
Dentro das medidas restritivas para impedir o surgimento de novos casos do coronavirus, amenizar a superlota��o dos hospitais e reduzir mortes, os governos estaduais e munic�pios decretaram o impedimento da realiza��o de atividades presenciais na igrejas, mesmo durante a Semana Santa.
Com isso, nesse per�odo, quando deveriam receber centenas de fi�is, as igrejas seguem quase vazias, contando somente com as presen�as dos padres e alguns auxiliares, com as transmiss�es das celebra��es pela internet. Cidades hist�ricas de Minas - como Ouro Preto e Diamantina, que costumam receber centenas de visitantes no per�odo no qual os cat�licos celebram a Paix�o de Cristo, est�o com ruas vazias. Em igual situa��o encontram-se hot�is e pousadas.
Mas, al�m do turismo, o 'calv�rio com os preju�zos provocado diante do cancelamento dos cultos e celebra��es atinge em cheio o mercado de artigos religiosos.
"A redu��o das vendas do setor, no momento atual, devido �s medidas restritivas contra a COVID-19, chega a 70%", afirma Edna Maria Teixeira, gerente de vendas da empresa Velasi, fabricante de velas, sediada em Montes Claros, no Norte de Minas, que atende par�quias de todo o pa�s.
A empresa tamb�m revende outros artigos religiosos, como imagens, pe�as sacras e b�blias para o mercado nacional. A mesma empresa � dona da loja Rainha da Paz, localizada no Centro de Montes Claros, voltada para o com�rcio varejista de artigos religiosos. Mas o estabelecimento est� com as portas fechadas, recorrendo �s vendas por telefone, aplicativo e internet, desde 8 de abril, quando o com�rcio n�o essencial foi suspenso, devido � entrada do munic�pio na onda roxa, a fase mais restritiva do Plano Minas Consciente do Governo de Minas.
"A Semana Santa � o per�odo mais movimentado no com�rcio de artigos religiosos", afirma Edna Teixeira. Ela salienta que um dos fatores que impulsionam as vendas no setor nesta �poca � a tradi��o das igrejas cat�licas de acender as velas do 'C�rio Pascal', que representa 'o fogo vivo da luz de Cristo'.
Com o fechamento das par�quias por causa das medidas contra a propaga��o da COVID-19, as vendas de velas despencaram.
“Por causa pandemia, houve at� carga de velas encaminhada para outro estado e que teve que retornar, sem a venda”, lamenta a gerente.
DESEMPREGO
Al�m da queda no faturamento, o cancelamento das missas e cultos e a suspens�o da vendas dos artigos religiosos, com as restri��es impostas ao com�rcio n�o essencial, tamb�m provocaram desemprego no setor.
Edna Teixeira informa que a empresa fabricante de vejas e distribuidora de outros artigos religiosos de Montes Claros contava com 65 funcion�rios. Logo ap�s o in�cio da pandemia no Brasil, em mar�o do ano passado, demitiu 20% dos seus colaboradores. No final de 2020, com flexibiliza��o das atividades em Montes Claros e outras cidades, a firma recontratou os empregados que tinha dispensado.
Mas, agora, com a 'segunda onda' e endurecimento das medidas restritivas em todo pa�s, a empresa voltou a enxugar o seu quadro de pessoal, demitindo 30% dos seus colaboradores.