
O projeto, intitulado Tecendo com o Cora��o, conta com a participa��o de 36 detentos. Eles j� confeccioaram 114 toucas e 568 cachec�is, sendo 554 de tecido e outros 14 de croch�, que ser�o doados para residentes do entorno da rodovi�ria de Belo Horizonte e para 58 idosos que vivem no Lar Maria Clara, localizado em Contagem.
Todos os materiais para a confec��o das toucas e cachec�is vieram a partir de doa��es de professores, diretores, amigos, Grupo Esta��o do Amor e de parcerias com a empresa BRTA Transportes, que funciona dentro da unidade e foi a respons�vel pelos insumos de grande parte dos cachec�is.

J� a entrega ao lar de idosos ser� realizada pelas equipes da escola que funciona dentro da unidade prisional, juntamente com servidores da penitenci�ria, na pr�xima sexta-feira (9/7). As �ltimas unidades de toucas e cachec�is foram confeccionadas no dia (26/6), para serem entregues � distribui��o.
O Tecendo com o Cora��o surgiu ap�s proposta do Estado de proporcionar uma atividade solid�ria aos alunos de todas as escolas estaduais mineiras. Com isso, a diretora Valdic�ia Pavione, da Escola Estadual Paulo Freire, localizada dentro da penitenci�ria, teve a ideia da produ��o de toucas e cachec�is.
“O indiv�duo que est� dentro de um pres�dio ou penitenci�ria muitas vezes sofre discrimina��o, preconceito. Por�m, n�s queremos mostrar para a sociedade que ele tamb�m � capaz de pensar no pr�ximo. S�o seres humanos que est�o l�, que t�m a capacidade de ajudar”, afirma Valdic�ia.
Para Breno, o projeto traz uma sensa��o de pertencimento � sociedade: "� a oportunidade de mostrar que estamos transformando e estamos transformados”, afirma o detento.
A confec��o teve in�cio no dia 19 de junho deste ano na sala de aula. Posteriormente, as pe�as continuaram a ser produzidas pelos alunos dentro das celas. A ades�o ao projeto foi totalmente volunt�ria, sem remi��o de pena.
O diretor de Atendimento e Ressocializa��o da penitenci�ria, Ury Ribeiro, destaca a import�ncia da atitude no contexto da unidade. “� n�tida a mudan�a que eles tiveram ap�s o in�cio da produ��o. Est�o muito empenhados e com vontade de ajudar e fazer bem ao pr�ximo, tanto � que produziram muito dentro das celas e n�o apenas na sala de aula. Eles se sentem felizes e prestigiados por poder contribuir com a sociedade. Nossa inten��o � que os trabalhos permane�am e sejam ampliados ainda mais”, afirma.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira