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Estado de Minas GRANDE BH

ArcelorMittal e MPs fecham acordo para reparar fam�lias em MG

Minist�rios p�blicos Federal e de Minas Gerais julgam documento como 'in�dito' pelo envolvimento dos atingidos e de suas entidades representativas


07/06/2021 22:23 - atualizado 07/06/2021 22:23

Barragem Serra Azul, em Itatiaiuçu, na Grande BH, está em nível 2 e obrigou retirada de famílias em 2019(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 08/02/2019)
Barragem Serra Azul, em Itatiaiu�u, na Grande BH, est� em n�vel 2 e obrigou retirada de fam�lias em 2019 (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press - 08/02/2019)
A mineradora ArcelorMittal fechou acordo, nesta segunda (7/6), com os minist�rios p�blicos Federal (MPF) e de Minas Gerais (MPMG) para reparar os danos causados em Itatiaiu�u, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.


O MPF e o MPMG tratam o documento como “in�dito”. Para as autoridades, o acordo “conseguiu alcan�ar crit�rios de repara��o bastante favor�veis, em termos de justi�a material e moral”, das 655 fam�lias atingidas pela interdi��o da Zona de Autossalvamento (ZAS) da Barragem Serra Azul.

 

O caso aconteceu em 8 de fevereiro de 2019, duas semanas depois da Trag�dia de Brumadinho. A ArcelorMittal acionou o n�vel 2 do Plano de A��o em Emerg�ncia de Barragens de Minera��o (PAEBM) ap�s detectar uma anomalia na represa.

Em consequ�ncia disso, 50 fam�lias foram retiradas das imedia��es da barragem. Por causa de estudos aprofundados, a mineradora ampliou a ZAS depois, o que fez o n�mero de atingidos multiplicar.

Moradores do Bairro Pinheiros e dos distritos de Vieiras e Lagoa das Flores foram prejudicados. O barramento est� desativado e passa pelo processo de descaracteriza��o.

Termos do acordo

Placas alertam para local de encontro de famílias em caso de desastre em Itatiaiuçu(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 04/07/2019)
Placas alertam para local de encontro de fam�lias em caso de desastre em Itatiaiu�u (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 04/07/2019)
 
 
O acordo da ArcelorMittal com as autoridades prev� a indeniza��o de todos aqueles que viviam nas �reas atingidas ou tinham casas de lazer (s�tios e ch�caras) na ZAS.

O mesmo vale para as fam�lias atingidas indiretamente pela interdi��o, como aquelas que mantinham com�rcios nas redondezas.

Para quem tinha casa no local, a empresa oferece uma nova moradia em outro lugar com as mesmas condi��es estruturais (m�todo construtivo e medi��o do terreno).

Outra possibilidade � repassar o valor do im�vel (lote e �rea constru�da) �s fam�lias.

Um fator tratado como in�dito pelo MPMG � a garantia de devolu��o do antigo im�vel aos respectivos moradores ap�s o descomissionamento da barragem.

Outro ponto visto como "inovador" � o c�lculo dos danos morais de maneira individual. Portanto, aqueles que s�o mais velhos, e por isso tinham mais identifica��o com a moradia interditada, v�o receber mais dinheiro.

A empresa tamb�m concordou em manter o pagamento das assessorias t�cnicas dos moradores. Dessa maneira, os advogados, arquitetos, psic�logos entre outros profissionais que ajudam os atingidos continuar�o seus servi�os at� o t�rmino da repara��o.

A mineradora tamb�m vai repassar 2,5 sal�rios-m�nimos a cada fam�lia por mais 12 meses, portanto at� junho de 2022. Trata-se de uma "necessidade de reativa��o econ�mica".

A matriz de danos ainda prev� indeniza��o pelos animais dom�sticos perdidos por causa da interdi��o. Os tutores podem optar por receber o valor do bichinho ou receber um novo.

ArcelorMittal

Em nota, a mineradora informou que "buscou uma composi��o capaz de reparar satisfatoriamente todos os danos causados pela evacua��o e acredita ter chegado a uma proposta substancial".

"O acordo extrajudicial possibilita que o processo de indeniza��o ocorra de forma menos burocr�tica e mais �gil", esclareceu a propriet�ria da barragem.

A empresa ainda ressaltou que "agiu com transpar�ncia e prud�ncia" desde o acionamento do PAEBM.

Sobre a barragem, a ArcelorMittal informa que vai construir uma "Estrutura de Conten��o a Jusante (ECJ), capaz de reter os rejeitos da barragem na hip�tese de rompimento" durante a descaracteriza��o.

Tamb�m esclarece que monitora 24 horas a estrutura, que n�o apresenta altera��o em seus indicadores de seguran�a.


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