
O governador Romeu Zema (Novo) pediu ao Minist�rio da Educa��o para adiantar a imuniza��o da comunidade escolar e, assim, ter o quanto antes a volta �s aulas em todo estado.
“As aulas presenciais s�o um pilar no desenvolvimento intelectual, social e emocional dos estudantes. A vacina��o da comunidade escolar refor�aria as a��es implementadas no Estado para a garantia de um retorno seguro da atividade educacional”, pontuou.
Leia tamb�m: Zema pede que professores sejam prioridade na vacina��o
O Minist�rio da Educa��o, por�m, informou � reportagem que o grupo j� estava inclu�do no PNI desde mar�o, a pedido do pr�prio MEC. Nesta ter�a-feira (13/4), o governador voltou a falar do assunto e refor�ou em suas redes sociais, que solicitou para que adiantassem a demanda para um breve retorno �s aulas.
“Iniciando a vacina��o desse grupo o quanto antes, mais r�pido poderemos retomar �s aulas presenciais no estado”, escreveu.
“Iniciando a vacina��o desse grupo o quanto antes, mais r�pido poderemos retomar �s aulas presenciais no estado”, escreveu.
Iniciando a vacina��o desse grupo o quanto antes, mais r�pido poderemos retomar �s aulas presenciais no Estado.
%u2014 Romeu Zema (@RomeuZema) April 13, 2021
De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), o retorno �s aulas vai al�m da vacina.
“A vacina��o � um ponto-chave para o retorno seguro, mas o que pesa neste momento � que o v�rus tem atingido cada vez mais os jovens, e os estudantes tamb�m estar�o em risco. Ainda assim, mesmo ap�s a vacina��o, � necess�rio que se cumpram os protocolos sanit�rios, como defendem as autoridades. A escola t�m que assumir esses protocolos, como fornecimento de Equipamento de Prote��o Individual (EPI), testagem de alunos, distanciamento. Tudo isso ainda precisa ser observado pelos �rg�os de sa�de”, destacou o sindicato.
“A vacina��o � um ponto-chave para o retorno seguro, mas o que pesa neste momento � que o v�rus tem atingido cada vez mais os jovens, e os estudantes tamb�m estar�o em risco. Ainda assim, mesmo ap�s a vacina��o, � necess�rio que se cumpram os protocolos sanit�rios, como defendem as autoridades. A escola t�m que assumir esses protocolos, como fornecimento de Equipamento de Prote��o Individual (EPI), testagem de alunos, distanciamento. Tudo isso ainda precisa ser observado pelos �rg�os de sa�de”, destacou o sindicato.
E essa tamb�m � a preocupa��o de muitos professores da rede p�blica de ensino. Zaquel Lopes da Silva, 52 anos, professor de portugu�s da Escola Estadual Madre Carmelita, em Belo Horizonte, conta que est� ansioso para receber o imunizante, mas n�o � o suficiente.
“Eu me sinto ansioso pela vacina e entendo que, mesmo me imunizando, n�o estou 100% seguro, mas pelo menos teria condi��es de trabalhar com mais seguran�a e auxiliar no aprendizado dos alunos que, atualmente, est� muito prec�rio. N�o acho que v� ser a solu��o final, se fosse, n�o precisar�amos usar m�scaras nem �lcool em gel ap�s receber a vacina, mas n�o � o que vai acontecer”, afirmou.
“Eu me sinto ansioso pela vacina e entendo que, mesmo me imunizando, n�o estou 100% seguro, mas pelo menos teria condi��es de trabalhar com mais seguran�a e auxiliar no aprendizado dos alunos que, atualmente, est� muito prec�rio. N�o acho que v� ser a solu��o final, se fosse, n�o precisar�amos usar m�scaras nem �lcool em gel ap�s receber a vacina, mas n�o � o que vai acontecer”, afirmou.

Zaquel tamb�m ressalta que � uma decis�o precipitada o retorno �s aulas presenciais. “Por conta do grande n�mero de infectados no pa�s e o avan�o da doen�a, creio que ainda n�o � hora de regressar �s aulas. Infelizmente. Todos n�s, professores, desejamos novamente estar na sala de aula, entretanto n�o podemos colocar a vida de ningu�m em risco”, lamentou.
Anna Carolina Leal, de 26, professora do ensino fundamental em Santa Luzia, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, tamb�m refor�ou os riscos da volta �s aulas. “No meu caso, que trabalho com o ensino infantil, sei que as crian�as n�o v�o utilizar o distanciamento e outras metodologias para evitar a prolifera��o da COVID-19. Por isso, vai fazer circular muito mais o v�rus”, explica.
“Um coleguinha veio de casa carregando o v�rus no corpo e encontra com outro que pode passar para toda fam�lia. Essa din�mica escolar � muito perigosa, principalmente agora com as variantes. Isso � uma grande preocupa��o”, complementa.

Ela se preocupa tamb�m com as demais pessoas com as quais convive no dia a dia. “Por mais que eu seja professora e vou estar imunizada, convivo com outras pessoas na minha casa. Ent�o, existe a possibilidade de eu colocar em risco a vida dessas pessoas. Acho que para retomar as aulas presenciais � preciso ter o controle da pandemia. N�o vejo possibilidade concreta disso acontecer, j� que nosso estado a testagem � absolutamente baixa”, afirma.
Para July� Aparecida do Santos Anuncia��o, de 37, coordenadora pedag�gica da rede municipal e professora na rede estadual de ensino, � preocupante um retorno �s aulas neste momento da pandemia. “As crian�as n�o t�m a total compreens�o e responsabilidade de um adulto, ent�o, vai ser muito mais dif�cil ter esse controle total dentro do ambiente escolar”, disse.

Mas ela refor�a que a vacina � necess�ria para esse retorno assim que a situa��o estiver controlada. “Estar na escola com os estudantes e com a perspectiva da transmiss�o n�o traz seguran�a, mas entendemos que � muito importante que essa vacina��o ocorra o quanto antes para poder de certa forma ‘conviver’ com esta doen�a e tra�ar estrat�gias para que isso aconte�a da melhor forma poss�vel”, destaca.