
O caso, ocorrido no bairro Nova Gameleira, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, foi descoberto depois depois que a pol�cia recebeu a den�ncia de que o irm�o da v�tima, de 4 anos, foi espancado.
Na �ltima sexta-feira (9/4), vizinhos chamaram a Pol�cia Militar ap�s descobrir que a crian�a havia sido brutalmente agredida.
O menino apresentava les�es nos olhos e na cabe�a. Ao ser questionada, a crian�a disse que ela mesmo teria se machucado. Mas os vizinhos desconfiaram e insistiram na pergunta. O menino disse, ent�o, que a adolescente, de 15 anos, tinha provocado os ferimentos.
Os vizinhos disseram � pol�cia que a adolescente se identificava como madrasta da crian�a. Ao ser questionado, o pai mentiu e disse que n�o sabia sobre a agress�o e que a adolescente havia dito que o menino caiu da cama e se feriu.
Foi quando a pol�cia suspeitou do pai e verificou se havia alguma passagem pela pol�cia.
"Os militares descobriram que ele tinha um mandado de pris�o por estupro em aberto. O homem j� havia sido indiciado em 2019 em S�o Joaquim de Bicas, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, por estuprar a adolescente", informou a delegada Iara Fran�a, titular da Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente da Pol�cia Civil (Depca).
"A pol�cia descobriu que a adolescente � irm� do menino de 4 anos por parte de pai e foi retirada � for�a de casa por ele, em 2019", disse a delegada, que investiga o caso. Hoje, a adolescente � m�e de uma crian�a de poucos meses. "Vamos fazer os testes de DNA para confirmar a paternidade", informou Iara Fran�a.
Ainda segundo a delegada, a menina ser� ouvida ainda nesta semana por uma equipe de psic�logos do Instituto M�dico-Legal (IML) e pode responder por ato infracional an�logo a les�o corporal. Ela foi levada para o Conselho Tutelar de Belo Horizonte. E, posteriormente, junto com o beb�, encaminhada para a casa de familiares da m�e.
O irm�o, de 4 anos, foi encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste e depois a um abrigo da prefeitura da capital
O que � feminic�dio?
Feminic�dio � o nome dado ao assassinato de mulheres por causa do g�nero. Ou seja, elas s�o mortas por serem do sexo feminino.
O Brasil � um dos pa�ses em que mais se matam mulheres, segundo dados do Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Direitos Humanos. O pa�s ocupa, desde 2013, o 5º lugar no ranking de homic�dios femininos numa lista que inclui 83 pa�ses.
A tipifica��o desse tipo de crime � recente no Brasil. A Lei do Feminic�dio (Lei 13.104/15) entreou em vigor em 9 de mar�o de 2015.
O feminic�dio � o n�vel mais alto da viol�ncia dom�stica. � um crime de �dio, o desfecho tr�gico de um relacionamento abusivo.
O que � relacionamento abusivo e como sair dele?
Especialistas ensinam a identificar sinais de uma rela��o abusiva, falam sobre sua origem e explicam porque a viol�ncia dom�stica � quest�o de sa�de p�blica.
Como fazer den�ncia de viol�ncia contra mulheres
- Para denunciar e/ou buscar ajuda, ligue 180
- Em casos de emerg�ncia, ligue 190
Saiba o que � a cultura do estupro
O Brasil tem um caso de estupro a cada oito minutos. Ao contr�rio do que o senso comum nos leva a acreditar, a viol�ncia contra as mulheres nem sempre ocorre de forma expl�cita.
Os abusos podem come�ar cedo, ainda na inf�ncia. Para tentar entender as origens dessa brutal realidade, o Estado de Minas ouviu especialistas em direito da mulher, ci�ncias social e pol�tica, psicologia, filosofia e comunica��o para mostrar como a cultura do estupro, da pornografia e da pedofilia fazem parte da nossa sociedade e estimulam, direta e indiretamente, esse ciclo de viol�ncia contra mulheres e crian�as.
Os abusos podem come�ar cedo, ainda na inf�ncia. Para tentar entender as origens dessa brutal realidade, o Estado de Minas ouviu especialistas em direito da mulher, ci�ncias social e pol�tica, psicologia, filosofia e comunica��o para mostrar como a cultura do estupro, da pornografia e da pedofilia fazem parte da nossa sociedade e estimulam, direta e indiretamente, esse ciclo de viol�ncia contra mulheres e crian�as.