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Estado de Minas INFLUENZA

'Um surto de H1N1 agora seria um desastre', alerta epidemiologista

Campanha para vacina��o contra a gripe tem baixa ades�o j� na primeira etapa e preocupa m�dicos e governantes


30/04/2021 13:02 - atualizado 30/04/2021 17:47

Em Belo Horizonte, apenas 24 mil pessoas que fazem parte do primeiro grupo da campanha foram vacinadas até o momento(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Em Belo Horizonte, apenas 24 mil pessoas que fazem parte do primeiro grupo da campanha foram vacinadas at� o momento (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

O Brasil deu in�cio � 23ª campanha de vacina��o contra a gripe em 12 de abril, ao mesmo tempo em que promove a imuniza��o contra a COVID-19. Por�m, passadas tr�s semanas, o n�mero de pessoas que compareceram �s unidades de sa�de de Minas Gerais para receber o imunizante ainda est� muito abaixo do esperado.

No estado, foram aplicadas 605.920 doses de vacina contra a influenza at� agora, de acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG).

Segundo a Secretaria Municipal de Sa�de de BH, apenas 24 mil das 280 mil pessoas que abrangem a primeira etapa da campanha (crian�as de 6 meses a 5 anos, gestantes, pu�rperas, povos ind�genas e trabalhadores da sa�de) foram vacinadas contra a influenza na cidade.

A meta do Minist�rio da Sa�de � que pelo menos 90% da popula��o receba o imunizante contra a doen�a em 2021. No entanto, caso a vacina��o continue nesse ritmo, o objetivo dificilmente ser� cumprido.



A dificuldade na realiza��o de duas grandes campanhas ao mesmo tempo j� era esperada por autoridades sanit�rias e governantes. S�o recursos, demanda de profissionais da sa�de e divulga��o em dobro, destinados para duas doen�as distintas, mas com risco e import�ncia equivalentes.
 
O m�dico epidemiologista e professor de medicina da UFMG, Geraldo Cunha Cury, avalia a baixa ades�o das pessoas na campanha contra a influenza neste ano como a jun��o de dois fatores: os receios da popula��o para sair de casa no momento da pandemia da COVID-19 e a pouca divulga��o da vacina��o contra a gripe.

“As pessoas est�o muito preocupadas com a COVID-19. N�o tem vacinas suficientes para elas, isso gera muita confus�o. Al�m disso, tamb�m surge a falta de divulga��o da H1N1 na m�dia e sobre a necessidade da sua vacina��o. Funcion�rios da sa�de est�o sabendo que fazem parte do primeiro grupo? Acredito que muitos n�o. Falta um assessoramento nesta divulga��o”, disse o especialista.

A import�ncia da vacina contra o influenza

Segundo o epidemiologista, caso um surto de outras doen�as respirat�rias ocorra no atual momento onde o pa�s vivencia um dos piores momentos da pandemia, n�o ter� hospital dispon�vel que aguente o fluxo de pacientes. 

“As UTI’s est�o cheias, os hospitais est�o cheios. Com o sistema de sa�de sobrecarregado, um surto de H1N1 agora seria um desastre. N�o v�o ter condi��es de atend�-los, esse � o maior problema. N�o existe uma infraestrutura, seja na rede p�blica ou privada, para aumentar o atendimento na �rea das doen�as respirat�rias”, disse o m�dico.
 
A vacina contra a influenza adotada em 2021 no Sistema �nico de Sa�de (SUS) � trivalente, com prote��o contra tr�s cepas do influenza: H1N1, H3N2 e a linhagem B/Victoria. 

De acordo com a Secretaria Estadual de Sa�de (SES-MG), dentre os riscos que a gripe pode gerar est�o doen�a pulmonar cr�nica (asma e doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica – DPOC), cardiopatias (insufici�ncia card�aca cr�nica), doen�a metab�lica cr�nica, como diabetes, por exemplo. 

O infectologista Geraldo Cunha destaca essa gravidade da doen�a, principalmente pelo potencial de mortalidade que uma piora no quadro de sa�de de uma pessoa pode causar.

“A gripe � muito importante. N�o � s� a COVID que mata, a influenza tamb�m mata. A letalidade dela � t�o grave quanto. Se chamarmos a aten��o das pessoas para esse ponto, talvez possa estimular a maior ades�o da popula��o � campanha"

Onde vacinar

At� 9 de julho, a campanha acontecer� de forma escalonada, sendo dividida em tr�s fases que contemplar�o os grupos definidos pelo Minist�rio da Sa�de. 

A recomenda��o dos especialistas � de que as pessoas dos grupos priorit�rios para prote��o contra as duas doen�as tomem primeiro a vacina contra o coronav�rus e aguardem o prazo de 14 dias para se imunizarem contra a gripe. 

Confira a programa��o definida pelo �rg�o:

Primeira etapa (12/4 a 10/5)

  • Crian�as de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
  • Gestantes e pu�rperas
  • Trabalhadores de sa�de 
  • Povos ind�genas

Segunda etapa (11/5 a 8/6)

  • Idosos com 60 anos ou mais 
  • Professores das escolas p�blicas e privadas

Terceira etapa (9/6 a 9/7)

  • Pessoas portadoras de doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis e outras condi��es cl�nicas especiais
  • Pessoas com defici�ncia permanente
  • For�as de seguran�a e salvamento
  • For�as Armadas
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodovi�rio de passageiros urbano e de longo curso
  • Trabalhadores portu�rios
  • Funcion�rios do sistema prisional
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
  • Popula��o privada de liberdade.


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