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Estado de Minas COVID-19

Vacina falsa em pr�dio de luxo em BH

Falsa enfermeira que aplicou doses irregulares em empres�rios em garagem de �nibus teria ''vacinado'' tamb�m moradores de resid�ncias em bairros nobres


07/04/2021 04:00

Advogado do ex-senador Clésio Andrade, Robson Pinheiro deixa a PF após depoimento ser adiado pela Justiça (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Advogado do ex-senador Cl�sio Andrade, Robson Pinheiro deixa a PF ap�s depoimento ser adiado pela Justi�a (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

A cuidadora de idosos investigada pela suspeita de se passar por enfermeira e aplicar uma suposta vacina contra a COVID-19 em empres�rios e pol�ticos no m�s passado na garagem de uma empresa de �nibus teria feito o mesmo com moradores de um pr�dio de luxo na Regi�o Oeste de Belo Horizonte. O novo caso foi divulgado pela r�dio “Itatiaia” na manh� de ontem. Segundo a reportagem, o esquema clandestino teria come�ado em 5 de mar�o em um condom�nio que fica no Bairro Gutierrez. Membros de pelo menos tr�s fam�lias que moram no local teriam recebido aplica��es a R$ 600 cada.

A r�dio afirma que h� registros de Cl�udia M�nica Pinheiro Torres – que se apresentava como enfermeira, segundo as investiga��es – entrando no pr�dio nos dias 5, 17 e 22 de mar�o, antes do caso da garagem, que veio � tona em uma reportagem da revista “Piau�”. Um v�deo obtido pela reportagem mostra a suspeita entrando no pr�dio do Gutierrez. Entre os vacinados estaria o dono de um aras no interior de Minas que, de acordo com a reportagem da Itatiaia, pode ser o elo entre a mulher e os empres�rios da Saritur, onde teria ocorrido a vacina��o clandestina.

Cl�udia teria sido contratada pelos irm�os Robson Lessa e R�mulo Lessa, donos da Saritur, para aplicar a suposta vacina contra a COVID-19 em um grupo superior a 80 pessoas. O suposto imunizante teria sido fornecido pela mulher. Segundo a revista Piau�, em reportagem publicada em 24 de mar�o, Cl�udia cobrava R$ 600 por doses do que afirmava ser da vacina. O filho da falsa enfermeira prestou depoimento � PF na segunda-feira. A suspeita � de que ele seja o respons�vel pelo recebimento dos pagamentos, que ocorriam, muitas vezes, via Pix, o que pode facilitar as investiga��es.

Dilig�ncias feitas pela Pol�cia Federal encontraram na casa de Cl�udia de Freitas ampolas de soro fisiol�gico. A suspeita � que era isso que vinha sendo aplicado nas pessoas que contratavam seus servi�os. Na ocasi�o, as autoridades constataram que a mulher, que na verdade � uma cuidadora de idosos, atendia tamb�m em domic�lio. De acordo com as investiga��es, um dos bairros em que ela mais fez 'atendimentos' – em casas e apartamentos – foi o Belvedere, de classe alta, no Centro-Sul de BH.

Depoimento 


Uma das pessoas que teria recebido a aplica��o � o ex-senador Cl�sio Andrade. A PF apreendeu uma lista com mais de 80 nomes de pessoas que teriam passado pelo procedimento, mas o nome de Cl�sio Andrade n�o consta nela. O ex-senador prestaria depoimento na manh� de ontem � PF, em Belo Horizonte, como parte das investiga��es da suspeita de vacina��o irregular contra a COVID-19. Mas a oitiva foi suspensa por determina��o judicial. Andrade seria ouvido na sede da PF, que fica no Bairro Gutierrez, Regi�o Oeste da capital. A defesa dele compareceu ao local mais cedo e saiu da unidade explicando que ele n�o compareceria.

“A defesa n�o teve acesso � investiga��o. Ent�o, assim que tivermos conhecimento de toda a investiga��o, teremos condi��o de opinar alguma coisa a respeito”, explicou o advogado Robson Pinheiro aos jornalistas presentes. Ainda segundo ele, recentemente o ex-senador teve contato com uma pessoa infectada pelo coronav�rus. Assim, ele est� em isolamento. “Todo mundo que teve contato com algu�m que teve COVID tem que manter quarentena. Eu fiz essa considera��o com o delegado e ele disse que vai analisar”, comentou.

Questionado, Pinheiro disse que a defesa levantou a possibilidade de Andrade ser ouvido por videoconfer�ncia. “Acho que � uma quest�o de �tica. No per�odo que estamos vivendo, ningu�m quer sair por a� contaminando ningu�m”, pontuou. A Pol�cia Federal informo que havia outros dois depoimentos previstos para a tarde, mas que n�o divulgaria a identidade das pessoas que s�o ouvidas nas apura��es. A cuidadora chegou a ser presa durante a Opera��o Camarote, desencadeada no m�s passado, mas foi liberada. (Com Larissa Ricci).


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