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Estado de Minas

Ampliada a perman�ncia de capivaras na Pampulha

'H�spedes' da lagoa e responsabilizados por danos aos jardins idealizados por Burle Marx, animais n�o ser�o retirados em setembro, por atraso no edital que deve definir seu destino


postado em 27/08/2013 06:00 / atualizado em 27/08/2013 06:41

Na falta de predadores naturais, espécie prolifera em ritmo acelerado e, além de ataques à vegetação, representa risco de transmissão de doenças (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press %u2013 4/3/2013)
Na falta de predadores naturais, esp�cie prolifera em ritmo acelerado e, al�m de ataques � vegeta��o, representa risco de transmiss�o de doen�as (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press %u2013 4/3/2013)


A remo��o das capivaras que vivem no entorno da Lagoa da Pampulha, respons�veis por danos ao jardins concebidos pelo paisagista Burle Marx, n�o deve ocorrer no m�s que vem, antes do per�odo chuvoso, como previa inicialmente a Prefeitura de Belo Horizonte. Segundo o gabinete do vice-prefeito, D�lio Malheiros, houve atraso na entrega dos editais que definir�o como ser� enfrentado o problema, que est�o sendo elaborados em conjunto com a Funda��o Zoobot�nica.

O primeiro edital definir� o levantamento dos animais e o plano de manejo. O gabinete do vice-prefeito informou que ser� preciso verificar a quantidade de capivaras novamente, pois os dados dispon�veis s�o de tr�s meses atr�s, quando havia 170 delas na Pampulha.

Em seguida, sair� o edital de licita��o para a escolha da empresa respons�vel pela retirada dos roedores, com base em um estudo biol�gico e sob supervis�o do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama). O �rg�o informou ter analisado o plano de refer�ncia da Prefeitura de BH, a respeito do qual fez algumas orienta��es.

A Funda��o Zoobot�nica informou que trabalha em apenas um item do edital, referente �s exig�ncias para a empresa que pretenda fazer o manejo das capivaras. N�o h� prazo para que ele seja conclu�do. Al�m do remanejamento de 90% dos animais, a empresa que vencer a licita��o deve fazer o controle do n�mero deles na lagoa. Os capturados ser�o avaliados, e os doentes ser�o abatidos e cremados. A destina��o dos demais roedores recolhidos ainda n�o foi definida. Todo o processo custar� cerca de R$ 500 mil, segundo uma estimativa da prefeitura.

Ativistas recorrem ao Minist�rio P�blico

O Movimento Mineiro pelos Direitos Animais pretende entrar com representa��o no Minist�rio P�blico de Minas Gerais contra a Prefeitura de BH, por discordar das provid�ncias adotadas pelo munic�pio para tratar da quest�o. A integrante da organiza��o Adriana Cristina Ara�jo disse que trabalha com t�cnicos na elabora��o de nova proposta, que prev� a manuten��o das capivaras na Regi�o da Pampulha. O movimento pede a castra��o dos animais, que receberiam microchips. “Eles devem ser mantidos ali com sa�de e sem p�r a popula��o humana em risco”, diz Adriana.

Especialistas, no entanto, afirmam que � necess�ria a retirada de parte dos roedores da Pampulha, devido � falta de predadores naturais, como as on�as-pintada e pardas. Segundo o bi�logo e conselheiro da Associa��o Mineira de Defesa do Ambiente Francisco Mour�o, as capivaras se reproduzem em excesso e provocam transtornos, como a danifica��o dos jardins e a dissemina��o de carrapatos que podem transmitir doen�as. “Ali poderia ser combinada uma s�rie de a��es: esteriliza��o, remo��o de parte da popula��o e controle dos carrapatos. Isso nos permitiria conviver com n�mero de animais que seja compat�vel com o espa�o e com o uso das �reas marginais”, diz.

O roedor

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )
A capivara � o maior roedor do mundo, medindo at� 1,30 m de comprimento e 0,60 m de altura. Pode chegar a 100 kg, mas seu peso m�dio � de 50 kg para f�meas e 60 kg para machos. Vivem normalmente em grupos de dois a 30 indiv�duos, em que h� sempre um casal dominante. Herb�voro, o animal consome de 3 kg a 4 kg de vegeta��o fresca por dia. Reproduz-se a partir dos 2 anos de vida. O per�odo de gesta��o varia de 120 a 140 dias, ao fim dos quais uma f�mea adulta pode ter de dois a seis filhotes, e mais de uma cria por ano. On�as, jacar�s e piranhas s�o predadores naturais.


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