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Estado de Minas SA�DE ANIMAL

Sete Lagoas suspende eutan�sia no Centro de Controle de Zoonoses

Novas diretrizes de a��o ser�o tra�adas em reuni�o com a participa��o do Minist�rio P�blico


24/06/2021 22:25 - atualizado 24/06/2021 22:51

 Reunião dos representantes da causa animal de Sete Lagoas, com o prefeito Duílio de Castro (Patriota)(foto: Arquivo Pessoal)
Reuni�o dos representantes da causa animal de Sete Lagoas, com o prefeito Du�lio de Castro (Patriota) (foto: Arquivo Pessoal)
Nesta quinta-feira (24/6), o prefeito Du�lio de Castro (Patriota) se reuniu com representantes da causa animal da cidade e ficou decidido que as eutan�sias est�o temporariamente suspensas no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Sete Lagoas, na Regi�o Central do estado, at� que seja realizada uma reuni�o com a participa��o do Minist�rio P�blico (MP).
 
Nesta semana, o assunto dominou as redes sociais da cidade. Os internautas exigiam que os animais fossem tratados com mais dignidade. Durante a reuni�o, aproximadamente 100 pessoas protestaram em frente � porta da prefeitura em apoio � causa.
 
Maria Paula Oliveira, m�dica veterin�ria e precursora do debate sobre o assunto nas redes sociais, conta que seu objetivo � conscientizar a popula��o sobre a necessidade da castra��o como meio para minimizar os problemas de dissemina��o de doen�as como a leishmaniose, e, consequentemente, acabar com o sofrimento de muitos animais e tutores.
 
“Essa semana, recebi v�rios relatos de tutores abordados por agentes da Zoonoses. Eles estavam desesperados, pois haviam sido intimados pelo MP para comparecerem em ju�zo. O motivo da intima��o era obrig�-los a realizar o tratamento com um medicamento espec�fico, caso contr�rio seus animais seriam sacrificados”, explica.
 
Segundo a CCZ, as mensagens que v�m sendo veiculadas nas redes sociais sobre sacrif�cio indiscriminado de cachorros em sua unidade s�o fake news. A eutan�sia de c�es com resultado positivo para leishmaniose � preconizada pelo Minist�rio da Sa�de.
 
Ainda de acordo com o �rg�o, o Conselho Federal de Medicina Veterin�ria (CFMV) indica a eutan�sia nos casos em que "o bem-estar do animal estiver comprometido; se constituir amea�a � sa�de p�blica; se constituir risco � fauna nativa ou ao meio ambiente; se o animal for objeto de ensino ou pesquisa; se o tratamento representar custos incompat�veis com a atividade produtiva a que o animal se destina ou com os recursos financeiros do propriet�rio".
 

Luta pela causa animal

 
Segundo Maria Paula, a eutan�sia n�o � a solu��o. “Elas s�o usadas em virtude da falta de informa��o da popula��o a respeito do tratamento da leishmaniose e principalmente em virtude do terror causado pelos agentes p�blicos durante a abordagem aos tutores dos animais que testam positivo."
 
“Essa triste a��o vem sendo adotada desde 1960 no Brasil e os n�meros s� crescem, mostrando a total inefici�ncia deste m�todo. Nosso pa�s � o �nico que adota a eutan�sia como solu��o. Para resolver o problema, as a��es devem estar voltadas para as castra��es em massa dos animais da popula��o carente, juntamente com o programa de castra��o solid�ria e gratuita”, explica a veterin�ria.
 
Maria Paula ainda destaca que devemos conscientizar a popula��o a respeito da import�ncia da castra��o e do tratamento em rela��o � leishmaniose.

“Isso permitir� o controle populacional desses animais e consequentemente o controle do mosquito vetor", explica.
 
A veterin�ria conta que teve a oportunidade de conhecer o Centro de Zoonoses de Sete Lagoas e ficou surpreendida, pois as instala��es n�o eram t�o ruins. Mas, ela esclarece sobre a import�ncia da abordagem m�dica, que � espec�fica para cada caso.
 
“Medicina n�o � matem�tica e existem outros tratamentos poss�veis no controle da leishmaniose no organismo do animal”, comenta.
 
A m�dica veterin�ria acrescenta que tem o apoio da sociedade civil, que acompanha seu trabalho nas redes sociais, e tamb�m do deputado estadual Noraldino J�nior (PSC) e da assessora jur�dica do pol�tico, Brenda Sampaio.
 

Posicionamento do Centro de Controle de Zoonoses

 
O CCZ se diz aberto para discutir novas condutas e pr�ticas para o controle da leishmaniose no munic�pio, desde que dentro da legisla��o federal.
 
O �rg�o destaca que, em Sete Lagoas, realiza dois exames diagn�sticos, como recomenda o Minist�rio da Sa�de.
 
A incid�ncia canina da leishmaniose no munic�pio, em 2021, est� em 8,5% em m�dia, tendo alguns bairros com incid�ncia de 12% dos animais analisados. O esperado pelo Minist�rio da Sa�de � uma m�dia inferior a 2%.
 
De acordo com o CCZ, nos humanos, quando a incid�ncia � de 4,4 casos por ano, o munic�pio passa a ser classificado como transmiss�o intensa. Em Sete Lagoas, o �ndice nos �ltimos cinco anos foi de 10,2 casos.
 
Na cidade, j� ocorreram tr�s mortes por leishmaniose apenas nos primeiros seis meses de 2021. 
 

Sobre o CCZ

O Centro est� vinculado ao setor de epidemiologia da Secretaria Municipal de Sa�de e seu laborat�rio de exames � refer�ncia para 34 munic�pios que fazem parte da Regional de Sa�de.
 
Segundo o �rg�o, “a demanda � cont�nua e, al�m dos v�rios exames, envolve o resgate, castra��o de animais e o direcionamento para ado��o. Nos cinco primeiros meses deste ano, foram mais de 7.500 procedimentos com destaque para 525 animais resgatados, 377 ado��es e 5.345 testes de leishmaniose visceral canina”.
 
Para aumentar sua capacidade de atendimento, o CCZ recebeu diversas melhorias em sua estrutura. A unidade ganhou cercamento e o Centro Cir�rgico foi inaugurado.
 
O �rg�o � respons�vel ainda pela campanha de vacina��o antirr�bica, que imuniza milhares de animais nas �reas urbana e rural.
 
No ano passado, foi adquirido pela unidade um castra m�vel. O ve�culo come�ar� a funcionar em julho deste ano e ter� capacidade para realizar dezenas de castra��es gratuitas por m�s.
 
Os animais adotados na feira permanente de ado��o, no Terminal Urbano da cidade, al�m dos propriet�rios j� cadastrados no CCZ, ter�o prioridade na castra��o gratuita.


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