
Paulo Henrique Garcia Castro, conhecido como PH Castro, tinha 32 anos e trabalhava com artistas do cen�rio musical mineiro, como os sertanejos Rick e Nogueira e Davi Ferraz. Ele foi atingido, em 18 de abril, com disparos de uma arma de fogo no ombro, abd�men e virilha. Parentes e moradores da vizinhan�a do Bairro Frimisa, que estavam no local no momento do crime, socorreram o produtor. Por�m, PH Castro morreu na unidade de sa�de.
De acordo com a pol�cia, testemunhas informaram aos policiais que Paulo Henrique voltava de uma caminhada no final da tarde de domingo (18/4), quando foi cercado por seus tr�s vizinhos de frente, Luiz Fernando Silva, de 52, Wallace Luiz Duarte Silva e Wudson Fernando Duarte Silva, ambos de 27.

Adriana das Neves Rosa, titular da Delegacia Especializada de Homic�dios em Santa Luzia, disse em coletiva na tarde desta quinta-feira (27/5) que c�meras de seguran�a registraram parte da a��o dos vizinhos. "As c�meras mostram um deles correndo com um peda�o de pau em dire��o � v�tima e, em seguida, outro atirando contra Paulo. O crime ocorreu na frente da casa dos vizinhos, ao lado da casa da v�tima, em plena luz do dia", informou.
A delegada explica que o atrito dos acusados era com a fam�lia de Paulo. Os investigados chegaram a afirmar que o homic�dio estaria relacionado � disputa de im�veis. Mas, a delegada informou que a persegui��o aos vizinhos ocorria, na grande parte das vezes, por motivos corriqueiros.
Entretanto, a LGBTfobia tamb�m foi alvo de den�ncias. "Recebemos a den�ncia que a orienta��o sexual da irm� da v�tima incomodava a fam�lia investigada. Teoricamente, o trio � religioso", acrescentou.
Amea�as constantes
Os atritos n�o ocorriam apenas com a fam�lia de Paulo. A investiga��o aponta conflitos com outros vizinhos. O trio era temido na regi�o. "Temos diversas noticias que essa fam�lia tinha habito de perseguir outros vizinhos com amea�as violentas... Eles tinham o h�bito de usar uma arma de fogo para amedrontar. Inclusive, j� efetuaram tr�s disparos contra um outro vizinho enquanto dormia. Ele continuou sendo amea�ado e se mudou", disse a delegada. Ainda segundo as investiga��es, h�, tamb�m, relatos de tentativas de atropelamento.
Ainda de acordo com as investiga��es, o trio j� tinha passagem pela pol�cia, mas nunca foi preso. "V�rios dos relatos que recebemos dos vizinhos n�o haviam sido formalizados", acrescentou.
A den�ncia
Segundo a autoridade, o mandato de pris�o tempor�ria foi expedido quando o trio j� estava em rota de fuga. As investiga��es apontam que trata-se de uma fam�lia perigosa. H� informa��es que a fam�lia teria fugido para fora do estado. Adriana ainda ressalta que as den�ncias s�o mantidas em sigilo e podem ser feitas pelos telefones 190 ou 197 ou diretamente na Delegacia de Homic�dios da Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG).