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Estado de Minas VIOL�NCIA SEXUAL

Jovem de 18 anos � preso suspeito de estuprar quatro primos em Sarzedo

Crian�as t�m ente 5 e 13 anos. A mais velha disse que era abusada desde os 4. Suspeito foi detido ontem (15/4) e nega os crimes, segundo a pol�cia


16/04/2021 12:23 - atualizado 16/04/2021 12:34

Celular do suspeito foi apreendido para perícia como parte das investigações(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Celular do suspeito foi apreendido para per�cia como parte das investiga��es (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)


Um jovem de 18 anos foi preso nessa quinta-feira (15/4) em Sarzedo, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, suspeito de estuprar quatro primos dele, que t�m idades entre 5 e 13 anos. Segundo as investiga��es, ele teria come�ado a praticar os abusos quando tinha apenas 10 anos. De acordo com a Pol�cia Civil, ele nega os crimes. 


“Tudo come�ou em janeiro, quando os pais de duas crian�as ouviram o relato da av� delas de que elas teriam, espontaneamente, confidenciado a ela que teriam sofrido abusos por parte do primo. T�o logo essa m�e tomou conhecimento do relato feito pelos filhos � m�e dela, ela compareceu aqui na delegacia, noticiou os fatos e, imediatamente, foram deflagradas as primeiras dilig�ncias”, explicou o delegado. 

Na semana seguinte, quando o inqu�rito j� estava em andamento, os pais das outras duas crian�as souberam dos filhos que tamb�m haviam sido estuprados pelos primos. A essa altura, a den�ncia j� era discutida entre os parentes, que come�avam a relatar comportamentos estranhos e rea��es pouco habituais das crian�as. 

� pol�cia, as crian�as relataram sucessivos abusos sexuais. De acordo com o delegado, a v�tima mais velha, de 13 anos, contou que era abusada pelo primo desde que tinha 4 anos. Houve casos em que uma crian�a presenciou o estupro da outra. 

Os crimes ocorriam no ambiente familiar, durante encontros em datas comemorativas, ou nas casas dos parentes e vizinhos, durante as visitas. Ele levava a v�tima para um local isolado, como um quarto, terra�o ou por�o, e cometia os crimes, segundo o delegado. 

De acordo com Borges, em algumas ocasi�es, ele convencia as crian�as prometendo brincadeiras no celular ou videogame. Em outras, ele usava for�a f�sica e amea�a para cometer os estupros, dizendo que se os primos contassem para algu�m o que ocorria, ele mataria os pais delas. 

“Todas as crian�as, sem exce��o alguma, fizeram os relatos dos abusos tanto para o pai, m�e, primos, tias, e etc, e essa narrativa do abuso sofrido era sempre inalterada. Al�m disso, era recheada com riqueza de detalhes, todas as crian�as, apontavam e indicavam com clareza, sem qualquer d�vida, com extrema convic��o. Mesmo levando em considera��o a idade das crian�as, elas detalhavam os locais onde aconteciam os abusos, os eventos familiares em que aconteciam os abusos, a forma com que o autor praticava”, enfatiza o delegado. 

At� ent�o, n�o havia desconfian�a contra ele, que n�o tinha passagens pela pol�cia. O rapaz estudava e estava em casa em fun��o da interrup��o das aulas por causa da pandemia da COVID-19, e era uma pessoa querida na fam�lia.

“At� porque ele dava ‘aten��o’ para os primos, brincava muito com os primos. Ent�o, inicialmente foi uma surpresa para todos os familiares, inclusive tem familiar que duvida que o primo, mesmo depois de todo esse trabalho investigativo minucioso levado a cabo pela Pol�cia Civil, tenha praticado esses abusos”, explica o delegado. 

Os meninos realizaram o exame de corpo de delito. Apesar do relato de pelo menos uma das v�timas ter sinais f�sicos de abuso, relatados uma pessoa da fam�lia, o lapso temporal entre esse epis�dio e a realiza��o do exame n�o permitiu que os sinais do crime fossem detectados. No entanto, Ricardo Cesari Borges destaca que o laudo tamb�m leva em conta quest�es subjetivas. 

“O m�dico legista n�o descartou o ato sexual. N�o foi confirmado pelo laudo o abuso sexual, entretanto, n�o foi negado. Obrigatoriamente, o m�dico legista, precedendo a an�lise do exame de corpo de delito em cada paciente – no caso, em cada crian�a, realiza uma entrevista sobre a presen�a dele ali, do que se trata, at� para se nortear no exame. E todo m�dico legista que realizou o corpo de delito das quatro crian�as narrou que as pr�prias crian�as, voluntariamente e em mais de uma ocasi�o, relataram de forma detalhada os abusos sofridos”, afirma o delegado. 

De acordo com o delegado, os pais dos envolvidos no crime est�o estarrecidos com os casos. Assim como as crian�as, que apresentam abalo psicol�gico, segundo o delegado, eles tamb�m podem receber apoio para lidar com a situa��o enquanto houver necessidade.

“A Pol�cia Civil, al�m de disponibilizar, em quase todos os munic�pios, uma delegacia especializada com servidores para fazer o atendimento de viol�ncia dom�stica e crimes sexuais, a grande maioria dessas delegacias possui um corpo de psic�logos associado ao Conselho Tutelar e ao CRAS (Centro de Refer�ncia de Assist�ncia Social) da municipalidade que, paralelo � investiga��o, se colocam a disposi��o da Pol�cia Civil para fazer o acompanhamento pessoal n�o s� da crian�a, quanto dos familiares que tamb�m precisam de atendimento”, refor�a o Borges. 


Suspeito nega os crimes


O suspeito chegou a ser interrogado antes de ser preso e negou ter estuprado os primos. “O que ele confirma � que, quando era crian�a, adolescente, que tomava banho com alguns de seus primos e que, durante, faziam ‘brincadeiras e palha�adas’”, relata o delegado de Sarzedo.

Ainda segundo ele, para tentar alegar que os crimes n�o ocorreram, o suspeito afirma que, mesmo ap�s as investiga��es, n�o mudaram o comportamento com ele. “O autor n�o se atinou que, como ele pratica os abusos sexuais com seus primos desde o in�cio da forma��o de cada crian�a, para cada crian�a, excepcionando os motivos de oscila��o de trauma e abalo psicol�gico, passou a enxergar como normal os abusos sofridos. Ent�o, naturalmente, essa justificativa do autor � in�cua, n�o t�m qualquer respaldo, porque as crian�as foram abusadas desde o in�cio de sua forma��o”, analisa o delegado. 

“Que fique bem claro que, de forma alguma a homossexualidade pode estar atrelada � pedofilia. A psicopatia, a doen�a mental de um autor que sente prazer, desejo de satisfa��o de sua lasc�via com uma crian�a, de forma alguma pode estar associada � homossexualidade”, pontuou o respons�vel pelas investiga��es. 

O inqu�rito foi apresentado � Justi�a e ao Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). Este �ltimo, segundo o delegado, se manifestou a favor da den�ncia contra o autor. Assim, a Justi�a se manifestou pela pris�o preventiva do suspeito, que foi cumprida em uma opera��o da Pol�cia Civil ontem. Ainda de acordo com o delegado, ele n�o ofereceu resist�ncia. O celular dele foi apreendido para per�cia. 

O suspeito deve responder pelo crime de estupro de vulner�vel contra as quatro crian�as. A pena para esse delito pode chegar a 15 anos de pris�o.


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