
Desistir ainda n�o � uma op��o. Os bombeiros militares de Minas Gerais retomaram nesta quarta-feira (12/5) as buscas por 11 v�timas do rompimento da Barragem B1, da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Ap�s mais de 2 anos de opera��o, os bombeiros chegam � s�tima estrat�gia de buscas.
A Opera��o Brumadinho, que foi paralisada pela segunda vez por conta do agravamento da pandemia do novo coronav�rus, estava suspensa desde 17 de mar�o. A informa��o do retorno previsto para hoje foi antecipada pelo Estado de Minas na �ltima sexta-feira (7/5).
Mesmo ap�s 56 dias de interrup��o dos trabalhos de buscas, o Corpo de Bombeiros afirma que n�o houve mudan�a no terreno que possa comprometer o trabalho. De acordo com a corpora��o, durante este per�odo, alguns militares permaneceram na Base Bravo para viabilizar que os funcion�rios da mineradora Vale mantivessem atividades essenciais de prepara��o da �rea e drenagem do terreno.
A rotina em campo come�a de fato nesta quinta-feira (13/5), logo no come�o da manh�, por volta das 6h, quando j� haver� as primeiras a��es de planejamento do dia e lan�amento das equipes no terreno.
“Nesta quarta foram priorizados os alinhamentos t�cnicos operacionais e reconhecimento de terreno, al�m do briefing para o dia de amanh�, no qual come�ar� a rotina em si. Podemos dizer que hoje foi realizada a prepara��o em sentido amplo e a naturaliza��o dos militares com o terreno mais uma vez”, informou a corpora��o.
Nova fase
Nesta s�tima fase de buscas, os bombeiros prepararam a �rea de trabalho para enfrentamento mesmo em dias chuvosos, com a implementa��o de tendas nas chamadas “zonas quentes”, que s�o as �reas em que o rejeito ainda � revirado em busca dos corpos.
Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz da corpora��o, est� prevista para o m�s de junho a chegada de maquin�rios espec�ficos que, por meio de um processo vibrat�rio, conseguem separar part�culas menores de outras maiores. Esses equipamentos prometem modernizar e agilizar o trabalho dos militares.

“Vamos montar quatro esta��es de busca. Atualmente n�s inspecionamos part�culas maiores e menores de formas iguais. No entanto, o que importa s�o as part�culas maiores e essas novas m�quinas v�o fazer a pr�-separa��o mec�nica do material”, explicou Aihara.
O maquin�rio ainda n�o foi utilizado pois estava em processo de estudos de viabilidade. “A implementa��o ser� no fim de junho por causa de um fluxo de processo para analisar como vai ser o manual de opera��es, um processo muito cuidadoso, porque tamb�m n�o podemos perder a qualidade da inspe��o”, acrescenta o porta-voz.
Bombeiros empenhados
Nesta etapa trabalham aproximadamente 50 militares diariamente em C�rrego do Feij�o. S�o bombeiros de todas as regi�es de Minas que ainda enfrentam protocolos espec�ficos de preven��o ao novo coronav�rus. Al�m do uso constante de m�scaras e �lcool em gel, todos realizam o teste RT-PCR antes e depois do revezamento de pessoal, feito toda semana.
Ap�s mais de 800 dias de opera��o, o que motiva o trabalho � a esperan�a. “� a possibilidade de a gente encontrar essas 11 joias que ainda est�o faltando. Vamos esgotar tudo que est� em nosso alcance para entregar as joias para as fam�lias, porque conhecemos cada uma dessas fam�lias, n�o economizamos os esfor�os”, reafirmou o porta-voz da corpora��o.
Desde o in�cio, a opera��o contou com o empenho dos bombeiros militares de Minas Gerais, sendo que at� o final do m�s de mar�o de 2021, foi contabilizado que 3.913 militares da corpora��o j� atuaram, em revezamento, em atividades de campo, coordena��o e de sa�de.
A trag�dia
A barragem rompeu em 25 de janeiro de 2019. A dimens�o da �rea de buscas revira 12 milh�es de m³ de rejeito de min�rio sobre uma �rea de aproximadamente de 290 hectares.
Desde ent�o, foram encontradas 259 v�timas da trag�dia. No total, foram 270 vidas perdidas no mar de rejeitos de min�rio.
Esses n�meros representam 95,92% de �xito na opera��o, restando 11 v�timas a serem encontradas pelos bombeiros e identificadas pela Pol�cia Civil.
Dois anos depois, os mais de 800 dias de trabalho fazem dessa a opera��o de busca e resgate a mais longa da hist�ria do Brasil.