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Estado de Minas

O que fazer com as capivaras que amea�am jardins de Burle Marx?

Integrantes do Ibama e Prefeitura de BH se re�nem hoje em car�ter de emerg�ncia para discutir como controlar os mam�feros na Pampulha. Jardins de Burle Marx ser�o cercados


postado em 04/07/2013 06:00 / atualizado em 04/07/2013 06:35

Animais tomaram conta da orla da lagoa e estão pisoteando e atacando jardins revitalizados no Museu de Arte da Pampulha(foto: Marcos Michelin/EM/d.a pRESS)
Animais tomaram conta da orla da lagoa e est�o pisoteando e atacando jardins revitalizados no Museu de Arte da Pampulha (foto: Marcos Michelin/EM/d.a pRESS)

O controle da popula��o de capivaras na Lagoa da Pampulha ser� discutido em reuni�o emergencial hoje, �s 17h, entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama) e a Prefeitura de Belo Horizonte. Como o Estado de Minas mostrou na edi��o de ontem, os mam�feros tomaram conta da orla e est�o pisoteando e atacando jardins rec�m-restaurados de Burle Marx (1909-1994). Enquanto n�o h� defini��o sobre o manejo, a Regional Pampulha vai cercar a �rea dos canteiros para evitar devasta��o, como informou em nota a Funda��o Municipal de Cultura (FMC).

Iniciada em mar�o, a recupera��o do tra�ado original dos jardins, tal como o paisagista havia projetado na d�cada de 1940, abrange o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile, a Igreja S�o Francisco de Assis, al�m da Casa Kubitschek e da Pra�a Dalva Sim�o, num investimento total de R$ 4 milh�es. Os dois primeiros acabaram de ser conclu�dos e j� est�o recebendo a visita de capivaras. H� plantas como a mois�s-no-cesto, muito rara, que foram destru�das. A iresine, planta nativa comum nos projetos de Burle Marx, � a mais visada pelos mam�feros.

Por meio de nota, a Funda��o Municipal de Cultura informou que j� foi elaborado um plano de a��o para o manejo dos animais, que deve ocorrer em cerca de dois meses. “Tudo est� sendo feito em plena concord�ncia com os �rg�os ambientais, para que n�o causemos um problema ao tentar resolver outro”, diz a nota. Em reuni�o hoje, marcada em car�ter emergencial, o vice-prefeito D�lio Malheiros vai discutir o plano de manejo com t�cnicos do Ibama, institui��o respons�vel por autorizar as a��es de controle populacional.

Desafio

De acordo com o coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, Daniel Vilela, h� mais de 10 anos a prefeitura lida com o desafio das capivaras. “� um roedor com potencial reprodutivo alto e, em ambientes urbanos, encontra habitat favor�vel, pois tem oferta de alimento – capins, gram�neas e jardins – e n�o encontra predador, entre eles a on�a e o lobo-guar�”, afirma. O �ltimo levantamento da prefeitura, do ano passado, indica que h� cerca de 90 capivaras na orla.

O coordenador afirma haver v�rias formas de controle do mam�fero, entre elas a captura e soltura em outro ambiente, a esteriliza��o de indiv�duos, al�m do cercamento das �reas onde h� alimento dispon�vel. “No passado, j� houve a captura de capivaras como forma de controle. Vamos analisar as propostas da prefeitura para ver qual � a mais adequada. A quest�o � pensar num conjunto de medidas que mantenha a popula��o num n�vel que cause pouco impacto”, explica Vilela.

Al�m da amea�a das capivaras, algumas esp�cies plantadas nos jardins do museu est�o sofrendo com o ataque de ervas daninhas, como a tiririca. Segundo a FMC, um plano de manuten��o dos canteiros prev� a retirada de todas as esp�cies daninhas. J� h� contrato para a execu��o do servi�o para os pr�ximos cinco anos.


SAIBA MAIS: MAIOR ROEDOR DO MUNDO
Nativas das Am�ricas do Sul e Central, as capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) s�o os maiores roedores do planeta. Relatos dos primeiros exploradores d�o conta de que os nativos dessas regi�es domesticavam os animais. Adaptadas ao ambiente aqu�tico, as capivaras usam as patas com membranas entre os dedos para nadar com mais velocidade, se reproduzem na �gua e at� dormem submersas, apenas com os focinhos para fora da linha d’�gua. Como outros roedores, o animal � muito adapt�vel e consegue sobreviver em ambientes degradados.


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