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Estado de Minas CENTRO-OESTE

Prefeito doar� sal�rio depois de repercuss�o negativa de fiscaliza��o em MG

Vendedor ambulante vendia �gua e teve os produtos apreendidos por fiscais no Centro de Divin�polis; a��o gerou indigna��o nas redes sociais; veja v�deo


25/03/2021 14:30 - atualizado 25/03/2021 17:18

O ambulante foi abordado por fiscais de postura e policiais militares(foto: Reprodução Facebook)
O ambulante foi abordado por fiscais de postura e policiais militares (foto: Reprodu��o Facebook)

O prefeito de Divin�polis, regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, Gleidson Azevedo (PSC), se comprometeu a doar metade do sal�rio para distribuir cestas b�sicas �s fam�lias que estiverem com dificuldades financeiras.

A decis�o foi tomada ap�s a repercuss�o negativa da apreens�o de garrafas de �gua que eram vendidas no sinal de tr�nsito por um ambulante. O caso ocorreu nesta quarta-feira (24/3).

 

Uma pessoa que passava pelo local gravou a abordagem dos fiscais e o v�deo viralizou nas redes sociais. Nas imagens, ele aparece discutindo com a fiscaliza��o ao lado da esposa e do filho, um beb�. 

 

A a��o dos ficais da prefeitura teve o apoio da Pol�cia Militar (PM) e gerou indigna��o. “Est�o tirando o direito dele trabalhar”, afirmou uma mulher que filmou a abordagem. O homem vendia �gua na Avenida Get�lio Vargas, uma das principais da regi�o central, pr�ximo � casa dele.

 

Al�m de descumprir a norma municipal, as restri��es da onda roxa tamb�m n�o permitem a atua��o dos ambulantes. 

 

Nas redes sociais, o ambulante, identificado como Hilton, desabafou: “Vendo minha �gua no sinal, no meio dos carros, n�o deixo a minha caixa no meio do passeio para n�o atrapalhar os pedestres. Estou desempregado, a assist�ncia social n�o me ajudou. N�o recebi o aux�lio emergencial, estou em dificuldade, minhas latas vazias, minha filha n�o tem leite”.

 

O vereador Hilton de Aguiar (MDB) estava pr�ximo ao local no momento do ocorrido. Ele tentou apaziguar a situa��o. “Entendo o trabalho dos fiscais, onde precisam coibir algumas coisas. Mas, neste momento, tamb�m precisamos da sensibilidade e empatia em algumas circunst�ncias”, lamentou.

 

Metade do sal�rio

Ap�s a repercuss�o, o prefeito foi at� � casa do ambulante. Em v�deo compartilhado nas redes sociais, ele rebateu as cr�ticas, principalmente de vereadores, e disse que a fiscaliza��o n�o parte de determina��o dele.

“A popula��o acha que sou culpado de mandar fiscalizar quem est� na rua. Eles (fiscais) s�o obrigados a cumprir uma lei municipal de 2008”, afirmou.

 

Ao defender o trabalho do ambulante, Azevedo citou a pandemia do novo coronav�rus.

“Concordo que ele est� trabalhando honestamente. Tem que trabalhar. Estamos passando por um momento de pandemia, que as pessoas precisam sair para trabalhar, � mais do que necessidade. Ele n�o est� ali para a aparecer”, declarou. 

 

O prefeito tamb�m disse que doar� metade do sal�rio de mar�o para ajudar na compra de cestas b�sicas para repassar �s fam�lias que precisarem de ajuda, devido � pandemia. O subs�dio do prefeito de Divin�polis est� fixado em R$ 24.464,58. Ele recebe, l�quido, R$ 18.369,22.

 

Mudan�a na lei

A atua��o dos fiscais tamb�m ocorre a partir de den�ncias. “S�o den�ncias que chegam para eles, �s vezes entidades, empres�rios”, citou. Azevedo desafiou os parlamentares a alterarem a lei 6.907/2008 para permitir que ambulantes trabalhem nas ruas.

 

“Fa�a uma lei agora, liberando-os para trabalhar na rua, que eu vou l� e assino”, se comprometeu.

 

Citando os artigos 127, 128 e 129 – que embasam o trabalho da fiscaliza��o, o fiscal Gl�ucio Ferreira disse que eles apenas “fazem cumprir a lei”.

“Se os vereadores se posicionarem contra esse trabalho e � maneira que est� acontecendo, que eles tomem as provid�ncias”, retrucou as cr�ticas.

Hilton de Aguiar disse que “n�o trabalha com desafios e sim pelo bem da cidade”. 

 

Assist�ncia social

A secret�ria de Assist�ncia Social, Juliana Coelho, esteve com o prefeito na casa do ambulante. Eles levaram uma caixa de leite e uma cesta b�sica.

“Todas as fam�lias que precisam de algum tipo de ajuda � s� procurar algum dos nossos servi�os de assist�ncia, o pr�prio CRAS, para fazer o cadastro, informar que est� precisando de ajuda, que faremos a visita domiciliar para saber como est� a situa��o”, explicou.

 

*Amanda Quintiliano especial para o EM

 

 

 


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