
A confirma��o da morte do garotinho Elias Emanuel Martins Leite, de 6 anos, al�m de comover a popula��o de Caratinga e Santa B�rbara do Leste, complicou a situa��o do pai do garoto, acusado de torturar Elias com socos e chutes no domingo (27/6), em Caratinga. Elias morreu em decorr�ncia das pancadas que recebeu na cabe�a.
O delegado de Pol�cia Civil, Ivan Lopes Sales, informou que o pai de Elias, que tem 26 anos, permanece preso e � disposi��o da justi�a, pelo crime de tortura qualificada que causou les�es graves no filho.
O delegado disse que a Pol�cia Civil continua investigando o crime, que tornou-se ainda mais grave com a morte da crian�a. Ele aguarda os laudos periciais e resultados de novas dilig�ncias para concluir as investiga��es.
O delegado disse que a Pol�cia Civil continua investigando o crime, que tornou-se ainda mais grave com a morte da crian�a. Ele aguarda os laudos periciais e resultados de novas dilig�ncias para concluir as investiga��es.
Elias foi agredido pelo pai com socos no rosto e no cr�neo, levou uma rasteira e ao cair, bateu com a cabe�a na quina de um m�vel. Tombou inconsciente. Tudo por n�o saber resolver as quest�es de uma tarefa da escola.
O pai tentou socorrer o filho em casa, sem sucesso. Levou o menino para a UPA de Caratinga, onde a equipe m�dica estranhou as les�es na face e chamou a pol�cia. Preso, ele admitiu ter agredido o filho, mas disse que agrediu por estar b�bado.
O garotinho teve de ser intubado e transferido para Belo Horizonte, sendo internado na UTI Infantil do Hospital Jo�o XXIII onde morreu na noite de segunda-feira (28/6). A fam�lia de Elias fez a doa��o dos �rg�os do garoto e justificou a atitude como uma forma de salvar a vida de outras crian�as.
Hist�rico de agress�es
O av� materno de Elias, Nivaldo Fonseca, que mora em Santa B�rbara do Leste, pr�ximo � Caratinga, disse que o pai de seu neto � um “monstro”, porque ele desfigurou o rosto da crian�a com os socos que deu durante a agress�o.
Nivaldo quer justi�a e nada mais. Ele contou que o neto morou um certo tempo com os av�s maternos depois que a m�e morreu por afogamento, quando Elias tinha 2 anos incompletos.
Nivaldo quer justi�a e nada mais. Ele contou que o neto morou um certo tempo com os av�s maternos depois que a m�e morreu por afogamento, quando Elias tinha 2 anos incompletos.
O av� afirmou que o pai de Elias j� havia submetido o garoto a maus-tratos e que a av� materna j� havia denunciado essas agress�es anteriores ao Conselho Tutelar de Santa B�rbara do Leste e de Caratinga. E que Elias voltou a morar com os av�s, mas o pai conseguiu a guarda do filho e voltou com ele para Caratinga.
O Conselho Tutelar de Caratinga divulgou nota esclarecendo o seu posicionamento em rela��o ao caso. Confira a nota, na �ntegra, abaixo:
O Conselho Tutelar de Caratinga, �rg�o permanente e aut�nomo, n�o jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelos direitos das crian�as e adolescentes, definidos em Lei Federal nº 8069/90 do ECA, vem a p�blico prestar esclarecimentos acerca de sua atua��o no caso envolvendo a crian�a E.E.M que teve morte encef�lica constatada em 28/06/2021, ap�s ter sofrido agress�es f�sicas por parte do genitor.
Inicialmente, destacamos que no ano de 2020, ap�s atua��o do Conselho Tutelar, a crian�a foi entregue � av� materna, que se tornou sua guardi� legal em agosto de 2020.
Informamos ainda, que, em nenhum momento, o Conselho Tutelar atuou para devolver a crian�a ao pai, at� porque, em se tratando de altera��o de guarda, e havendo processo judicial em tr�mite, apenas o Poder Judici�rio possui compet�ncia para assim agir.
Por fim, esclarecemos que, em abril do corrente ano, o Conselho Tutelar obteve a informa��o de que a v�tima havia sido novamente entregue, pelos familiares, aos cuidados do pai, o que resultou na oitiva e advert�ncia do respons�vel, conforme previs�o no Estatuto da Crian�a e do Adolescente.
O Conselho Tutelar, por meio de suas conselheiras, reitera o compromisso de atuar em prol das crian�as e adolescentes de Caratinga, lamenta imensamente a trag�dia envolvendo E.E.M e se solidariza com amigos e familiares, diante de t�o grande perda.