
Uma blogueira de 21 anos, os pais dela e o marido foram presos em Contagem, na Grande BH, suspeitos de um esquema de falsifica��o de cosm�ticos para a pele. Segundo a Pol�cia Civil, ainda n�o foi poss�vel contabilizar o n�mero de v�timas, uma vez que os produtos eram comercializados pela internet para todo o pa�s, em uma cl�nica e tamb�m anunciados em cursos ministrados pela suspeita.
O caso foi apresentado em uma coletiva de imprensa virtual da Pol�cia Civil na manh� desta segunda-feira (12/4). Segundo a delegada Andr�a Porchmann, respons�vel pelas investiga��es, a suspeita come�ou a atuar no ramo de est�tica ainda aos 15 anos, sempre com participa��o dos pais. Os nomes deles aparecem em contratos da empresa. As identidades dos envolvidos n�o foram divulgadas pela pol�cia.
O carro-chefe dos produtos comercializados pela investigada seria um tratamento para o melasma, manchas escuras que aparecem na �rea do rosto. Nas redes sociais, onde reunia milhares de seguidores, segundo a pol�cia, ela divulgava fotos de antes e depois de pessoas que teriam usado o produto e obtido melhora. No entanto, essas imagens teriam sido adulteradas.
“Eram v�rios cursos. Um m�todo acho que era R$ 3 mil, e dois m�todos eram R$ 5 mil. Os kits ela vendia por R$ 1 mil ou R$ 1,5 mil cada kit”, detalha a delegada. O lucro era vis�vel na vida de luxo ostentada por ela na internet, de acordo com a pol�cia.
As investiga��es come�aram quando consumidores finais come�aram a procurar empresas fabricantes para relatar problemas com os produtos dela. Algumas pessoas, segundo a delegada Andr�a Porchmann, tiveram queimaduras no rosto.
Na semana passada, a Pol�cia Civil cumpriu mandados de busca e apreens�o contra eles e descobriram que as adultera��es eram feitas em um laborat�rio clandestino.
A delegada explicou como as falsifica��es eram realizadas. Segundo ela, a suspeita criou uma linha de cosm�ticos que foi aprovada pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). Eles eram produzidos em determinado local mas, para multiplic�-los sem ter que fazer uma nova compra, ela comprou embalagens, imprimiu r�tulos, e misturou outro produto a eles.
Segundo a delegada, ela tamb�m pegava outros produtos autorizados pela Anvisa e rotulava com a marca dela. “Ela tamb�m pegou um produto que n�s n�o sabemos qual �, colocou um r�tulo, com a fabrica��o de uma empresa que existe, mas que nunca produziu o produto para ela”, disse a delegada. Os produtos apreendidos v�o passar por uma an�lise.
“A gente j� tinha ouvido ela inicialmente e disse que estava tudo certo, que tinha todas as autoriza��es. Negou que alguns produtos eram dela, mesmo com todas as provas nos autos. Depois, (os suspeitos) permaneceram calados”, explicou Andr�a Porchmann.
“Ela tinha alguns cursos, tanto que entregou certificados, mas as autoriza��es para outras aplica��es, autoriza��es dos cosm�ticos, para laborat�rio, ela n�o tinha nenhuma. Ela criou uma linha, foi produzida por uma fabricante original, mas, mesmo assim, ela insistiu em adulterar aqueles cosm�ticos que ela tinha autoriza��o para fabricar”, enfatizou a delegada.
“Ela tinha alguns cursos, tanto que entregou certificados, mas as autoriza��es para outras aplica��es, autoriza��es dos cosm�ticos, para laborat�rio, ela n�o tinha nenhuma. Ela criou uma linha, foi produzida por uma fabricante original, mas, mesmo assim, ela insistiu em adulterar aqueles cosm�ticos que ela tinha autoriza��o para fabricar”, enfatizou a delegada.
Ainda segundo Andr�a Porchmann, a acusada tamb�m comercializava uma esp�cie de vitamina para ingest�o. “� uma das nossas maiores preocupa��es porque n�o sabemos o que as pessoas est�o ingerindo. Inclusive, tem muita gente que n�o quis nos devolver os produtos, porque gastou muito dinheiro. Teve gente que fez empr�stimos, de mais de R$ 20 mil, R$ 30 mil, porque acreditavam no m�todo, porque estavam pensando tamb�m em abrir uma cl�nica de est�tica e aplicar os m�todos. Fez o curso, comprou v�rios kits, e entramos em contato com pessoas que n�o quiseram devolver os kits para a gente verificar se eram falsos ou n�o. A gente pede para que tomem cuidado porque n�o sabemos o que tem dentro desse produto”, destaca.
As investiga��es continuam para saber quantas s�o as v�timas, a estimativa de quanto ela estava lucrando e as subst�ncias usadas para alterar os produtos. A delegada tamb�m pede que poss�veis v�timas do esquema procurem a Pol�cia Civil para denunciar e oferecer mais provas para compor o inqu�rito.