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Estado de Minas PANDEMIA

Aglomera��o no domingo acende alerta para o feriado de Corpus Christi em BH

BH ignora distanciamento social na Feira de Artesanato e na orla da Lagoa da Pampulha. Para infectologistas, desrespeito e o novo feriado podem agravar quadro


31/05/2021 04:00 - atualizado 31/05/2021 06:41

Na Pampulha, muitas pessoas faziam caminhadas ou pedalavam sem o uso de máscaras(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Na Pampulha, muitas pessoas faziam caminhadas ou pedalavam sem o uso de m�scaras (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Os feriados s�o bem-vindos, os dias de descanso, justos e necess�rios, mas nem por isso est� na hora de aglomerar, encher as ruas, dar muni��o � COVID-19. Nada de baixar a guarda, alertam com severidade os especialistas, pois os indicadores crescem nos feriados com a queda do isolamento social.

A chegada de Corpus Christi, quinta-feira, com prolongamento de recesso em muitos locais de trabalho at� domingo, j� preocupa autoridades municipais e epidemiologistas para que n�o se repita o cen�rio de ontem, quando houve multid�o na Feira de Artes, Artesanato e Produtores da Avenida Afonso Pena (Feira Hippie) e na orla da Lagoa da Pampulha.

O alerta vem do presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Est�v�o Urbano, para a popula��o tomar cuidado num cen�rio em que circulam novas variantes do v�rus (incluindo as do Amazonas e, agora, a da �ndia), que podem levar a um colapso no sistema de Sa�de, provocar mais muitas mortes e aumentar o n�mero de transmiss�o e interna��es.

"Este feriado poder� ser decisivo e extremamente impactante na evolu��o da pandemia. Precisamos ficar atentos a esses per�odos, cuidando para n�o aglomerar. N�o podemos baixar a guarda em momento algum", recomenda Urbano.

Na abordagem das responsabilidades individuais, o apelo � n�o piorar o quadro de dificuldades. "Um feriado mal administrado pela popula��o aumenta a gravidade, principalmente com as novas cepas do v�rus que podem levar ao caos no pa�s inteiro", avisa o infectologista. Assim, ficar em casa, usar m�scara, manter o distanciamento social e higienizar as m�os com �lcool em gel seguem como protocolos indispens�veis no feriad�o.

O infectologista Una� Tupinamb�s, integrante do grupo de m�dicos respons�veis por aconselhar o prefeito Alexandre Kalil (PSD), tamb�m prega prud�ncia nesta semana: “Tem feriado agora, ficamos preocupados, pois est�o achando que a pandemia acabou. As pessoas est�o cansadas, estamos �s v�speras do inverno, h� as variantes novas. Tem tudo para aumentar o n�mero de casos e ser outra grande cat�strofe”.

Aglomera��o

Na manh� de ontem, Belo Horizonte viveu dia de ruas cheias, um contrassenso diante da pandemia de coronav�rus. O fluxo de pessoas foi intenso no entorno da Lagoa da Pampulha, onde os belo-horizontinos aproveitaram a luz do sol para se exercitar e admirar a paisagem.

Conforme flagrou a equipe do Estado de Minas, sem m�scaras, algumas pessoas praticavam atividades f�sicas como ciclismo e caminhada. Ao rep�rter, um guarda municipal disse que, durante parte da manh�, houve distribui��o de protetores faciais a quem passava.

J� no Centro, na Feira de Artes, Artesanato e Produtores da Afonso Pena (Feira Hippie), o movimento tamb�m chamou a aten��o. Com a temperatura mais semelhante a ver�o do que outono, fam�lias inteiras curtiram o domingo em total aglomera��o, se espremendo entre os corredores da feira para ver e adquirir os produtos expostos pelos barraqueiros.

Em nota, a PBH informou que n�o havia recebido den�ncias sobre esses locais. E que os casos em desacordo com os decretos municipais, incluindo funcionamento irregular de estabelecimento comerciais, podem ser denunciados pelo telefone 156 ou pelo aplicativo BHAPP. Elas s�o encaminhadas ao Centro Integrado de Opera��es da Prefeitura (COP-BH), de onde s�o direcionadas � Guarda Municipal, � Subsecretaria de Fiscaliza��o ou � Vigil�ncia Sanit�ria, para provid�ncias. Segundo as autoridades, tais institui��es podem agir de forma independente ou em conjunto. A Pol�cia Militar atua em parceria com a PBH nos casos de eventos com grande aglomera��o de pessoas, sobretudo em ruas e pra�as.

PBH liga queda de isolamento � flexibiliza��o

A queda no isolamento em Belo Horizonte tem rela��o com a gradual flexibiliza��o das atividades. Neste m�s, por exemplo, a PBH autorizou medidas menos restritivas referentes a supermercados, feiras livres e clubes. Antes proibidos de funcionar aos domingos, mercados e padarias passaram a abrir as portas. Os espa�os de lazer e as feiras tamb�m foram liberados.

Belo Horizonte encerrou a �ltima semana �til com ligeiras quedas em todos os �ndices de monitoramento da pandemia – inclusive na taxa de transmiss�o por infectado. Mesmo assim, o percentual de unidades de terapia intensiva (UTIs) ainda est� no n�vel vermelho, tido como cr�tico. Segundo os dados, 77,7% dos leitos estavam com pacientes.

As aglomera��es em tempo de COVID-19, no entanto, preocupam o comit� montado pela PBH para monitorar o avan�o da doen�a viral. Na sexta-feira, data do �ltimo boletim di�rio sobre a epidemia, o n�mero m�dio de transmiss�o por infectado estava em 1,07 – o que representa n�vel intermedi�rio de risco. O de isolamento, por sua vez, apontava 43,7%.


Aos fins de semana, o isolamento social costuma ter picos: no domingo anterior, por exemplo, bateu 51,8%, ante 46,1% no dia anterior. Em abril e maio (considerando recorte at� o dia 26), contudo, o percentual n�o ultrapassou 55%, marca tida como ideal por autoridades em sa�de. A �ltima vez que isso ocorreu foi em 28 de mar�o, justamente um domingo. Naquele dia, 55,6% dos belo-horizontinos evitaram se expor.

Diante deste quadro, vale o alerta das autoridades, pois j� constataram que, nos fins de semana e feriados, as taxas de isolamento social caem, com mais gente na rua. No boletim epidemiol�gico divulgado em 10 de maio, ap�s o Dia das M�es, a taxa ficou em 45,1%. O n�mero m�dio de transmiss�o por infectado, em 0,97; ocupa��o de leito de UTI (COVID), 75,3%; ocupa��o de leitos de enfermaria, 56,6%.

Avalia��o

A Prefeitura de Belo Horizonte informa, em nota, que avalia diariamente o cen�rio assistencial para definir a necessidade de abertura de novos leitos e contrata��o de profissionais. "As tomadas de decis�o s�o feitas de forma a sempre garantir assist�ncia � popula��o."

Na Rede SUS, h� 579 leitos UTI Covid. J� na rede Suplementar, 484 leitos UTI Covid. Considerando os dados do �ltimo Boletim Epidemiol�gico e Assistencial, de sexta-feira, a taxa de ocupa��o leitos UTI Covid estava em 77,7%.

A Secretaria Municipal de Sa�de informa que mant�m o monitoramento constante dos indicadores da doen�a no munic�pio. Assim, "qualquer agravamento que comprometa a capacidade de atendimento ser� tratado para preservar vidas".
Na Avenida Afonso Pena, barracas ficaram lotadas: PBH diz não ter recebido denúncias(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Na Avenida Afonso Pena, barracas ficaram lotadas: PBH diz n�o ter recebido den�ncias (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)


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