 e homenagem aos profissionais da sa�de


23/03/2021 04:00 - atualizado 26/03/2021 11:26

Badaladas pela esperan�a, em mem�ria dos mortos, no apoio aos profissionais de sa�de e no tom da solidariedade �s fam�lias enlutadas. Em Minas Gerais, no momento da morte provocada pelo novo coronav�rus, na aplica��o t�o esperada da vacina ou na escalada das contamina��es, os sinos das igrejas centen�rias pontuam a dificuldade dos tempos e trazem no bronze um toque de confian�a. Na tarde de domingo, no Santu�rio Arquidiocesano de Santa Luzia, na cidade de mesmo nome da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, o badalar ecoou �s 15h, durante 10 minutos, acompanhado das ora��es de abertura do Seten�rio das Dores de Maria Sant�ssima (21 a 27), que antecede a Semana Santa.

O convite �s preces, pelo fim da pandemia partiu do titular da par�quia e reitor, padre Felipe Lemos de Queir�s. O munic�pio atingiu, na sexta-feira, a marca de 200 mortos por COVID, al�m de cinco �bitos sob investiga��o, e os leitos hospitalares destinados ao tratamento de pacientes com a doen�a respirat�ria chegaram ao limite.

Atencipando-se à Semana Santa, sino da Igreja Matriz de Santa Luzia, na Grande BH, tocou por 10 minutos no domingo em intenção às vítimas do coronavírus(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Atencipando-se � Semana Santa, sino da Igreja Matriz de Santa Luzia, na Grande BH, tocou por 10 minutos no domingo em inten��o �s v�timas do coronav�rus (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
“Durante a quaresma, o toque � sempre f�nebre, com exce��o do dia 19 de mar�o, que � festivo em louvor a S�o Jos�”, explicou o p�roco, destacando que “quando o sino de bronze ecoa, representa a voz de Deus”. Em tempos da Campanha da Fraternidade, este ano ecum�nica, padre Felipe disse que o chamado para rezar, na “hora da miseric�rdia (15h)”, foi para todo mundo, independentemente da religi�o. “Al�m das ora��es, esse toque de hoje (domingo) alerta para que todos continuem usando m�scara de prote��o, evitando aglomera��es e higienizando as m�os”.

Para a aposentada Marlene Santos, o toque dos sinos leva sinal de esperança à luta contra o vírus, além de ser meio de comunicação(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Para a aposentada Marlene Santos, o toque dos sinos leva sinal de esperan�a � luta contra o v�rus, al�m de ser meio de comunica��o (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Moradora do Centro Hist�rico de Santa Luzia, a aposentada Marlene Moreira dos Santos rezou para que tanto sofrimento tenha um ponto final. “N�s, luzienses, trazemos a luz nesse nome, ent�o o toque do sino significa um sinal, uma luz de esperan�a na pandemia”. Para o sineiro Henrique Barbosa, de 20 anos, valeu o es�for�o. “Estou acostumado, pois toco o sino h� sete anos. Estamos atravessando momentos dif�ceis, mas a f� � maior do que o medo.”

Al�vio

Em 19 de janeiro, quando foi aplicada a primeira vacina contra COVID-19 em Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas, os sinos das igrejas barrocas tocaram efusivamente. Mas se dobram de alegria, as badaladas podem comunicar tamb�m a morte de pessoas conhecidas na cidade, em especial das irmandades religiosas. Quando o Brasil chegou aos 100 mil mortos pela COVID-19, em 15 de agosto, ao meio-dia, houve toque de sinos em muitas cidades brasileiras sinal de pesar, solidariedade �s fam�lias e homenagem aos profissionais de sa�de.
 
A iniciativa foi tomada pela Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo-Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Com o avan�o acelerado da doen�a no pa�s, que tem mais de 290 mil de mortes por COVID, a iniciativa dever� se repetir.

Vida

No interior mineiro, o toque dos sinos atravessa os s�culos com eficaz poder de comunica��o, pontuando a vida religiosa e social. Em v�rios munic�pios, h� tamb�m o aviso no alto-falante da igreja matriz ou um carro de som pelas ruas anunciando falecimentos.
 
Em S�o Jo�o del-Rei, na Regi�o do Campo das Vertentes, o toque do sino leva � popula��o o aviso sobre mortes e sepultamento nos cemit�rios das igrejas Merc�s, Carmo, S�o Francisco e S�o Gon�alo, conta o padre Geraldo Magela da Silva, p�roco da Catedral do Pilar, no Centro Hist�rico da cidade. “H� v�rios tipos de toque que chamamos de linguagem dos sinos. Quem ouve entende imediatamente a informa��o”, explica o p�roco.
 
Os sinos marcam tamb�m o hist�rico distrito de Cachoeira do Brumado, em Mariana, na Regi�o Central do estado. “No primeiro momento da pandemia, houve toque de sino, sempre �s 18h,  na Matriz de Nossa Senhora da Concei��o. O objetivo � chamar a comunidade para rezar o ter�o em mem�ria das v�timas e fam�lias", diz o administrador paroquial, padre Jos� Geraldo Coura, conhecido como padre Juca. “Basta come�ar o toque para as pessoas ficarem atentas. Muitos ligam para par�quia querendo saber o que est� acontecendo.”
 
Em Santa Luzia, a comunica��o de mortes se faz com o an�ncio f�nebre transmitido pelo servi�o de som do Santu�rio Santa Luzia e das par�quias. O aviso come�a com a m�sica Ave Maria seguindo-se o comunicado. “S� de ouvir os primeiros acordes, a gente fica pensando: Quem ser�?  Informa��o � importante, mas traz a tristeza, ainda mais essa �poca. Infelizmente, como temos ouvido essa mensagem nesses tempos de pandemia!”, diz a aposentada Marlene Moreira dos Santos.

� espera

No munic�pio vizinho de Sabar�, os sinos est�o mudos e devem continuar assim at� mesmo na Semana Santa, diz Jos� Bouzas, diretor de Patrim�nio da Ordem Terceira do Carmo, irmandade religiosa que completa 260 anos em 2021. “Esperamos que eles voltem a dobrar, e muito, somente quando terminar a pandemia do novo coronav�rus. Esperamos que seja em breve”, afirma Bouzas cheio de esperan�a.

O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 




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