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Estado de Minas PANDEMIA

Situa��o no Oeste de Minas, que j� tem fila por leitos, deve piorar

Casos de COVID-19 s� aumentam, e j� foi atingido o limite de abertura de leitos, pela falta de espa�o f�sico, equipamentos e pessoal


14/06/2021 17:40 - atualizado 14/06/2021 18:06

A macrorregião Oeste conta com 199 leitos de CTI COVID(foto: Divulgação/Prefeitura de Divinópolis)
A macrorregi�o Oeste conta com 199 leitos de CTI COVID (foto: Divulga��o/Prefeitura de Divin�polis)
 
Com 93,24% de ocupa��o das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para COVID-19, a macrorregi�o Oeste est� em colapso h� tr�s meses. A situa��o s� n�o � pior do que a registrada pela Regional Sul, que est� com 94,62% dos leitos ocupados. O Vale do A�o mant�m o menor �ndice: 54,67%. 

Os dados foram retirados do painel Coronav�rus da Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) na tarde desta segunda-feira (14/6). Minas Gerais est� dividida em 14 macrorregi�es. 

A Leste Sul est� com 91,46% de ocupa��o nas UTIs. Em seguida aparecem: Tri�ngulo Sul (90%), Centro-Sul (87,40%), Centro (85,38%), Noroeste (81,18%), Nordeste (79,10%), Sudeste (69,66%), Jequitinhonha (68,33%), Norte (66,50%), Leste (64,86%) e Tri�ngulo Norte (63,86%).


Colapso

 
A macrorregi�o Oeste praticamente dobrou o n�mero de leitos de CTI desde o in�cio da pandemia. Mas ainda assim, n�o consegue atender � demanda.

Com 199 vagas, 36 pacientes aguardavam at� domingo (13/6) para serem transferidos.

Tr�s microrregi�es (Bom Despacho, Ita�na e Lagoa da Prata/Santo Ant�nio do Monte) est�o com 100% dos leitos ocupados.
 
Os dados indicam um sistema em colapso. “Estamos mantendo uma estabilidade, mas uma estabilidade no colapso”, confirmou o superintendente da Regional Oeste, J�lio Barata.

Mesmo com fila de espera, n�o h� proje��o de novos leitos. “Atingimos o limite de leitos”, declarou.

Quando h� espa�o f�sico em hospitais j� cadastrados pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS), o Estado esbarra na falta de equipamentos ou de equipes suficientes.

“A gente est� fazendo esfor�o para abrir leitos e outro esfor�o para manter o leito aberto”, destacou Barata.

Em alguns casos, as unidades hospitalares pedem o encerramento de leitos. “Tem muitas portas (hospitais) que est�o falando: 'J�lio, eu vou fechar leitos. N�o tenho mais equipe suficiente para manter aberto'. � o que temos hoje. Um cen�rio de guerra”, descreveu.

Quantidade gigantesca de casos

 
A taxa de interna��o hospitalar aumenta segundo o avan�o da doen�a. Se no ano passado falava-se em ocupa��o de 80%, naquela �poca, o �ndice representava uma propor��o menor de leitos.

“Hoje temos 115% de ocupa��o depois de ter aumentado tudo o que eu dei conta e ainda assim n�o est� sendo suficiente, porque a quantidade de casos est� gigantesca”, disse.
 
Uma discuss�o iniciada ainda no come�o deste ano � a abertura de leitos emergenciais no hospital regional, em Divin�polis.

As obras est�o paradas h� cinco anos, mas prefeitos t�m pressionado o governo a usar as alas mais avan�adas para montar um hospital de campanha.
 
Mesmo j� tendo declarado que � interesse do Estado abrir as vagas no local, o superintendente deixa claro que, hoje, isso � invi�vel. “Hoje, 14 de junho, n�o consigo abrir um leito l�. Para abrir leitos, preciso terminar algumas obras, colocar equipamentos, colocar equipes l� dentro. Isso � poss�vel de ser feito, mas estamos parados ainda na obra. Ele n�o tem infraestrutura b�sica”, exp�s. 
 
A Prefeitura de Divin�polis ainda vai contratar a empresa de engenharia para desenvolver o projeto. Mesmo que avance, n�o h� uma proje��o de quanto tempo seria gasto para concluir as obras, conseguir equipar e formar equipes.

Gargalos enfrentados at� mesmo por hospitais j� estruturados. 
 
Enquanto isso, as proje��es da SES s�o de um cen�rio epidemiol�gico ainda mais desolador. “Esperamos que vamos ter mais pessoas doentes, e em consequ�ncia, mais interna��es, mais �bitos e uma piora assistencial”, afirmou.

Isso significa que a tend�ncia � o n�mero de pacientes � espera de leitos de CTI COVID aumentar. 

Mesmo com indicadores negativos, Barata n�o arrisca a projetar uma nova onda roxa. A decis�o, segundo ele, parte diretamente do governador Romeu Zema (Novo).
 
Entretanto, ele alerta para a necessidade de seguir as normas sanit�rias. “Nem o b�sico a popula��o est� fazendo, e o que �? N�o participar de uma festa com 250 pessoas”, pontuou, se referindo a dois eventos encerrados em Ara�jos e Ita�na no final de semana.


Munic�pios cobram mais leitos

 
A prospec��o de piora e a falta de proje��o de mais leitos tem preocupado os prefeitos, principalmente os de cidades menores que dependem daquelas classificadas como refer�ncias.

“N�s, munic�pios, temos feito um enorme esfor�o para sanar as dificuldades. Itapecerica n�o � refer�ncia e a prefeitura e Santa Casa se uniram para acolher os pacientes”, explicou o prefeito de Itapecerica e presidente da Associa��o dos Munic�pios do Vale do Itapecerica (Amvi), Wirley Reis.
 
Hoje (14/6), os leitos est�o vagos na Santa Casa de Itapecerica, mas na semana passada todos estavam ocupados e com alguns pacientes em estado grave. Um deles, intubado, conseguiu transfer�ncia no s�bado (12/6) para uma unidade de alta complexidade.

O munic�pio � referenciado � Divin�polis. A microrregi�o � a que aparece em melhor condi��es, com 64,29% de ocupa��o no CTI.
 
Para T�ko, como � conhecido o prefeito, � necess�rio mais apoio aos munic�pios e abertura de leitos, como no hospital regional. “Muito recurso financeiro e humano, mas chega uma hora que o munic�pio n�o caminha sozinho. Quando � para transferir, preciso da ajuda”, cobrou. Ele ainda pede agilidade no avan�o da vacina��o.
 
*Amanda Quintiliano especial para o EM


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